por Rodrigo Aguiar – do Bahia Notícias
Documento que comprova o acordo (foto: Evilásio Júnior) |
Em entrevista ao programa Acorda pra Vida, da Rede Tudo FM
102.5, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da
Bahia (APLB), Rui Oliveira, reiterou a disposição dos professores estaduais em
manter a greve e apresentou um termo de acordo assinado por representantes do
governo e da entidade de classe. O documento é do dia 11 de novembro de 2011 e
tem as assinaturas de Clóvis Caribé Menezes, Cláudia Cruz (da Secretaria de
Educação), Adriano Tambone e Luis Henrique Guimarães Brandão (da Secretaria de
Administração) – do lado governamental – além de membros da APLB, inclusive o
próprio Rui Oliveira. O primeiro item do termo diz que: “O reajuste salarial do
magistério da rede estadual do ensino fundamental e médio será o mesmo do piso
salarial profissional nacional, nos anos de 2012, 2013 e 2014, a partir de
janeiro de cada um, incidindo sobre todas as tabelas vigentes”. Segundo a
interpretação do diretor sindical, o trecho desmentiria a alegação do governo,
de que haveria um acerto para conceder o reajuste de 22,22% dividido em três
partes, com um pagamento agora, outro em novembro e o último em abril do ano
seguinte. “Primeiro, o governo disse que não tinha acordo nenhum. Depois, pediu
que a greve fosse decretada ilegal, mas nós recorremos. Aí, o governo admite o acordo, mas diz que
fez a proposta de pagar dividido”, reclamou o presidente da APLB. Questionado se a paralisação tinha alguma
motivação política, já que é pré-candidato a vereador pelo PCdoB, Oliveira
desconversou: “Em primeiro lugar, a greve envolve toda a Bahia. É estadual.
Esta discussão é muito simplória”.