Se você encontrar alguém da oposição em Heliópolis e
perguntar sobre como andam as negociações, ele ou ela estará programado para
dizer que tudo anda bem. Não acredite. Nada está bem. A oposição em Heliópolis
é um conjunto de sorrisos, todos esperando apoio e sem querer dar apoio a
ninguém. Desta feita a reunião foi na casa de Ildinho Fonseca, esposo da ex-vice-prefeita
de Heliópolis Santaninha, ocorrida neste Domingo (03). Como sempre, tudo
começou com uma boa cerveja e conversas supostamente pouco interessadas. Da
cozinha vinha o cheiro do inconfundível tempero articulado por Santaninha,
Leila (esposa de Beto), Ivone e outras abençoadas. A proposta desta nova
reunião foi não discutir política. Era apenas um encontro de confraternização
para mostrar união do grupo. Pura Balela!
Saiu de tudo: Mensalão, Greve dos Professores, Administração
de Heliópolis, quem comprou , quem foi comprado etc. Até política de Lagarto
marcou presença. É impossível colocar um bêbado num alambique e obrigá-lo a não
beber cachaça! Foi Roberto da Farmácia quem abriu a suposta reunião de
confraternização e justificou a ausência do Deputado Vando (PSC), um dos
ilustres convidados para o evento. Depois de confirmada a chegada de todos os pré-candidatos,
Beto Fonseca jogou o verbo. Disse literalmente que não era candidato, mas os
amigos é que insistiam com a candidatura dele. Enquanto isso, Ivan Fonseca, seu
irmão, insistia dizendo que queria ser candidato e que o PSC teria candidato em
Heliópolis. Foi aí que pediu a palavra o professor Landisvalth Lima para
apresentar uma proposta de consenso. Beto lhe concedeu a palavra.
O professor disse que havia feito as contas e chegou a uma
chapa que poderia unir de uma vez por todas a oposição. Antes, justificou a não
escolha dos outros: Nilda Santana tinha problemas com filiação, Zélia Maranduba
tinha problema com o PT, Zé do Sertão havia sido o último prefeito, Tiago
Andrade ainda tinha um longo caminho e percorrer e podia esperar, Beto Fonseca
ainda estava verde para uma candidatura a prefeito, Adilson Barbosa sofria
restrições e Gama Neves ainda não tinha o apoio unânime, embora fosse o melhor
posicionado na opinião pública. O professor disse também que o PPS havia
apresentado sete opções de chapa e que não havia recebido uma única contraproposta.
As propostas do PPS foram: Ana Dalva e Adilson, Ana Dalva e
Tiago, Ana Dalva e Zélia. E ainda: Gama e Tiago, Gama e Zélia e Gama e Adilson.
A sétima alternativa seria um candidato de consenso, ficando para o PPS a
indicação do vice. Também não houve respostas ou uma proposta alternativa. O
que o professor percebeu é que ninguém quer desistir ou apoiar. Nesse
lengalenga, julho vai chegar e não se decide a chapa. Por isso, embora achasse
que a melhor chapa seria Ana Dalva e Tiago Andrade, o professor lançou a 8ª
proposta: Ildinho Fonseca (prefeito) e Ana Dalva (vice), sugerindo uma reunião
isolada com todos os pré-candidatos para aparar todas as arestas possíveis. A
proposta caiu como uma bomba sobre a reunião.
O principal motivo da nova proposta foi uma negociação de
bastidores. O professor ficou sabendo de que há pré-candidatos negociando grana
para desistir e jogou uma pá de cal na negociação. “Já chamei Gama Neves para
que nós formássemos uma chapa entre PPS, PR, DEM, PTN e PMDB. Na verdade querem
apenas que a gente apoie. Não vão querer apoiar Ana Dalva ou Gama Neves. A
prova é que ninguém se manifestou sobre a proposta de hoje e nem se reuniram
para chegar a um denominador comum. Não querem o consenso. Querem negociata e
nisso não entraremos. Não vamos aceitar compra de lideranças. Isso nunca
funcionou, é indecente e não conta com o PPS.”, disse.
O bom caminho é que Gama Neves apresentou uma proposta com
ele prefeito e Ildinho Fonseca vice para futura discussão. Uma reunião marcada
para o próximo Sábado foi acordada para acelerar o processo. Nesta reunião só
terão presença os pré-candidatos e um convidado de cada. Outro bom caminho é
que Ildinho aceitou a proposta de ser o prefeito, desde que seja o candidato de
todos os segmentos da oposição. Uma coisa é certa: a pesquisa já era. Ninguém
mais falou em pesquisa. Querem resolver a questão no diálogo.” O desafio está
lançado: Havia restrições contra todos os pré-candidatos. Fica a pergunta no ar:
Quem tem algo contra Ildinho Fonseca? Quem vai ter algo a apresentar que possa
impedir ou macular sua candidatura? Se o nome não fechar a chapa, então esta
história de união é pura conversa para boi dormir em período de seca! Restará
ao PPS lançar Ana Dalva prefeita dia 16 e ir para a luta!”, concluiu o
professor.