Exclusivo!

Nossa Senhora de Lourdes - Cidades do Velho Chico 21

Vereador diz que se afastou após conversar com MP e atribui inveja ao diretor do Contraprosa

Vereador Igor Leonardo tentar jogar defeitos no Contraprosa para encobrir sua falha. (Foto: Instagram pessoal) 

O modo de agir dos nossos políticos é um velho conhecido da nossa população. Se assume um mandato administrativo e há algum problema, não é com ele. O problema estava com o anterior. Têm aqueles que, sendo flagrados com a mão ou a boca num problema, sempre se saem com um discurso de não saber nada daquilo e foram ludibriados por aqueles que querem sua destruição. Mas tem os arrogantes. Quando encurralados, porque não podem alegar inocência, dizem que foi decisão tomada depois de refletir muito e conversar com sua família, com os eleitores, com as autoridades etc, para não atrapalhar o processo político e administrativo. Ao denunciador, principalmente se for a imprensa, leva para o lado pessoal e diz que é inveja. Neste último caso se enquadra o vereador Igor Leonardo.

Em nota escrita num grupo de WhatsApp, o vereador respondeu a uma informação sobre seu pedido de afastamento de um dos seus empregos efetivos, porque é proibido a acumulação de três cargos públicos. Ele deveria ter feito isso desde um dia antes da posse. A informação está no último Poucas & Boas, anterior a esta postagem. Disse o vereador que “Decisão se afastando temporário (sic) tomado mediante debate jurídico com quem entende do assunto, promotoria pública.” Então o que foi publicado é verdade, tanto que ele foi aconselhado pelo MP para se afastar. Estranho é que a “Promotora Pública” é quem deveria denunciá-lo e não aconselhá-lo.

Mais adiante disse o vereador que “Não compreendo o blogueiro apresentar tanta mágoa, não sei se cabe inveja, ciúmes ou outro conceito, raiva?! Quem sabe?!”. Aqui é o típico desvio de assunto, acrescentando algo absurdo, mentiroso, para passar a ideia de que o sucesso dele desperta a ira nos outros, passando ele a ser vítima na história e não a pessoa que ficou 10 meses de forma irregular num cargo público, foi aconselhado por muitas pessoas e sabia o que estava fazendo. Ainda no texto, o vereador afirma que “Infelizmente existem pessoas que tentam se usar de palavras bonitas para ludibriar a mente das pessoas. Não é meu caso.”. A queixa que têm de mim é exatamente o contrário porque eu uso palavras que funcionam como punhais. 

Ainda sobre o texto do vereador: “Sou honesto, verdadeiro e não gosto de cuidar da vida dos outros, porque a eles cabe isso e não a mim.” Quem são os “eles”. Está muito vago. Ser honesto não é uma questão de afirmação, mas de prática. Agora ele esqueceu que exerce cargo público e que ninguém entrou em sua vida particular. O cargo de professor também é público. Disse ainda: “Não há nada nesta vida que façamos de bom ou ruim que um dia não retorne pra gente.” Aí filosofou o vereador e deve ter falado por experiência própria. “Se foi por maldade, ou por achar que é melhor que os outros, ou mais correto, ou mais direito, ou quase juiz ou promotor, sem ser, que Deus julgue. Quem sou eu neste contexto? Um reles mortal.” É falsa humildade, após dizer que este articulista é maldoso e tem ar de superioridade. Mais uma vez tenta fugir de sua culpa.

Por fim, o vereador encerra o texto reafirmando que sua decisão foi tomada depois de diálogo com o MP, com o Promotor Público, e encerra afirmando que “se o blogueiro acha que quem trabalha devolve recursos do suor do seu trabalho que lute viu, porque acho que quem trabalha merece receber pelos seu suor.” Faltou só complementar, desde que permitido pela lei. Afinal, estamos num Estado Democrático de Direito. A última frase do texto é patética, típica dos que apontam para o outro algum defeito com o fim de esconder o seu: “A inveja nunca é plena, mata a alma e envenena.” Todos sabem que a questão aqui não é inveja. Trata-se de desobediência à Constituição. Vejam que, em nenhum momento, ele me chamou de mentiroso. Quando não se pode contestar o fato, coloca-se dúvida no agir do articulista. Seria tão mais simples que Igor Leonardo admitisse o erro, pedisse desculpa, negociasse a devolução em pequenas parcelas ao município. Assim, solidificaria seu futuro político como promissor (E ele tem lastro para isso), sem se enveredar pelos caminhos mais tacanhos dos políticos oportunistas. Só nos resta lamentar!

