Professores acampam na porta da Assembleia. Categoria cobra
o reajuste do Piso Salarial do Magistério. Categoria vai fazer vigilia na praça
em frente à Assembleia Legislativa.
Professores de Sergipe acamparam em frente à ALESE |
Os professores da rede estadual de Sergipe estão em greve
por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira, dia 16. E no primeiro de
greve os professores acampam em frente a Assembleia Legislativa - ALESE a
partir das 8h, pois às 9h a presidenta do SINTESE, Ângela Maria de Melo
participa de audiência pública na Comissão de Educação da ALESE, que também
contará com a presença do secretário de Educação, Belivaldo Chagas.
A decisão de paralisar as atividades por tempo indeterminado
foi tomada na assembleia da categoria realizada no último dia 10. “Não vamos
aceitar que a nossa carreira por qual batalhamos através de décadas de luta
seja destruída”, afirmou a presidenta Ângela Maria de Melo.
Não pagará piso
Na última audiência com o secretário de Planejamento, Orçamento
e Gestão, Oliveira Júnior o governo apresentou a sua versão de pagamento do
piso.
Para o governo de Sergipe somente os professores em início
de carreira com formação em nível médio têm direito ao reajuste de 22,22%. Os
professores com formação em nível médio, independente do tempo de serviço,
terão como vencimento R$1.451. Da forma apresentada pelo secretário, o
professor de nível médio que tiver 3 ou 30 anos de magistério terá o mesmo vencimento.
Isso não é pagar piso.
Os professores liderados pelo SINTESE contam com o apoio da deputada Ana Lúcia Meneses (PT) |
Para os professores com formação em nível superior a revisão
da tabela de vencimentos para os professores dos demais níveis (II, III, IV e
V) não seguirá a Lei do Piso e será baseada no IPCA – Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo que está na faixa dos 6,5%.
Perdas entre 18% e 25%
Na assembleia a direção do SINTESE apresentou os primeiros
cálculos do impacto do não cumprimento da lei do piso pelo governo do Estado.
Além de um reajuste menor, os professores também têm um impacto negativo na
progressão vertical.
Atualmente um professor com nível superior recebe no salário
inicial 40% a mais que um educador com nível médio. Com essa forma de revisão
salarial apontada pelo governo do Estado essa diferença cairia para 21,97%. As
perdas para os educadores com doutorado chegam a 25,75%.
“Esses cálculos já demonstram as perdas levando em conta
somente o vencimento inicial, ao calcularmos as demais componentes do salário
do professor esse prejuízo será muito maior”, apontou Roberto Silva dos Santos,
diretor do Departamento de Base Estadual do SINTESE.
Na próxima terça-feira, 17, 15h, no Instituto Histórico e
Geográfico, assembleia dos professores da rede estadual.
Fonte: Ascom Sintese.
Reprodução do portal INFONET.