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Poucas & Boas: Vitória, cadeia ou morte! Cargos iguais, salários diferentes!

 

Prefeitura altera rotas do transporte escolar a partir de 30 de agosto em Heliópolis

Prefeito e auxiliares se reuniram com direção do CEJDS para resolver problema do transporte escolar. (Foto: Cristiano)

Parece que a questão do transporte escolar dos alunos do Colégio Estadual José Dantas de Souza pode ter agora uma solução definitiva. Nesta sexta-feira (27) o prefeito de Heliópolis, José Mendonça Dantas, esteve no CEJDS para encontrar uma saída para que a frota da prefeitura possa atingir todas as localidades onde haja alunos para frequentar o colégio. Além de José Mendonça, recebido pelo diretor, professor Gilberto Jacó, e pelo vice-diretor, professor Landisvalth Lima, estava presente o secretário de admnistração e finanças, professor Antônio Valter, e o chefe de gabinete, professor Rocky.

Por sugestão do prefeito, as rotas poderiam ser divididas por região e não por frequência de alunos em dias alternados. Isso facilitaria a logística de melhor adequação do roteiro ao número de alunos transportados. Ou seja, um roteiro seria feito segunda, quarta e sexta e outro terça, quinta e sábado, pelo mesmo veículo, passando por localidades próximas até o limite da lotação do ônibus, obedecendo aos protocolos de segurança para o enfrentamento da pandemia. Após as discussões, o martelo foi batido e, a partir desta segunda-feira, 30 de agosto, o transporte escolar seguirá o seguinte roteiro:


O professor Gilberto Jacó chama a atenção dos alunos para que não mais sigam a divisão por turmas A e B a partir das inicias dos nomes. Agora será por localidade. Quem frequentar a escola segunda, quarta e sexta de uma semana, voltará a frequentar na terça, quinta e sábado da outra, e assim sucessivamente. As localidades que ainda não foram contempladas - Calumbi, Saco Grande, Camboatá, Melancia e Queimada do Miguel – devem aguardar ao longo da semana uma definição. A prefeitura ainda disponibilizará mais dois ônibus para corrigir rotas superlotadas ou com carência de alunos. Também a direção comunica que quase a totalidade dos professores que não estavam dando aulas presenciais passarão a frequentar as salas de aula a partir desta segunda (30).

Poço Verde cria grupo de Fibromialgia

 CERCA DE 30 PESSOAS ESTÃO SENDO ATENDIDAS PELA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Os pacientes têm acompanhamento social, nutricional, físico e psicoterapêutico sob a coordenação do NASF. (Foto: Ascom/PMPV)

As dores que sinto nas costas e no pescoço, são as piores dores que sinto”. O depoimento é da funcionária pública do município, Antônia Cássia, de 46 anos que há 18 anos foi diagnosticada com a doença. 

Antônia é uma das 30 pessoas que formam o grupo de Fibromialgia do Município de Poço Verde, coordenado pela equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF). O primeiro encontro do grupo ocorreu em julho deste ano, para a realização de uma avaliação multiprofissional. E no início do mês de agosto, esses pacientes começaram a ser acompanhados semanalmente pela nutricionista, assistente social, psicóloga, professor da educação física e fisioterapeuta. 

Os encontros semanais para a prática de exercício físico são realizados de segunda a quinta, com acompanhamento do profissional de educação física e da fisioterapeuta. Os assistidos pelo programa foram divididos em duas turmas para que os atendimentos ocorram de forma intercalada, uma turma pela manhã e outra pela tarde, para assim evitar aglomerações e prevenir contra a covid-19.

A coordenadora Grace Santana relatou que nem todos os pacientes conseguem participar das terapias, sejam por motivos pessoais ou pelas crises que a doença causa, limitando ainda mais o grupo de exercícios, que gira entorno de 15 a 20 pacientes. 

De acordo com a coordenadora essa ação da visibilidade para a doença que ainda é pouco conhecida e compreendida, se tornando fundamental para a melhoria na qualidade de vida das pessoas acometidas por essa condição. “o acompanhamento com a equipe multiprofissional possibilita uma maior abrangência no contexto das pessoas, facilitando a busca para melhorias tanto no aspecto físico e psicológico como também no social”, contou. 

