As ativistas do Femen atacaram mais uma vez em novo protesto
contra a organização da Euro na Ucrânia. O alvo, contudo, foi Varsóvia, capital
da Polônia, que recebeu o jogo de abertura do torneio. No episódio desta
sexta-feira, elas utilizaram extintores de incêndio para espalhar gás carbônico
próximo à entrada do estádio Nacional, palco do jogo entre Polônia e Grécia, às
13h (de Brasília). As ativistas foram detidas pouco depois do início do
protesto.
Ativistas ucranianas do grupo Femen protestam em frente ao
estádio da abertura da Euro-2012, em Varsóvia, na Polônia. O grupo protesta
contra a exploração sexual na Ucrânia. As ativistas acreditam que a Euro irá
incentivar um "turismo sexual" e alimentar a indústria de
prostituição no país.
O torneio, que está sendo organizado por Polônia e Ucrânia,
iniciou nesta sexta-feira e tem 16 participantes. A Ucrânia estreia no dia 11
(segunda-feira), contra a Áustria, em Kiev. No dia 1º de junho o grupo de
ativistas já havia sido preso na Ucrânia por atacar as figuras das mascotes
Slavek e Slavko, que estão representadas no Parque do Relógio, em Kiev. Antes,
algumas ativistas fizeram tentativas de pegar a taça da Euro.
Os protestos das ativistas contra a Euro passaram a ser
frequentes desde que a Ucrânia foi escolhida uma das sedes. A arma principal
tem sido a mesma que fez essa organização formada por universitárias de Kiev,
em 2008, ser conhecida internacionalmente: um exército de jovens e bonitas
exibindo corpos quase nus.
Antes de inserir o topless nos protestos o grupo não era
famoso nem dentro de seu próprio país. As ativistas defendem essa forma de
exposição pois consideram que a melhor maneira de lutar contra a exploração
sexual é usando o seu sex appeal.
Informações da FOLHA DE SÃO PAULO – com fotos de Janek Skarzynski/France Presse, Aris Messinis/France Presse, Jerzy Dudek/Reuters e Alik Keplicz/Associated
Press. (clique nas fotos para ampliá-las)