Cerca de mil professores
grevistas acampam no prédio da Assembleia Legislativa, localizado no Centro
Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, durante a manhã desta quinta-feira,
19, para discutir a equiparação do piso estabelecido pelo Ministério da Educação
(MEC).
Os professores, que estão em
greve desde o dia 11 de abril, ocupam o CAB desde a quarta, 18. Os grevistas
cercaram a entrada do prédio da Governadoria do Estado, o que fez com que a
polícia instalasse uma barreira na frente do edifício. Segundo a categoria, não
há previsão para deixar o local.
Os profissionais protestam
contra o que consideram uma quebra no acordo do governo estadual, em relação ao
reajuste do Piso Nacional com percentual de 22,22%. Além disso, eles alegam que
a categoria sofreu um retrocesso pelo desestímulo ao aperfeiçoamento
profissional, cobram, o que segundo eles, seriam justos aumentos salariais e
pressionam deputados a não aprovar projeto do governo que acaba com benefícios
de professores com nível médio.
Corte do ponto - Em nota
oficial divulgada no site da Secretaria de Educação do Estado, o governo
informou que "o piso para os professores com curso superior na Bahia é
mais alto do que em estados mais desenvolvidos economicamente, como São Paulo e
Rio, e que a categoria recebeu, nos últimos três anos, 30% de aumento salarial
acima da inflação".
Além disso, a Secretaria de
Educação informou que vai cortar o ponto dos professores grevistas, baseada na
decisão da Justiça que, na última sexta-feira, decretou a ilegalidade da
paralisação dos docentes.
A Secretaria emitiu comunicado
convocando os professores a retornar às unidades de ensino imediatamente, mas a
Associação dos Professores Licenciados da Bahia (APLB) entrou com uma liminar
contra a decisão e ameaça manter a greve até que o reajuste seja concedido. "Não
tem greve ilegal, não existe greve ilegal. O que o governo conseguiu foi uma
liminar, mas nós também estamos correndo atrás", disse Rui Oliveira,
presidente do sindicato. Os sindicalistas do APLB disseram que a adesão à greve
é de 80% em todo o Estado. Eles afirmam que mais de um milhão de alunos estão
sem aulas na Bahia.
Informações do portal A TARDE.
Informações do portal A TARDE.