Roberto Freire (PPS) disse à
ex-senadora que ir para o PSB será um suicídio político
Andreza Matais - O Estado de S.
Paulo
Roberto Freire - do PPS |
BRASÍLIA - O PPS reagiu mal à
decisão da senadora Marina Silva de formar uma frente de apoio à candidatura de
Eduardo Campos num cenário com ela ingressando no PSB. Os dirigentes do
partido, que participaram de reunião com Marina, não aceitaram um acordo nesse
sentido. O Estado apurou que o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE),
disse a Marina que a escolha de ir para o PSB será um "desastre" para
ela e a aconselhou a ingressar no PPS, onde teria liberdade de tocar o projeto
de apoiar Campos, mas de forma independente e não "amarrada". A ex-senadora
teria ponderado, no encontro, que ao optar pelo PSB daria uma resposta ao
Palácio do Planalto e aos seus críticos de que seu projeto é sair candidata a
qualquer custo. No PSB, ela demonstraria que não sairá candidata à Presidência
e que seu projeto é político. No encontro, Marina citou, várias vezes, Madre
Teresa de Calcutá - por seu trabalho missionário. Conforme integrantes do PPS,
"o projeto dela com a legenda está inviabilizado". Freire afirmou a
Marina que esse gesto dela será aplaudido apenas no primeiro mês, mas depois
será considerado um suicídio político.