Poucas & Boas: A Festa do Sagrado Coração de Jesus e a continuidade do profano!

Ciclista ajudaram na preservação da fé em torno do padroeiro de Heliópolis. (Foto: Pedal.Hepo)

Alvorada católica

Hoje fui acordado pelos fogos de artifícios e pelos sons religiosos da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus. Por um instante pensei ser o retorno da Alvorada do São Pedro de Heliópolis, mas logo vi que a época era inadequada e não havia cheiro de álcool. Foi aí que, recompondo o pensamento, lembrei da abertura dos festejos do Padroeiro de Heliópolis, o Sagrado Coração de Jesus. Das festas tradicionais do município, é a primeira que retorna com a presença do público. O grupo de Ciclistas Pedal.Hepo fez sua pedalada de fé no evento. Agora é torcer para que todos os santos mantenham afastadas todas as cepas e variantes do mal! Amém!

Joquebebe

Uma multidão foi dar o último Adeus a Joquebebe. (Foto: Jorge Souza)

O corpo da garota Joquebebe Souza, morta em acidente no Alto do Goveião em Cícero Dantas, foi enterrado nesta quinta-feira (11). A matéria completa, com fotos e detalhes do cortejo, está no Impacto Jovem, do jornalista Jorge Souza (dê um clique A Q U I). O Contraprosa descobriu novos detalhes do acidente. Joquebebe não estava só na motocicleta Bros, cor vermelha. O carona da garupa pulou antes do veículo despencar no precipício. Como ela estava sem capacete, tudo indica que o impacto na cabeça foi o causador da morte. Joquebebe tinha apenas 22 e deixou dois irmãos e sua mãe, a professora Cida. Antes de morrer, Joquebebe havia prestado uma homenagem nas redes sociais ao amigo Zezão, O Iluminado, que cometera suicídio na madrugada da quarta-feira (10), em Poço Verde.

Guilherme de Weldon

O vereador Guilherme de Weldon, em primeiro mandato, está mostrando que tem energia de sobra para continuar sua maratona de denúncias contra a administração do prefeito Ricardo Almeida. A última descoberta do vereador foi a compra de apenas 4 milhões em material de construção, feito pela Prefeitura de Cícero Dantas em loja comercial da cidade. Comprar não é problema, mas onde foi parar tanta coisa? O vereador chegou até a calcular a quantidade usada de blocos para cada metro quadrado e percebeu que daria para construir cinco vezes mais que o que de fato foi construído. Se a Câmara Municipal levar a sério a expressão “Poder Fiscalizador”, Ricardo Almeida vai ter que se retirar de mansinho. 

Poço Verde a São José

A rodovia que liga Poço Verde a Simão Dias, em Sergipe, foi totalmente recuperada. É fato. Entretanto, o cuidado com o patrimônio público continua sendo negligenciado. Várias imperfeições asfálticas começam a surgir, principalmente entre Poço Verde e o povoado São José. É preciso cuidar logo, fazer as devidas correções, para que não se transforme em nova buraqueira. Administrar não é só fazer obras. É, principalmente, cuidar bem do patrimônio construído com o dinheiro público. Alguém avise a DER-SE, por favor!

Três semanas sem sessões!

