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Nossa Senhora de Lourdes - Cidades do Velho Chico 21

Já são 18 os mortos do naufrágio em Mar Grande

Um menino foi resgatado com vida, mas não resistiu (foto: Xando Pereira/ A Tarde)
Uma tragédia assombrou todos os baianos nesta quinta-feira (24). Uma lancha denominada Cavalo Marinho I naufragou na Bahia de Todos os Santos. A embarcação transportava 120 passageiros quando saiu de Mar Grande por volta das seis e meia da manhã com destino a Salvador. Até o momento, o número de mortos chega a 18, embora bem mais cedo tenha sido divulgado quantia superior. Logo após o naufrágio, 26 pessoas foram resgatadas, sendo que cinco delas foram encontradas sem vida.  A tragédia seria bem maior se a lancha tivesse com sua capacidade máxima de 170 passageiros. Segundo informações do Comando do 2º Distrito Naval, além das equipes de busca enviadas para o local, alguns moradores e pescadores, que estavam nas proximidades, conseguiram usar barcos menores para socorrer algumas pessoas.
Várias vítimas foram atendidas em Mar Grande por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e por socorristas voluntários. O Grupamento Aéreo da Polícia Militar da Bahia (Graer) e a Capitania dos Portos pouco depois já estavam no local. Ainda segundo o Comando do 2º Distrito Naval, a embarcação teria tentado ajudar um barco que estaria encalhado e ocasionado, possivelmente, o acidente. Passageiros indicam também que chovia muito e as pessoas ficaram quase todas em um só lado da embarcação, facilitando a virada. Mas ainda não se sabe as causas do acidente que provocou o naufrágio. O diretor-executivo da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), Eduardo Pessoa, garante que a embarcação estava dentro das condições permitidas para realizar a travessia. "O barco é vistoriado pela Marinha, a documentação está em dia. Todas as oito lanchas que aqui operam estão com a documentação em dia", afirmou.   
No portal Bahia Notícias, uma postagem dizia que a tragédia já havia sido anunciada, de acordo com o filho de uma das sobreviventes do acidente. Edcarlos Reis Ramos Souza disse que, sua mãe, Meire Reis Ramos Souza, gravou um vídeo nesta quarta (23) em que mostra a mesma embarcação quase virando. Segundo ele, sua mãe mora em Barra do Gil e realiza a travessia diariamente. Apesar do susto causado pelo acidente hoje, a vítima foi socorrida para o Hospital Geral do Estado (HGE) e passa bem.  
Equipes de Valença, Feira de Santana, Salvador e Santo Antônio de Jesus foram recrutadas para colaborar no resgate às vítimas do naufrágio da lancha Cavalo Marinho I. Uma criança com 1 ano de vida foi resgatada, mas veio a falecer após atendimento. Os corpos foram transportados nos rabecões que fizeram a travessia via ferry-boat. A estratégia é levar os corpos já resgatados para Salvador, a fim de deixar as unidades de atendimento do interior mais disponíveis para receber os sobreviventes e corpos que venham a ser encontrados posteriormente. A empresa já liberou o ferry-boat e as equipes de busca só sairão do local quando sair de lá o último corpo necropsiado. A expectativa do DPT é identificar todos os corpos por necropapiloscopia, procedimento feito através das impressões digitais. 
Um bebê de seis meses está também entre as vítimas fatais do acidente. A informação foi confirmada pela mãe do menino, que estava na região do Terminal Marítimo de Passageiros do Porto de Salvador. Jane da Cruz, tia do bebê, disse ao portal Bahia Notícias que também estava no local e que o menino estava na embarcação com a mãe, a avó e uma menina de dois anos. "É doloroso demais. Muito doloroso. Não só pra mim, mas para muitas mães", declarou Jane à imprensa. Até o momento, nas 18 mortes confirmadas pela Marinha estão duas crianças de dois e três anos. Na Ilha de Itaparica, há vítimas sendo levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Mar Grande e também ao Hospital Municipal de Itaparica. As que estão sendo atendidas em Salvador são encaminhadas ao Hospital Geral do Estado e ao Hospital do Subúrbio.

Poço Verde nega título a Lula. E daí?

