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Marina ainda não decidiu futuro político

RANIER BRAGON e MÁRCIO FALCÃO – da Folha de São Paulo
Marina Silva só decidirá amanhã o seu destino político. PPS quer vê-la candidata. 
(Foto: Greg Salibian/iG)
Um dia depois de ver a sua Rede Sustentabilidade ser barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral e após duas longas reuniões a portas fechadas com aliados e apoiadores, a ex-senadora Marina Silva disse na tarde desta sexta-feira (4) que ainda não definiu se vai se filiar a um partido político para disputar as eleições de 2014. Segundo Marina, ela ainda está refletindo sobre seu futuro. "É que ainda estou num processo de decisão. Exatamente porque é sério que ainda tenho uma longa noite e um dia", disse. Para se candidatar no ano que vem, Marina tem até sábado para se filiar um partido. Ontem, por 6 votos a 1, os ministros do TSE rejeitaram o registro da Rede alegando que não foram apresentadas as cerca de 492 mil assinaturas necessárias. A ex-senadora sofre pressões diferentes de familiares e amigos sobre sua carreira política. Entre os que defenderam sua participação nas eleições de 2014, a justificativa foi de que não há partidos perfeitos. Ela recebeu convite de sete legendas. A outra ala que prefere Marina longe de outra sigla defende que ela será alvo de críticas da imprensa e pode sofrer abalos em seu eleitorado por ter defendido e construído um discurso de que a Rede era um partido que tinha outro jeito de fazer política.
PPS formaliza convite para Marina ser candidata ao Planalto em 2014
Deputado Roberto Freire - Presidente do PPS - quer Marina no partido.
(foto: Sergio Lima22.ago.13/Folhapress)
Um dia após a Justiça Eleitoral barrar a criação da Rede Sustentabilidade, o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (PPS), utilizou o Twitter nesta sexta-feira (4) para convidar a ex-senadora Marina Silva para se filiar ao partido e disputar a presidência da República em 2014. "Solidário reafirmo convite do @pps23 para que junto com a Rede se integre conosco para ser candidata e disputar 2014!", escreveu Freire em seu microblog. Na avaliação de Freire, a participação de Marina na corrida pelo Palácio do Planalto é fundamental. "Quando ela [Marina] resolveu criar a Rede, o PPS ajudou. Eu mesmo fui um dos signatários do apoio à criação do partido. Achamos que Marina expressa o desejo da cidadania. É importante para a sociedade brasileira termos um candidato com a expressão que ela tem", afirmou o presidente do PPS, lembrando, ainda, do convite feito pelo partido à ex-senadora para que se filiasse à legenda no início deste ano.
PTB também quer Marina 
O deputado estadual Campos Machado, secretário-geral do PTB, também ofereceu nesta sexta-feira (4) espaço para que a ex-senadora se filie à sigla e dispute a Presidência pelo partido nas eleições do ano que vem. "Ela é a Getúlio Vargas de saia. O programa do PTB --com a questão das leis trabalhistas, nacionalismo, Petrobras-- está em total conformidade com o que ela vem pregando", diz. Para formar a Rede, Marina tem adotado o discurso de renovação da política e de crítica a estruturas partidárias existentes. A busca por fontes de energia alternativas ao petróleo também faz parte do programa da Rede. Apesar disso, ele diz não ver incoerência. "Novo mesmo, só se ela formasse o partido, mas o PTB é a opção para ela continuar a pregação dela dentro da sua linha programática." Campos disse ter contatado aliados da ex-senadora e afirma aguardar resposta. "Estamos querendo deixar uma outra opção para ela, mas sem constrangê-la."