A Câmara Municipal de Heliópolis está brincando de ser Poder Legislativo. Vamos recapitular: dia 1º de novembro não teve sessão, com a ajuda de Todos os Santos; dia 8 de novembro, a sessão não foi aberta por falta de quórum. De torcicolo no pé, levar cunhado para fazer cirurgia e outros perrengues impediram a presença de cerca de  metade da casa. Para piorar, com os subsídios há dez anos sem aumento, um vereador se queixou de ter ouvido falar que o presidente, Claudivan Alves, disse que estava tendo dificuldades para pagar diárias e 13º dos colegas. Nesta segunda, 15 de Novembro, feriado da República, também não haverá sessão. Os projetos se acumulam sem aprovação. Seria bom que Claudivan, no retorno, dissesse que tudo está normal. Discurso positivo ajuda.

Afastado

O vereador Igor Leonardo, finalmente, pediu o devido afastamento de um de seus cargos como professor. Pela Legislação, ninguém pode ter três cargos públicos. O máximo seriam dois, caso haja compatibilidade de horários. Igor é professor em Heliópolis, pelo município, e em Poço Verde, pelo Estado de Sergipe. Ao se eleger vereador, deveria se afastar, antes da posse, de um dos dois cargos. Como demorou dez meses para tomar a atitude correta, a conta virá. A lei fala em devolução de toda grana recebida nestes meses e, além disso, serão responsabilizados o Prefeito e o Presidente da Câmara. Mas isso é o que a lei diz. Resta saber o que o MP e a Justiça vão fazer. Afinal, isto aqui é um pedaço do Brasil, Iaiá! Sorria! Você está na Bahia!

Ela voltou!

Ela voltou! A ambulância voltou novamente. Saiu daqui para Tucano e lá se prostrou à beira da BR 116, abandonada sob chuva e sol. Resgatada dez meses depois, volta a servir ao povo de forma triunfal, claro, pagando o preço de ouvir discursos infelizes e profanos. O "eu" sempre vai dizer que "a culpa é do outro" e o "fui eu quem fez isso e aquilo". Esquecem de que é obrigação de quem foi eleito para tal. Seja bem vinda, Dona Ambulância!

Com licença para roubar

Flávio Bolsonaro, com a ajuda de Otávio Nororonha, do STJ, consegue zerar processo anulando tudo determinado pelo juiz Flávio Itabaiana. (Foto: Metrópoles)

A decisão tomada hoje pelo STJ prova que a nossa Justiça não faz justiça quando julga os poderosos. Não precisamos dizer que é mais uma mancha na nossa magistratura. Hoje, por 4 votos a 1, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu anular, a investigação das ‘rachadinhas’ do senador Flávio Bolsonaro. Foram anuladas todas as decisões proferidas pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. O caso volta à estaca zero, exatamente como aconteceu com os processos de Luís Inácio Lula da Silva. 

Flávio recorria de decisão do próprio STJ que em março rejeitou um pedido para anular as decisões proferidas pelo juiz. O magistrado foi responsável pela maior parte das medidas autorizadas na investigação quando ela tramitou em 1ª instância. Segundo informou o portal O Antagonista, o filho mais velho de Jair Bolsonaro é acusado de ter contratado funcionários fantasmas que lhe devolviam a maior parte dos salários pagos pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

E quem foi o fiel defensor da família Bolsonaro no tribunal? Isso mesmo: Otavio de Noronha. No STJ, prevaleceu o voto-vista do ministro João Otávio de Noronha, seguido pelos ministros Reynaldo Fonseca, Ribeiro Dantas e Joel Ilan Paciornik. Ficou vencido o relator, ministro Felix Fisher, que votou pela rejeição do recurso da defesa.

E qual a justificativa para tal ato incoerente? “Não há como sustentar que o magistrado de primeira instância era ora aparentemente competente para investigar senador que acaba de deixar o cargo de deputado estadual. Se era absolutamente incompetente para o deferimento das medidas cautelares investigativas, não há como sustentar a viabilidade dessas medidas, já que são manifestamente nulas”, afirmou Noronha. Mesma falácia de que Moro não era o juiz competente do caso de Lula!