Ainda segundo a coordenadora, apesar de cedo para se obter melhorias significativas, já é possível observar uma melhor funcionalidade em muitas pacientes. É o caso da lavradora Josefa de Jesus, que desde o inicio do grupo vem percebendo melhoras nas suas relações pessoais e sociais. 

Josefa conta como a doença mexe com o psicológico por conta das dores constantes e que o grupo surgiu como uma esperança para lidar com a doença que há mais de 12 anos vem buscando tratamento médico. 

É excelente, os profissionais são dedicados, dispostas a ajudar, orientam a gente direitinho. A todo momento perguntam como nós estamos, eu estou sentindo que estou melhorando, peço a Deus que não termine”, faz o apelo. 

A coordenadora Grace, afirma que a tendência é que com a continuidade elas evoluam, pois o tratamento não medicamentoso com exercícios pode promover a analgesia através da liberação de endorfina, inibindo a percepção de dor. Ela também reforça que esses aspectos devem ser analisados a médio e longo prazo. 

E é nesse processo de apoio que as assistidas Josefa e Antônia fazem um apelo para as pessoas que como elas sofrem com a doença. “Se cuidem, façam caminhadas, exercícios, venham para o projeto de fibromialgia, para o seu bem estar e da sua saúde mental”.  (Ascom Poço Verde)

Filho de Bolsonaro em mais uma mansão financiada pelo BRB

Jair Renan e Ana Cristina o novo lar alugado. (Foto: Extra/Instagram)

Há coisas que acontecem debaixo do nosso nariz, tem cheiro de corrupção, rabo de falcatrua, jeito de safadeza, cara de transação enrolada, mas nossas leis dizem que ninguém pode ser considerado culpado antes de uma sentença. Aqui a legislação foi feita calculadamente para dar a oportunidade aos poderosos de meter a mão no alheio. Exemplo disso é o imóvel alugado pelo filho 04 do presidente, Jair Renan Bolsonaro, coincidentemente financiado pelo mesmo banco que emprestou para seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro, comprar aquela mansão na capital federal, o BRB - Banco de Brasília.

A mansão alugada pelo filho mais novo de Jair Bolsonaro, aquele que namorou com metade das moças do condomínio, tem uma sócia, que é a ex-mulher do presidente Ana Cristina do Valle. Estranhamente, a mansão foi financiada pelo mesmo banco que financiou a mansão de Flávio Bolsonaro, revelada com exclusividade pelo portal O Antagonista, o BRB de Brasília. Também o portal UOL revelou que o 04 e sua mãe se mudaram em junho para o imóvel avaliado em R$ 3,2 milhões na área nobre da capital. Casas com o tamanho semelhante estão sendo alugadas na mesma quadra por cerca de R$ 15 mil por mês, valor incompatível com a renda de Ana Cristina.

Sabe-se hoje que a propriedade foi comprada por Geraldo Antônio Machado, em 31 de maio, exatamente alguns dias antes da mudança do filho e da ex-mulher do presidente. Segundo a escritura, a aquisição foi feita com recursos próprios, em uma entrada de 580 mil reais,  e  2 milhões e 320 mil reais financiados no BRB. Pela negociação feita com o banco, se Geraldo Antônio Machado pagar a prestação do financiamento em dia ela custará exatamente cerca de 15 mil reais. Ninguém duvidará que é realmente uma mansão alugada. 

O proprietário, que é corretor de imóveis, vive a cerca de 30 quilômetros da mansão. Ao UOL, ele disse que comprou o novo imóvel com a ideia de viver lá, mas não conseguiu se mudar por causa de “um transtorno” e ainda lamentou de ter alugando a casa para Jair Renan e Ana Cristina por um valor abaixo do que gostaria. “A princípio, eu ia pedir um valor alto, mas eu pedi um valor de mercado mesmo para alugar rápido e eu resolver meu problema.”.

