Verdadeiramente neste sábado foi dado o pontapé inicial da
campanha eleitoral 2012 em Heliópolis. As movimentações feitas pela oposição na
semana passada foram apenas aperitivos e não tiveram uma resposta contundente
dos encastelados no poder. A coisa só esquentou mesmo quando a trupe do PCdoB
colocou seu bloco na rua. Dois fatos marcaram o dia: a adesão do vereador José
Clóvis ao PSC e a carreata feita pelo PCdoB para inauguração do seu Comitê
Eleitoral. Pela manhã, a coligação liderada pelo PSC/DEM, dos candidatos
Ildinho e Gama, deu um forte golpe no desejo de reeleição do atual alcaide. O
vereador José Clóvis (PSD) abandonou o barco do poder e caiu nos braços da
oposição. É a segunda baixa sofrida pelos partidários da administração
municipal na Câmara de Vereadores. Antes, com a adesão do PT, Renilson Alves
havia desistido de tentar o oitavo mandato e indicou o filho Zeic (PTN) para
disputar uma vaga na coligação da oposição. José Clóvis (ou Clóvis da
Massaranduba) foi recepcionado em grande estilo, desfilando pelas ruas da
cidade até a casa do candidato Ildinho Fonseca, guiado pelo vice Gama Neves. Ainda
não está definido como será administrada a adesão de Clóvis. Falam que o
vereador não renovaria o mandato e o seu filho, o bacharel em direito Júnior,
sairia candidato pela coligação da oposição, substituindo José Milton (DEM),
que desistiu de concorrer. Se isso ficar concretizado, a oposição marca um gol
de placa e garante a maioria no legislativo, pelo menos na análise de
observadores. Na Câmara Municipal, o aglomerado da oposição, que estava
resumido a Ana Dalva (PPS) e Naudinha (PSDB), agora dobrou de tamanho.
No início da noite foi a vez da inauguração do comitê eleitoral
da coligação dos governistas. O objetivo era causar impacto para amenizar o
golpe sofrido pela manhã. E se depender da existência de carros, a vitória será
disparada. Desfilaram aproximadamente 200 automóveis e igual número de
motocicletas. É verdade que muitos deram a volta e repetiram o trajeto, mas
havia muitos carros. O problema é que estavam, em boa parte, vazios. Quando
vinham lotados, havia presença de muitas crianças. Sem falar na participação
dos ocupantes de cargos comissionados e de pessoas de vários municípios da
região, notadamente de Cícero Dantas. Do ponto de vista visual, causou boa
impressão, mas não mudou a situação eleitoral. A oposição está em nítida
vantagem, restando apenas a esta um pouco de organização nas ações. A
inauguração do comitê eleitoral da coligação liderada pelo PSC será dia 29 de
Julho e promete ser a arrancada dos opositores.
Um problema chamado PMDB
Nilda Santana deve entrar para a história como a política
que foi sem nunca ter sido. Está protagonizando uma confusão para juiz eleitoral
nenhum consertar. Destituiu os 4 membros da comissão provisória que desejavam que
o PMDB se coligasse com a oposição, entre eles o ex-vereador Mundinho do Tijuco.
Em seguida aderiu ao grupo do prefeito e se lançou candidata a vereadora, mesmo
não estando legalmente apta para tanto, já que foi alvo de dupla filiação. Só
que os 4 destituídos fizeram a convenção do partido no último dia do prazo
legal e lançaram os nomes de Romerito e Bita para concorrerem a vereador. A
nova comissão nomeada por ela só foi efetivada dia 3 de Julho, fora do prazo
eleitoral para realização de convenções. Ou seja, ou o PMDB vai de oposição ou
será afastado do processo eleitoral este ano. Mais uma dor-de-cabeça para os
governistas. Nildinha está afundando o PMDB. Com a palavra o deputado Lúcio
Vieira Lima.
Disputa acirrada na vereança
Com a pouca quantidade de candidatos a vereador, está cada
vez mais clara a acirrada disputa pelas nove vagas no legislativo. Os números
indicam que há 36 nomes em disputa, mas o cômputo final não deve passar de 30,
com as desistências e inaptos. Quatro nomes já despontam como os mais bem
posicionados. Pelos governistas aparecem Giomar Evangelista e Claudivan, ambos
do PCdoB. Pelas hostes da oposição surgem Zé do Sertão (PDT) e Ana Dalva (PPS).
Analistas apontam que, se tudo se mantiver como se apresenta, a bancada
feminina deverá ser reduzida ao nome de Ana Dalva, já que Naudinha não vai
tentar renovar o mandato. Em compensação, pode haver a maior renovação de
cadeiras da história do legislativo de Heliópolis. O número pode chegar a seis
substituições.