Esse lengalenga jurídico sem sentido, estabelecendo o juiz que deve julgar somente depois de tudo julgado é artifício para não prender ladrões de grande quilate. É uma vergonha o que está acontecendo com a Justiça brasileira. Há sérias páginas nos livros de histórias do futuro para dizer que nunca houve tantos absurdos na vida republicana do país como agora, nem mesmo em tempos de pouca liberdade. Os grandes ladrões têm licença para roubar.

SEC da Bahia inicia obras de ampliação e reforma do CEJDS de Heliópolis

 

Temos novos prefeitos pelo Brasil. Di Cardoso vence novamente em João Dourado

Di Cardoso e sua vice, diplomados na eleição de 2020 que não valeu. (Foto: Divulgação)

É inacreditável este país! Com tanta compra de voto nas eleições municipais de 2020, apenas em sete municípios tivemos novas eleições. O principal fator é a prova substancial, difícil de se obter. Aqui na Bahia mesmo, apenas um único pleito foi realizado, e o motivo foi outro. Num país sério, poucas eleições em nossa região seriam salvas, mas o sistema que temos. Eleitores da cidade de João Dourado, no centro-norte do estado da Bahia, voltaram às urnas ontem (7) para eleger um novo prefeito. As eleições suplementares foram definidas pela Justiça Eleitoral para substituir prefeitos e vices eleitos em 2020, que tiveram seus registros de candidatura indeferidos na época. A cidade de João Dourado mobilizou 13.342 eleitores e a maioria (56,08% ou 7.319 votos) escolheu Diamerson Costa Cardoso Dourado, conhecido por Di Cardoso e a vice Clévia Santiago da Silva Conceição, ambos do PL, provável futuro partido de Jari Bolsonaro.

Di Cardoso já havia sido eleito em 2020. No entanto, a votação deste domingo foi convocada depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu manter o indeferimento das candidaturas dele e da então vice Rita de Cássia Amorim do Amaral, eleitos em 2020 para os cargos de prefeito e vice-prefeita, respectivamente. A decisão do TSE levou em consideração aspectos de inelegibilidade da candidata a vice-prefeita, que teve repercussão na chapa para os cargos, o que impedia a diplomação dos candidatos. Mudou-se a vice e tudo ficou resolvido.  

Além da Bahia, tivemos eleições em outros seis municípios do país. Com 20.426 votos válidos (58,32%), as eleitoras e os eleitores de Tomé-Açu, no Pará, escolheram Carlos Antônio Vieira (PL) e Rosielson Ribeiro Coelho (Pode) para gerir a Prefeitura municipal. O eleitorado de Francisco Alves, no Paraná, escolheu a prefeita Milena Silva Rosa (PSDB) e o vice Paulo Sérgio Mendonça Navero Correa (PSB) para representá-lo nos próximos anos. Eles foram eleitos com 2.096 votos, número que corresponde a 49,35% do total de votos válidos apurados no município.

Também, em Bandeirantes, Mato Grosso do Sul, Edervan Gustavo Sprotte (DEM) e Gediana Ribeiro da Rocha (PTB) foram eleitos prefeito e vice-prefeita com 1.493 (36,25%) votos válidos. Bernard Tavares Didimo (Republicanos) e Marcelo Borges Martins (Cidadania) são os novos prefeito e vice do município fluminense de Carapebus, no Rio de Janeiro. Eles receberam 5.293 votos, índice que corresponde a 53,14% do total de votos válidos contabilizados na localidade.

Por fim, a chapa composta por José Elias de Oliveira (PC do B) e Reginaldo Araújo da Silva (PP) recebeu 11.603 (51,64%) dos votos válidos e foi a mais votada do município de Jaguaruana, no Ceará. Eles foram eleitos prefeito e vice, respectivamente, e ocuparão o executivo municipal. O município de Guamaré, no Rio Grande do Norte, será chefiado por Arthur Henrique da Fonseca Teixeira (PSB) e Eliane Guedes de Melo Carmo, (MDB) eleitos prefeito e vice-prefeita com 6.984 (61,16%) votos. Se as leis que regem as eleições não forem aprimoradas, é disso para menos. Não basta ter urnas eletrônicas invioláveis. É preciso que políticos e eleitores tenham consciência plena sobre a democracia.

