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Uma heroína chamada Marina

Marina Ovisannikova mostrou ao mundo como funciona a imprensa russa. (Foto: O Antagonista)

Não, não é nossa Marina Silva – uma das mais significativas figuras na luta pela sustentabilidade no mundo. Trata-se de Marina Ovisannikova, que teve o ato heroico de interromper um telejornal de uma TV controlada pelo Kremlin e estampar um cartaz contra a guerra na Ucrânia. Marina é jornalista e enfrentou hoje o banco dos réus e poderia ser presa por dez dias, pena para vandalismo, na Rússia. Se fosse enquadrada no crime de “divulgação de notícias falsas sobre a operação militar”, instituído na semana passada, poderia ficar até 15 anos presa.

Marina Ovsyannikova invadiu um jornal na TV russa para protestar contra a guerra na Ucrânia e foi condenada hoje pela Justiça do país a pagar uma multa de 30 mil rublos, ou cerca de 1.400 reais. Ela violou regras relativas a protestos não autorizados. O caso ainda não foi encerrado e ela está sujeita a punições mais duras, previstas em leis adotadas contra o que o governo de Vladimir Putin aponta como “desinformação” ligada ao conflito com os ucranianos. O lado bom é que Marina ficará em liberdade e os 1.400 reais já são considerados o maior investimento a favor do povo ucraniano. Durante a edição de ontem do programa Vremia, do Canal 1, controlado pelo Kremlin, ela ergueu um cartaz que dizia: “Não acreditem na propaganda. Aqui todos mentem”.