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Lena morreu!

Sobrinho de prefeito é preso

André Dantas foi preso e levado para Ribeira do Pombal. (Foto: Instagram pessoal)

O portal Contraprosa teve acesso a uma história que poderia ser a mais comum de todas, dessas que acontecem todos os dias por aí e que já nem chamam mais a atenção de ninguém. Acontece que esta envolve a Justiça e serve para provar que, quando ela trilha pelo olhar puro da Lei, as coisas acontecem. Começamos este artigo minutos após a prisão de André Dantas de Oliveira, sobrinho do atual prefeito de Heliópolis, José Mendonça Dantas. Não! Tem nada a ver com desvios de recursos públicos. Tudo está ligado a uma mulher chamada Silvana Podgurski de Oliveira, ex-esposa de André.

Silvana Podgurski
Foram casados e a relação não deu certo. Veio o divórcio e um acordo para pagamento de pensão alimentícia no valor de 1 salário mínimo. Até aí, tudo bem. Só que André Dantas não cumpre com o repasse do combinado desde janeiro de 2021. Silvana entrou com ação no Foro Regional de Vila Mimosa, comarca de Campinas, em São Paulo. Foram várias as tentativas de acordo e nada. No dia 21 de março de 2022, o juiz Daniel Ovalle da Silva Souza decretou a prisão civil de André Dantas em regime fechado, que foi cumprida hoje aqui em Heliópolis, na residência do requerido, na avenida Salustiano Guerra, saída para o povoado Raspador.

André Dantas de Oliveira foi levado para Ribeira do Pombal e deve ser solto assim que pagar os quase 20 mil reais que deve de pensão de alimentos a sua ex-esposa Silvana Podgurski. Os advogados, ou patronos, de Silvana, dra. Maria de Jesus Andrade e dr. Ricardo Rodrigues Gama, disseram que tentaram negociar várias vezes e não tiveram a atenção de André. Agora, tudo ficará mais difícil. É assim que deveria funcionar a Justiça no país, para todos. E todos nós sabemos que nem sempre é assim. 

Opinião: Ciro Gomes e oito curiosidades sobre Heliópolis

                                            Prof. Kelton Almeida

Kelton Almeida é professor de Matemática.
(Foto: Instagram pessoal)
Ciro Gomes se preparou a vida inteira até aqui para ser presidente desta grande Nação. Em todos os cargos que ocupou, durante sua longa carreira política, nunca se corrompeu. Abdicou de reeleição em Sobral e Fortaleza, no Ceará, como também a três aposentadorias vitalícias a que tinha direito. Dizem que é "Coronel e destemperado", embora muito preparado e com boas práticas. Enfim, é um político diferenciado e merece ao menos uma análise criteriosa, independentemente de pesquisas, que historicamente mudam bastante, haja vista que é apenas um retrato do momento e a vida é filme, dinâmica.

Nós que somos pessoas conscientes e influentes não precisamos decidir hoje em quem votar, pois acredito que devemos aguardar as convenções  em julho/agosto, as chapas, com seus respectivos vices, propostas, debates e etc. Dessa forma tomaremos a decisão mais acertada!

Sobre Heliópolis, na Bahia, vale dizer:

1 – significa a “cidade do sol”;

2 - Terra dos Barões da Pisadinha, Vecinho, Silvano Santana, Nezinho Cordeiro (in memória), Alaelson do Acordeom, Banda Arco-íris (do saudoso primo Dodi), Heliossamba e tantos outros artistas;

3 – Realiza o melhor São Pedro da região e um dos maiores do Brasil, onde Luiz Gonzaga fez seu penúltimo show;

4 - Cidade que revelou o político Zé do Sertão (prefeito 3 vezes e deputado estadual);

5 - Terra que teve Ildinho (o Homem do Chapéu) como melhor prefeito de todos os tempos;

6 - Terra de prof. Cabral, que trouxe o karatê pra toda a região;

7 - Terra que acolheu o Padre Cabral, que trouxe a Heliópolis o Padre Gobi e ajudou na formação de vários padres do próprio município.

8 - Exporta professores, bancários e servidores públicos  para vários municípios do país.

Grato pela atenção republicana – professor Kelton Almeida. 

Heliópolis: Comerciante é assassinado próximo ao povoado Jiboia

José Gildomário, o Gildinho, tinha pontos comerciais em Heliópolis e povoado Rio Real. Completou 46 anos e foi assassinado próximo ao povoado Jiboia. (Foto: Facebook da vítima)

O feriado de Corpus Christi foi marcado por mais uma notícia de assassinato em Heliópolis. Desta vez a vítima foi José Gildomário Souza Santos, conhecido popularmente pelo apelido de Gildinho. Ele foi assassinado misteriosamente quando se deslocava do povoado Rio Real, município de Poço Verde - Sergipe, para o município de Heliópolis - Bahia, onde reside. Há grandes probabilidades de ter sido um latrocínio, embora os bandidos tenham levado apenas seu celular. Até mesmo sua motocicleta Bros foi largada a cerca de 500 metros do local onde estava seu corpo. O crime aconteceu provavelmente na noite de quarta-feira (15) e o corpo foi encontrado jogado na estrada, num baixio localizado após o campo de futebol do povoado Jiboia, município de Heliópolis, próximo à propriedade do sr. Raimundo, na estrada vicinal que liga a BA 084 ao povoado Rio Real. Gildinho foi morto com um tiro na cabeça e estava com todos os seus documentos.

