Em greve desde o início do mês, o Sindicato dos
Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) de Nova Soure obteve da
Justiça o deferimento do pedido de liminar para que os salários dos professores
não sejam descontados pela prefeitura. A categoria busca reajuste salarial de
25%, mas o município só aceita aumentar a quantia paga aos docentes em 5,9%. A
administração da cidade pode entrar com recurso. Como sempre acontece, os
gestores da nossa região não gostam de tratar corretamente a educação e só
oferecem melhorias quando são obrigados por leis.
Na última sexta-feira,
o prefeito de Nova Soure, José Arivaldo (PTB), se reuniu com os pais de alunos no
pátio da Escola Municipal Pingo de Gente, organizado pela Secretaria Municipal
de Educação. O encontro teve por objetivo tratar de assuntos referentes à
educação municipal e as consequências para os alunos em decorrência da greve
deflagrada pela APLB Sindicato. O prefeito foi claro ao dizer que estava agindo
dentro da Lei e enfatizou ainda “que todos tenham certeza de
que se ele, Ari, estivesse agindo errado, ele já teria voltado atrás!”.
A Secretária de Educação, Robélia Aragão, disse que “a
educação pública da rede municipal de educação tem melhorado muito”.
O Controlador Geral, Jean Carlos, salientou que a
Prefeitura não é contra o professor e nem tão pouco é a favor da greve, mas sim a
favor do que é certo. E que se faz necessário observar as diretrizes existentes
no processo. Ao final, aumento anunciado chegou a menos de 6%.
Como se pode ver, os gestores do nosso sofrido nordeste baiano não
estão nem aí para a educação. A luta em Heliópolis é igual em toda região.
Nunca se elegeu uma safra de prefeitos tão ruim, mesmo depois de termos uma Lei
Nacional do Piso. É lamentável!
Informações do Bahia Notícias. Foto do portal da Prefeitura de Nova
Soure.