Fontes: TSE e G1.

O Brasil corre risco de ter uma terceira onda de Covid-19?


Os exploradores de sonhos ou a falha de caráter

Ninguém pode julgar o comportamento de um sujeito vivendo em condições de miserabilidade. (Foto: Marcello Casal/Ag. Brasil)

Ouvi uma frase certa vez que dizia ser o brasileiro comum um ser com falha de caráter. Tudo isso para justificar a nossa capacidade de endeusar corruptos, assassinos, os fora-da-lei e não priorizarmos as ações republicanas no nosso agir cotidiano. E se formos olhar para a história, é possível encontrarmos homens que varreram este país com comportamentos, atitudes e ações que fogem completamente daquilo que possamos chamar de racional, adequado e aceitável. Quem não vai encontrar falhas de comportamento em figuras como Zumbi, D. Pedro I, Lampião, Getúlio Vargas e inúmeros personagens da história que eram bastante populares? E nem vou digitar aqui nomes do presente para que possa continuar com alguns leitores até o fim deste texto.

Mas, fato é que, todas as nossas desgraças são sempre creditadas nas costas do homem comum. Tudo que acontece neste país, de bom ou de ruim, tem como base de sustentação a argumentação seguida da expressão “em nome do povo”. E se alguém ousa desafiar o comum e apontar o erro da pessoa, vem um sempre a bradar um “está falando mal do Brasil”. É praxe nossas autoridades cometerem erros, inclusive grosseiros, e creditar ao povo o motivo. “Fiz para sanar a fome do povo” ou “É que você ainda não passou fome para entender o que fizemos”. Os dois mais populares candidatos a presidente, com índices nas pesquisas que chegam a 25% ou 40%, sempre se defendem dos atos praticados erroneamente com as palavras chaves povo, pátria, liberdade, família, fome. Prometem um mundo sempre melhor, que nunca vem. Acreditar nestas promessas, dizem, é ter falha de caráter. 

Ora, então se acreditarmos em um mundo melhor for falha de caráter, o que será com aqueles que não cumprem o que prometem? Aqui, mentir para o povo é uma necessidade política. É preciso manipular verdades para ser visto como viável na esfera política. Se você está com o povo, aparece o financiador de campanha, que afirma estar ali para contribuir com o crescimento da cidade, do estado ou do país! Mentira! Vai querer cada centavo que gastou na campanha... e os juros! Uma vez disse isso a um emprestador de dinheiro e ele me disse que “o povo quer isso: vencer!. Não importa que o político seja um péssimo administrador. O povo precisa sonhar sempre!”. Foi a coisa mais cruel que já ouvi em toda minha vida.

Em suma, a mentira, a vitória, a corrupção, a sacanagem, a guerra... Tudo é pelo povo! E eu me questiono quando vejo pessoas bem educadas, com diplomas, sem nunca sofrerem perrengues sociais, praticando os mesmo defeitos: ou sonhando como o povo, ou corrompendo a república. Podem procurar todas as justificativas para sustentar tal comportamento, eu não me acho apto a entender. Na minha cabeça, as pessoas que possuem conhecimento o usam para o bem ou para o mal. E as pessoas más, de posse do conhecimento, são um perigo para a sociedade, principalmente se são populares. A história está cheia de exemplos.

Por fim, se o brasileiro comum, que aceita votar num corrupto ou num negacionista, tem falha de caráter, o que dizer de um brasileiro com diploma superior que apoia, assina, defende e divulga comportamentos não republicanos? Se o brasileiro comum, sem formação, sem condições para estudar, lutando apenas para não ficar sem o pão e a busca de um teto para abrigá-lo, acreditando em promessas que nunca se consolidam, tem falha de caráter, o que dizer dos que prometem e não cumprem, dos que financiam tais promessas e dos que, com conhecimento, apoiam tais promessas?