José Gildomário Souza Santos era natural de Poço Verde-SE, da região do povoado Rio Real. Tinha uma mercearia no povoado e abriu, em Heliópolis, na avenida que segue para o povoado Raspador, uma loja de peças de motocicletas há cerca de dois meses. O negócio estava dando resultados e o trajeto entre Heliópolis e Rio Real era feito sempre, sem nenhum problema. Quem o conhecia sabia se tratar de uma pessoa esforçada, religiosa, voltada para a família e torcedor do Vasco da Gama. Chegou a trabalhar muito tempo no sul do país como operador de escavadeira hidráulica. Sua esposa, Nina Gonçalves, nasceu em Patos, na Paraíba. O relacionamento gerou dois filhos, um deles autista. Inclusive, o filho autista havia conseguido um prêmio na escola e esperava o pai para mostrar sua glória, quando a notícia do assassinato chegou primeiro.

O corpo de José Gildomário ficou na estrada até às 11 horas da manhã desta quinta-feira aguardando o IML – Instituto Médico Legal. Antes de o carro do IML ir para Euclides da Cunha, os técnicos foram ao povoado Rio Real e só saíram de lá por volta das 14 horas. Por isso que o sepultamento ainda não foi marcado, mas será provavelmente amanhã no final da tarde em local ainda a ser decidido pela família. Gildinho completou, no último dia 16 de abril, 46 anos. Ele nasceu em 1976. A Polícia Civil da Bahia está investigando os fatos e deve dar algum retorno nesta sexta-feira (17). Fato é que voltaremos a conviver, mais uma vez, com os sobressaltos de notícias de vítimas da violência. A pacata região ordeira, e sinônimo de sossego e paz, parece ser coisa do passado.

A foto do fato: O quase prefeito Clóvis de Dulce!

     Mais uma imagem da história de Heliópolis. Com um violão, Antônio Rodrigues de Oliveira - o conhecido Clóvis de Dulce - anima o ambiente. Foi professor, poeta, compositor, violeiro e quase prefeito de Heliópolis. Eleito vice-prefeito na chapa de Aroaldo Barbosa, nas eleições de 1988, depois de ser o nome mais popular da época. Foi tirado da cabeça de chapa por não ser o nome do agrado do chefe político José Emídio - o Zé do Sertão. A foto é de dezembro de 2014, registro do professor Landisvalth Lima, na festa de confraternização do Colégio Estadual José Dantas de Souza, ocorrida na chácara do também professor Thiago Andrade, no bairro Santos Dummont. Ao lado de Clóvis de Dulce estão os professores Júnior e Gilberto Jacó. Antônio Rodrigues de Oliveira faleceu pouco tempo depois, em 31 de maio de 2016, aos 57 anos. 

Adustina pode receber parque eólico

A Serra do Capitão poderá produzir energia eólica, iniciativa da empresa Voltalia. (Foto: Adailton Fonseca)

Uma boa notícia para o município de Adustina é o estudo que está sendo feito pela empresa de energia renovável Voltalia. Técnicos estiveram na Serra do Capitão, elevação de 289 metros de altura, localizada a 7,5 quilômetros da sede do município. Quem sai da BA 220 e pega a BA 084 na direção da cidade vê, ao lado direito, a colina imponente. Além de seu atrativo turístico, a Serra do Capitão poderá no futuro gerar energia sustentável porque os ventos sopram a favor. A Voltalia é da iniciativa privada e se associa aos proprietários de terras da localidade escolhida para viabilizar a implantação de um Parque Eólico. Se tudo der certo, a energia produzida será vendida e todos ganham, inclusive o município. A capacidade de produção vai depender do nível dos ventos. Todo o estudo está na fase inicial, mas não deixa de ser uma boa notícia. 

Com a colaboração de Adailton Fonseca.

