O Fanfarrão, a Justiça e as Mulheres

Desembargadora Gardênia P. Duarte (foto:Nel Pinto) Uma moeda tem sempre dois lados. Em um deles estão marcados os valores, o quantitativo, os limites; no outro está a autenticidade, a assinatura, a garantia. Nem sempre na vida isto é possível. O homem, bicho social, vez por outra dá uma de bicho do mato, esquecendo a sua condição, seus limites. A vida não é uma moeda e está longe de ter esta exatidão. Uso aqui a metáfora para semear um pouco de esperança no futuro de Heliópolis, mas só de um lado. O outro está podre. O lado corroído pela vaidade, pelo esnobismo, pela intransigência, pela fanfarronice é justamente o das suas autoridades. Um poder municipal, o mais representativo do povo da cidade, tem na cadeira de presidente um fanfarrão tomado de bestialidade. Este poder deveria ser a garantia dos direitos individuais, o guardião da Constituição, do Brasil e da Bahia, e da Lei Orgânica do Município de Heliópolis. Falo da Câmara Municipal de Vereadores, guardiã das ...