Embora as leis brasileiras digam o contrário, o problema é nosso. Nós pagaremos esta conta, mesmo sendo de fato um aluguel ou uma compra disfarçada. E é possível até que muitos aplaudam o fato, informando ser o presidente um homem inteligente, que acomodará toda sua família. Muitos vão até dizer que ele está aproveitando o cavalo que está selado diante de si. É apenas mais um que veio para mudar o sistema, defender a liberdade e a democracia. Viva o povo brasileiro!

Centrão e aliados não querem candidatura de Sérgio Moro

Congresso quer Código Eleitoral que proíba candidatura do ex-juiz Sérgio Moro. Lula e Bolsonaro estão livres para a disputa. (Foto: Congresso em Foco)

Depois da recondução de Augusto Aras como Procurador Geral da República, a caçada implacável aos membros do Ministério Público que fizeram parte da maior operação anti-corrupção da história do país, a Operação Lava Jato. Parece que não estão contentes em livrar todos os condenados da prisão. Estão seriamente pensando em vingança e pretendem destruí-los, de forma a não deixar rastros do que eles fizeram ou remover qualquer possibilidade de um dia alguém ousar desengavetar tudo e começar a fazer justiça novamente. 

Os deputados federais do Centrão, associados a uma esquerda desbotada e a um bolsonarismo em derretimento, sob a liderança de duas figuras inequivocadamente detestáveis ao processo democrático, Arthur Lira e Ciro Nogueira, estão embutindo na proposta do novo Código Eleitoral uma preciosidade de uma sem-vergonhice sem tamanho. Apresentado pela deputada Margarete Coelho, claro, do PP do Piauí, há um dispositivo que simplesmente barra a candidatura de juízes e integrantes do Ministério Público que tenham se afastado definitivamente do cargo há menos de cinco anos.

O leitor já percebeu quem eles querem pegar. Isso mesmo: Sérgio Moro. E, se por acaso o documento demorar para aprovar, vão criar a regra retroatividade. Moro só poderá ser candidato a partir de 2023. Canalhice! Não querem dar ao povo o direito de julgar os procedimentos da Lava Jato e do quase já pós Lava Jato. Embora todos saibam que será improvável que algum corrupto hoje da república vá para a cadeia, há pessoas que esperam uma mudança de cenário para evitar mais evasão de recursos nos porões da malversação. Pelo menos ficaria acesa a chama da possibilidade de um dia a Lei ser, de fato, igual para todos. A provável eleição de procurados e juízes da Lava Jato elevaria a discussão para o centro do poder e deixaria a chama da esperança acesa. Nem isso querem permitir.

Enquanto Bolsonaro faz suas estripulias, depois de assistirmos ao morticínio de mais de 575 mil vítimas da Covid, os ministros do STF, adeptos do chamado Garantismo, vão anulando sentenças, destruindo provas, enterrando processos e livrando políticos da cadeia. Ontem foi a vez de Gilmar Mendes livrar a cara de Aécio Neves, amanhã poderá ser outro. Apenas pequenas notas na imprensa, como se não fosse algo escandaloso. Quase em silêncio, a ordem é deixar todos livres, leves e soltos. Uma única coisa que será permitida é que o povo escolha, entre ex-presos, ex-processados, ex-acusados, ex-condenados, o seu administrador da coisa pública preferido. Aqueles que os julgaram, que descobriram seus pecados, que expuseram ao povo suas mazelas não podem concorrer. Corruptos podem se candidatar, ex-juízes ou ex-procuradores não! 

Curioso é o Brasil. Ladrão de galinha tem ao seu dispor as leis que fatalmente o condenarão. A única saída é torcer para o perdão. O cidadão comum, cumpridor do seu dever, não precisa nem mesmo conhecer estas leis. Entretanto, caso ele resolva ser deputado ou senador, prefeito ou governador, e seja contaminado pela variante da corrupção, tem o poder de influenciar ou até mesmo mudar a legislação para se beneficiar e não ir para a cadeia. Se for perverso, ainda pode complicar a vida do juiz que mexeu com ele e seus amigos. Viva a República Federativa do Brasil!

Poucas & Boas: Mendonça no CEJDS, Dr. Ricardo na copa e o silêncio inocente dos vereadores



 

É repugnante ouvir Augusto Aras!

