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Carinhanha - Cidades do Velho Chico 22

Ludhmila Hajjar: a mulher que não virou ministra por ser competente

A médica Ludhmila Hajjar foi rejeitada por Bolsonaro por ser competente. (Foto: Istoé)

Durante todo o dia de domingo (14), o Brasil acendeu a vela da esperança. Finalmente um nome com as credenciais perfeitas para assumir o Ministério da Saúde. A médica cardiologista Ludhmila Hajjar foi indicada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e referendada até por ministros do STF. Seu currículo é invejável. Ontem mesmo ela teve uma conversa com o presidente Jair Bolsonaro em Brasília. A reunião foi incomum porque lá estava o ministro que ela iria substituir. Foi um grande constrangimento. Segundo o portal Poder 360, ela deixou clara sua posição. Resumindo, fará tudo diferente do que pensa Jair Bolsonaro. O presidente estava visivelmente desgostoso com o encontro e marcou um outro para hoje. Não precisou, Ludhmila Hajjar enviou nota dizendo não aceitar o cargo.

Seria a salvação de Bolsonaro se ela aceitasse o cargo e se o presidente referendasse o seu nome. Bolsonaro só queira passar a ideia de que estava aberto ao diálogo e Arthur Lira sabe que ele jamais nomearia a médica, abrindo caminho para um político do Centrão. E por que se desperdiça um nome tão bom? Porque Ludhmila é competente e profissional. Ontem mesmo ela começou a receber ataques de radicais bolsonaristas. Ainda não tinha aceito o cargo e sua vida virou um inferno. Mas ela respondeu firme dizendo que não pertencia a grupo político nenhum. Disse que era uma médica! Para Jair Bolsonaro e sua trupe, o currículo pouco importa. Basta estar preparado para obedecer de forma confessadamente submissa.