Prefeito é assaltado na divisa de Adustina com Sítio do Quinto

Ribeira do Amparo, a BA 084 e a Itaueira

Saindo da BR 110, logo depois da cidade de Cipó, a BA 084 é retomada, e com asfalto. São 12 quilômetros até o centro de Ribeira do Amparo, margeando o Rio Itapicuru até se distanciar dele e seguir o curso do Riacho da Ribeira. A região é generosa quando se trata da abundância de água. Pode não parecer, mas além do Rio Itapicuru, vários riachos ajudaram a povoar a região: Riacho da Ribeira, Riacho das Canas e Riacho do Ingá, sem falar dos riachos do Bendó, das Pedras, da Lagoa Grande, da Baixa do Salgado e o da Baixa da Jurema, todos afluentes do Riacho da Ribeira. Desses, só o Ingá fica fora do município, localizado em Itapicuru, município vizinho, que tem como divisa o Riacho das Canas. A estrada, portanto, segue pelo vale do Ribeira, ainda recebendo o cheiro do vale das canas a partir do quilômetro 5.

Nove quilômetros depois, um grupo empresarial descobriu que era possível extrair ouro destas terras áridas. Trata-se da Itaueira Agropecuária, responsável por colocar Ribeira do Amparo como o maior produtor de melão do estado da Bahia. O melão virou ouro no sertão. Os números são gigantescos, coisa de 1º mundo. Sim, 1º mundo, com o auxílio luxuoso da tecnologia e captação das águas de um rio bem maior que todos os nossos, de nossa região: O aquífero Tucano. A abundãncia de água no nosso subsolo faz a Itaureira exportar 250 toneladas por dia de melão para São Paulo, Rio de Janeiro e vários outros estados. Mas também exporta 5% de sua produção para os Estados Unidos, Canadá, Europa, Oriente Médio e até Rússia. A área plantada chega a 1034 hectares, ou mais de mil campos de futebol. Por dia são produzidas cerca de 135 mil mudas de meloeiro. Setecentos empregos diretos são gerados e, principalmente, a certeza de que é possível debelar a miserabilidade social de nossa região.

Mas Ribeira do Amparo não é de hoje. A história do começa em 1848, com a construção da capela de Nossa Senhora do Amparo de Ribeira do Pau Grande, em terras pertencentes ao município de Pombal. Em 9 de maio daquele ano é assinada a Lei Provincial nº 294 e a localidade passa a ser freguesia.  Do povoado de Ribeira do Pau Grande evoluiu para Vila do Amparo, com a publicação do Ato estadual de 17 de dezembro de 1890, e o município de Amparo é instalado em 28 de fevererio de 1891.

A fase mais ruim é quando a localidade entra em decadência na era Vargas. Pelo decreto estadual nº 7479, de 08 de julho de 1931, o município de Amparo foi extinto, e seu território anexado ao município de Cipó, como simples distrito. Somente 27 anos depois é retomada a sua condição de emancipado, desta vez com a denominação definitiva de Ribeira do Amparo, pela lei estadual nº 1027, de 14 de agosto 1958, desmembrado do município de Cipó. Em 7 de abril de 1959, Ribeira do Amparo é oficialmente instalado, tendo como distrito a localidade de Heliópolis. Somente em 1985, com a emancipação de Heliópolis, Ribeira do Amparo passa a ter a formação territorial atual, constituído pela sede do município e pelos povoados Boa Hora, Barroca e Raspador.  

Nas eleições de 2020, Ribeira do Amparo elegeu o seu prefeito, Germano Santana, nascido José Germano Soares de Santana, 55 anos, natural do lugar, administrador de profissão, que já era prefeito do município e foi reeleito a partir de uma coligação Juntos Seremos Mais entre o seu partido, o PT, e o PSB. Seu vice é Antônio Jorge Cerqueira, mais conhecido por Jorge de João de Carrinho. Germano teve 4.802 votos, ou 51,32%, vencendo a ex-prefeita Tetti Brito, do PSD, que obteve 4.398 votos, ou 47% dos votos. Ainda disputaram o pleito, Daiane, do PCdoB, com 145 votos, e Galo Cego, do PSOL, com apenas 12 votos. O legislativo municipal de Ribeira do Amparo foi constituído em 2020 pelos seguintes nomes: Dani de Homero (PDT), 846 votos – Carlos Leal (PDT) 682 votos, Eulina Amorim (PT), 569 votos – Neguinho de Valdevino (PT), 565 votos – Lourinho (PT), 564 votos – Alberico (PDT), 518 votos – Edinho (PDT), 507 votos – Kleber Souza (PSB), 473 votos – e Ivonete Gama (PDT), 422 votos.

Desde sua existência a partir de uma aldeia Kiriri, Ribeira do Amparo busca um norte, uma saída para o desenvolvimento. Em suas ruas calmas transita um povo movido ao trabalho constante, sem esquecer a fé. A BA 084 é a principal via de escoamento de toda a produção agrícola ao longo do Riacho da Ribeira, embora conte com o auxílio da BR 110 como principal via que liga o centro da cidade ao povoado Boa Hora. E por falar em povoados, é a BA 084 a ligação entre a cidade de Ribeira do Amparo e dois dos seus principais povoados: Barroca e Raspador, este bem localizado na divisa com o município de Heliópolis. E o trecho será assunto do nosso próximo episódio.