O procurador Augusto Aras: exemplo de servilismo a todos os políticos do país. (Foto: Senado)

Qualquer pessoas que tenha um desejo de ver este país crescer e alcançar os mais altos níveis de desenvolvimento deve sentir nojo ao ouvir o nosso Procurador Geral da República. Mais, vai se indignar ao ver uma sabatina se transformar num encontro para a exposição de meias mentiras, com raros e sinceros poucos momentos de lucidez, não do procurador, mas de dois ou três senadores. Ouvir Augusto Aras é se sentir na época de Antônio Carlos Magalhães, aqui na Bahia. O atual procurador é um serviçal dos políticos. Sua grande e honrosa missão é interpretar as leis para livrar os políticos de quaisquer enrascadas. 

Algumas atitudes de Aras ficarão para a história do servilismo do Ministério Público aos senhores deputados. Quando perguntaram a ele porque foi contra as prisões do deputado Daniel Silveira e do presidente do PTB, Roberto Jéfferson, aliados de Bolsonaro, respondeu: “Nós nos manifestamos contra prisões, inicialmente, porque a liberdade de expressão, segundo doutrina constitucional e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é controlada a posteriori. Ou seja, primeiro o indivíduo tem que ter garantida a sua liberdade de expressão e, depois, deve haver um controle.”. 

Para que ninguém cometesse suicídio com sua afirmação sem pé nem cabeça, emendou: “Mas, no momento posterior da prisão, tanto do Daniel Silveira quanto do Roberto Jefferson, houve ameaças reais a ministros do Supremo, de maneira que, se no primeiro momento, a liberdade de expressão era o bem jurídico constitucional tutelado mais poderoso que existe dentro da nossa Constituição, no segundo momento já se abandonou a ideia da liberdade de expressão para configurar grave ameaça.

Outra afirmação digna de nota foi quando solicitaram dele uma posição quanto ao não uso de máscara pelo presidente da República. Ele disse que não tem dúvida da ilicitude do comportamento de Jair Bolsonaro ao não usar máscara de proteção contra a Covid, mas que o presidente não deve ser punido na esfera penal. “O não uso da máscara é um ilícito. Multa cabe, prisão é o nosso desafio.”, disse, sem conseguir explicar por que nunca havia proposto nenhuma sanção contra o presidente. 

O resumo da ópera é simples: Aras será reconduzido à PGR porque Renan Calheiros vai votar nele, o PT vai votar nele, os bolsonaristas vão votar nele. PP, PMDB, PSD, PSL e outros vão votar nele. Não importa que ele defenda Jair Bolsonaro e suas mazelas. Ele está lá para defender todos os políticos, fazendo que não vê seus crimes e ilicitudes. Não enxerga os desatinos do presidente mas também ajuda a enterrar a Lava Jato, e a esquerda delira com isso. Aras é o nosso PGP - Procurador Geral dos Políticos que provoca asco nos verdadeiros republicanos! 

Tudo pronto para o golpe! Vamos ficar esperando?

O ridículo e improvável golpe militar no Brasil parece que está mais próximo do que se pensa. (Foto: BBC)
Há certas coisas que estão debaixo do nosso nariz e não conseguimos ver. Entretanto, se pararmos um pouco para pensar, é possível a percepção de véspera dos fatos. Olhemos, pois, para o Brasil atual: inflação corroendo salários já defasados, sociedade vivendo uma completa inversão de valores, Congresso Nacional praticamente vendido, oposição com uma maioria sem a mínima condição moral para apontar erros e soluções, contas públicas em frangalhos, completo descrédito internacional do país e, para completar o cardápio, há um presidente na cadeira que diuturnamente se propõe a desacreditar as instituições e a Carta Magna do país. 

Quem se prontificar a ler hoje o Estado de São Paulo, O Antagonista, Veja, Istoé, O Globo, Metrópoles, Folha de São Paulo, Crusoé, Correio Braziliense, Correio 24 horas e quaisquer outros meios de comunicação verá pistas de que estão armando um golpe para o 7 de Setembro. O coronel Azim deixou bem claro o objetivo dos manifestantes bolsonaristas no dia da comemoração da nossa independência. "Eu não vou a lugar nenhum se não for para tomar atitude. Ficar no blá-blá-blá, no mimimi, dizendo vou fazer isso, vou fechar aquilo… isso aí não. Eu quero essa compreensão de todos os caminhoneiros", pediu em um vídeo o militar da reserva. 

