Concursando que se preze não se
prende à terra natal. Muitas vezes, a busca por uma vaga no serviço público
inclui o desapego da família, amigos e conforto de casa. Além dos concursos
federais, que podem enviar os aprovados Brasil afora, os estaduais também
estimulam a busca por novos horizontes.
A TARDE reuniu quase 25 mil
vagas nos principais concursos com edital lançado, mas ainda há muito mais
oportunidades. “São mais de 200 mil cargos no Brasil por ano”, revela André
Dórea, professor da Casa dos Concursos.
Bons exemplos atuais vêm de
Minas Gerais – o Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil do Estado têm 83 vagas
até R$ 4.421,11 e 349 vagas até R$ 5.716,87, respectivamente – e do Rio de
Janeiro, que recentemente divulgou a previsão de abrir 15 mil vagas para as
Fundações Estatais de Saúde.
O número vultoso de vagas para
uma área é um dos principais atrativos. A seleção terá vagas para nível técnico, com remuneração de
R$ 1.210,93, e superior, com vencimentos de R$ 2.402,64 e R$ 6.077,43, para
médicos. O edital deve sair este mês. “Existem muitas coisas boas espalhadas
pelo Brasil que as pessoas não percebem”, alerta Dórea.
O especialista lembra que é
preciso prestar mais atenção às vagas oferecidas nos estados. Além dos cargos
que também existem na esfera federal e têm os melhores vencimentos, como
auditor e procurador, há órgãos que oferecem remuneração compensadora.
“Os cargos estaduais são
regidos pelas próprias leis, então o mesmo órgão em outros estados pode pagar melhor do que na Bahia”. A área fiscal de
Sergipe rende bom exemplo. Lá, graças às conquistas sindicais, os servidores têm remuneração e regime de trabalho melhores
do que no resto do País.
“E como este há outros
exemplos”, garante o professor, que recomenda que o candidato busque mais
informações sobre remuneração e condições de trabalho nos setores de Recursos
Humanos dos órgãos públicos. Principalmente por causa da remuneração, esse
cuidado pode fazer diferença.
“Quando é informado que o
servidor receberá subsídio, aí sim o valor do edital corresponde à realidade”,
explica. Mas quando se fala em “remuneração” (que pode incluir diversos
adicionais) , muitas vezes o valor final acaba camuflado. A dica do
especialista é investigar editais na área de interesse, seja qual for a esfera
e ir além para buscar informações mais precisas.
Longe de casa - O auditor
fiscal Guilherme França Moraes (foto) mirou no melhor cargo do Executivo estadual
antes de fazer a escolha para sair da Bahia, já que no Estado demorava a
aparecer a vaga almejada. Viajou para
São Paulo, Rio Grande do Sul e Ceará
para fazer as provas das secretarias da Fazenda.
“Fortaleza acredito que seja a
cidade do Nordeste mais parecida com Salvador, por isso ficou mais fácil a
adaptação e para superar a saudade de casa”, explica. Nos outros dois estados,
o auditor viu a possibilidade de ficar perto de parentes.
Quando já tinha deixado a vida
de concurseiro e trabalhava na iniciativa privada, foi surpreendido pela
convocação para apresentar documentos em Fortaleza. Hoje, comemora a opção por
buscar vagas fora da Bahia e só pensa em fazer outro concurso se for na área
jurídica, depois que terminar a faculdade de Direito.
As informações são do portal de
A TARDE.