A cegueira ideológica impede a transformação real da sociedade (foto: porvir.org.)
Dizem que o Brasil está tão dividido que é preciso tomar cuidado para não desagradar a um lado ou outro. Escrever hoje é algo controvertido, é viver a missão dos subversivos. Como não tenho medo de desaforos, vou logo dizendo que estão perdendo um tempo enorme com essa questão de não ter a Câmara Municipal de Poço Verde dado o título de Cidadão poçoverdense ao ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.
Primeiro, é preciso saber que a Câmara Municipal teve um vereador afastado por estar envolvido na questão dos explosivos de roubo a banco. Agora, Lula, por causa de um mísero voto, ficou sem o título. Acho que ele não dormiu ao saber. Ironias à parte, nos dois casos, a Câmara Municipal de Poço Verde cumpriu o que determina o seu Regimento Interno. Não houve ilegalidades. E por isso a câmara merece aplausos? Então eu mereço ser ovacionado porque pago em dias os meus impostos, porque trabalho e cumpro minhas obrigações.
Segundo, aqueles que acham que Lula merecia o título, louvam por ele ter distribuído renda e permitido uma vida melhor para os pobres. Se isto é verdade, estes não são mais pobres? Ou será que Lula fez um arremedo para criar um vínculo popular e se perpetrar no poder. Getúlio Vargas também foi “O pai dos pobres”. Em troca, passou quinze anos ininterruptos no poder. Nem Lula nem Getúlio acabaram com a miséria, a pobreza e a desigualdade no Brasil. Eles, na maioria das vezes, fizeram ações que tiveram efeitos práticos durante os seus governos. No caso de Getúlio, para ser justo, três coisas ainda estão vivas: a salário mínimo, a CLT e a Petrobrás. Esta última foi quase destruída por Lula e este ainda nos deixou de herança uma Dilma e um Michel Temer.
O que Lula fez de importante que transformou Poço Verde? Se foram praças, elas envelhecem e precisam sempre de reformas. As estradas? Ficam esburacadas e necessitam sempre de reparos. Programas sociais? São necessários e urgentes, mas podem virar cabos eleitorais de exploração de consciências ou causar dependências, caso não sejam acompanhados de um programa educacional eficiente. Se os indicadores sociais econômicos subiram, os indicadores sociais qualitativos despencaram. É só mirar nos números da educação e da saúde. E do ponto de vista político, ninguém sabe dizer se Lula se aproveitou das elites políticas locais ou o contrário. Quem conhece Poço Verde sabe que os nomes mudaram, os grupos são sempre os mesmos.
Portanto, antes de se preocuparem com os títulos dados ou negados a Lula, é preciso pensar onde estamos e onde deveríamos estar. Se houve evolução, e é possível que houve, não elegemos políticos para isso mesmo? Tenho a certeza de que não estamos no patamar que merecíamos. Isso graças a toda uma roubalheira presente nos três níveis de poder, nos três poderes, com raros e nobres casos à parte. Vi um internauta dizer que os que condenam Lula são os mesmos que recebem emendas dos defensores do governo Temer. E, digo, os que defendem Lula são os mesmo que, no governo do PT, recebiam emendas dos defensores e adeptos daquele governo. Nada mudou!
Esta política babaca de endeusamento é um problema que enraíza o populismo. Qualquer um que resolver bater em Lula, e pode ser até um Bolsonaro qualquer, terá a preferência dos opositores. Serão os “eles” de que tanto Lula fala. Enquanto isso, alguns deputados, alguns senadores, juristas, políticos sérios, empresários honestos e uns poucos sindicalistas, dentre outros, procuram uma saída para a crise em que estamos. Ocorre que não estão sendo ouvidos. O que se ouve e vê são os condenados indo em busca de popularidade para se livrar da cadeia ou populistas difundindo na internet o ódio e o preconceito para angariar votos dos desesperançados e anarquistas.  
Dar ou negar título a Lula não é o maior ou menor problema de Poço Verde. O problema daqui é a cegueira. Há pessoas que todos os dias salvam vidas, tiram crianças do mundo da ignorância, indicam caminhos a serem seguidos, acalmam almas agitadas, desviam males dos caminhos de tantos. Muitos são pagos para isso, mas fazem com tanta devoção, com tanto esmero. Outros nem mesmo são pagos. Fazem por amor ao próximo. Alguém se lembrou de dar um título a algum deles? É preciso ver o político como um ser que deve ser analisado pelo que pretende fazer. Se fez mal, é descartado. Se fez bem, foi obrigação. Para o porvir, tudo deverá ser sempre maior e melhor. 

Mais duas mortes trágicas em Heliópolis

Mariza Alves sofria de asma

Adriano faleceu em acidente
A cidade de Heliópolis tem vivido uma das maiores epidemias de mortes de sua história. Vários de seus moradores têm sido acordados com notícias de falecimentos de pessoas, pelos mais diferentes motivos. Neste domingo (20) a cidade ficou chocada com a morte de mais dois entes. A primeira perda foi da aluna do 1º ano D, do turno vespertino, Marisa Alves, do Colégio Estadual José Dantas de Souza. Ela residia no povoado Jurubeba, na tríplice fronteira entre Heliópolis, Fátima e Cícero Dantas. Marisa sofria de asma crônica. Foi socorrida algumas vezes no colégio e medicada, mas o problema nunca foi de fato resolvido. Há algum tempo ela padecia com a doença, inclusive estava ausente das aulas. Neste sábado (19) sofreu forte ataque e foi socorrida, levada para a cidade de Fátima, onde veio a falecer. O sepultamento ocorreu neste domingo (20), às 17 horas, no cemitério do povoado Pindorama, no município de Cícero Dantas, localizado às margens do açude de Heliópolis. A direção do CEJDS informa que, em memória da aluna, suspendeu as aulas da segunda-feira (21), como parte do luto prestado pela instituição. Mariza Alves tinha 19 anos.

A camionete Montana bateu em um poste
A outra morte foi igualmente trágica. Adriano de Santana Andrade, 26 anos, depois de decidir participar da Festa do Bom Conselho, seguia para Cícero Dantas com sua camionete Montana, placa DQX-6740, licença daquele município, quando perdeu o controle na altura da avenida que dá acesso à cidade, batendo num poste do canteiro central. O veículo tombou no local e Adriano veio a falecer depois de receber socorro. Ele era casado com a funcionária pública da Prefeitura Municipal de Heliópolis, agente de saúde no povoado Arrozal, de prenome Adicleia. Adriano havia participado de um churrasco e combinou com a esposa para ir à festa. Era uma da manhã quando ele chegou para o combinado. A esposa disse que era tarde e se negou a ir, mas ele foi assim mesmo. Com ele estava Lucas Santos de Andrade, 23 anos, que foi hospitalizado, mas não corre risco de vida. Este informou que Adriano perdeu o controle depois de tentar desviar de uma motocicleta descontrolada, que não foi possível identificar.