Nos restam ainda de pé a determinação da maioria dos governadores, da maioria do STF e de instituições pouco visíveis. O restante do país está inerte, parado, acreditando não ser possível um aloprado dar um golpe. Mesmo de forma atabalhoada, Bolsonaro pode contar com o comodismo das instituições. Há de se entender que não é um processo a mais ou a menos que intimidará o capitão. Além da demora de uma solução dentro dos ditames do Estado Democrático de Direito, contamos com o vacilo das autoridades. Não há remédio para Bolsonaro a não ser o afastamento definitivo do cargo. 

Já passou da hora do Congresso Nacional reagir e mostrar que não está rendido às emendas bilionárias. O Ministério Público precisa acionar a Justiça, de forma a impedir a ação criminosa contra a democracia. Seis estados tem grupos de policiais militares que se mobilizam para dar apoio às manifestações: São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Espírito Santo, Ceará e Paraíba. São policiais de diferentes patentes, da ativa e da reserva, incentivando protestos via Internet. Foram os próprios governadores que identificaram as manobras de apoio a uma ruptura institucional, com ameaças de invasão do Supremo Tribunal Federal e do Congresso.

Para entendermos a gravidade de tudo que está acontecendo, o agronegócio, nas últimas semanas, publicou matérias pagas na imprensa para pressionar o STF no julgamento sobre o marco temporal das reservas indígenas. Querem tomar as terras dos índios a qualquer custo, mesmo que seja a custo da implantação aqui de uma ditadura. Há ainda outras pautas no Supremo que podem afetar diretamente os ruralistas, sobretudo na área ambiental. Como bem disse Diogo Mainardi, Jair Bolsonaro escancarou a porteira e os fazendeiros usam o gado bolsonarista para continuar passando sua boiada. O golpe está armado debaixo do nosso nariz. Ainda há tempo de estancar a farsa, ou esperar o dia em que sejamos levados aos porões e de lá chorarmos a liberdade perdida. 

A bestialidade e a flor

A flor representa o renascer depois do caos. (foto: Arkpad)

A bestialidade humana não tem sexo, não tem raça, não tem nível social ou educacional. O bestial quer ser e estar sempre ativo. Ele está no alto preço dos combustíveis, na formação de milícias, no meio do trânsito, nos palácios, nas mais belas regiões do nosso planeta, no centro financeiro de um país, no parlamento, no governo, no seio das famílias, no centro de um estômago vazio ou provocando a ira dos mal amados.

A bestialidade humana está sempre de prontidão para nos levar ao caos. Ela é bela, sedutora e perfeita quando se mostra. Vem como solução para tudo. Os literatos vão chamá-la de antagonista; os religiosos dirão ser o diabo. Outros a terão como uma doença ou resumo do mal. Fato é que ela estará sempre aí, próxima, vibrante, viva e pronta para nos levar à região onde não há paz, liberdade ou mesmo vida digna.

Sempre nos enganaremos, mesmo ao vê-la matar, esfolar, vilipendiar, tirar nossas liberdades. Ela fará artistas famosos apelarem ações ridículas aos seus fãs, determinará que juízes quebrem normas, políticos traiam suas ideias, descumpram promessas. Uma vez tomado por ela, o homem ou mulher enxergará no óbvio a oportunidade de negar o próprio óbvio, transformando verdades em lixo dos insensatos.

A bestialidade nos fará descrer em todo o processo cultural da humanidade. Tudo virará uma mentira ou, no mínimo, uma dúvida. Forjará nosso desrespeito ao sagrado e à sensatez. Finalmente, quando assim virar predominância, mergulharemos na lama, numa podridão caótica e aparentemente sem fim. Sim, aparentemente. A esperança é saber que na podridão sempre germinará uma flor. Sempre haverá uma nova chance de reconstrução da vida.   (Landisvalth Lima)