Di Cardoso e sua vice, diplomados na eleição de 2020 que não valeu. (Foto: Divulgação)
É inacreditável este país! Com tanta compra de voto nas eleições municipais de 2020, apenas em sete municípios tivemos novas eleições. O principal fator é a prova substancial, difícil de se obter. Aqui na Bahia mesmo, apenas um único pleito foi realizado, e o motivo foi outro. Num país sério, poucas eleições em nossa região seriam salvas, mas o sistema que temos. Eleitores da cidade de João Dourado, no centro-norte do estado da Bahia, voltaram às urnas ontem (7) para eleger um novo prefeito. As eleições suplementares foram definidas pela Justiça Eleitoral para substituir prefeitos e vices eleitos em 2020, que tiveram seus registros de candidatura indeferidos na época. A cidade de João Dourado mobilizou 13.342 eleitores e a maioria (56,08% ou 7.319 votos) escolheu Diamerson Costa Cardoso Dourado, conhecido por Di Cardoso e a vice Clévia Santiago da Silva Conceição, ambos do PL, provável futuro partido de Jari Bolsonaro.
Di Cardoso já havia sido eleito em 2020. No entanto, a votação deste domingo foi convocada depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu manter o indeferimento das candidaturas dele e da então vice Rita de Cássia Amorim do Amaral, eleitos em 2020 para os cargos de prefeito e vice-prefeita, respectivamente. A decisão do TSE levou em consideração aspectos de inelegibilidade da candidata a vice-prefeita, que teve repercussão na chapa para os cargos, o que impedia a diplomação dos candidatos. Mudou-se a vice e tudo ficou resolvido.
Além da Bahia, tivemos eleições em outros seis municípios do país. Com 20.426 votos válidos (58,32%), as eleitoras e os eleitores de Tomé-Açu, no Pará, escolheram Carlos Antônio Vieira (PL) e Rosielson Ribeiro Coelho (Pode) para gerir a Prefeitura municipal. O eleitorado de Francisco Alves, no Paraná, escolheu a prefeita Milena Silva Rosa (PSDB) e o vice Paulo Sérgio Mendonça Navero Correa (PSB) para representá-lo nos próximos anos. Eles foram eleitos com 2.096 votos, número que corresponde a 49,35% do total de votos válidos apurados no município.
Também, em Bandeirantes, Mato Grosso do Sul, Edervan Gustavo Sprotte (DEM) e Gediana Ribeiro da Rocha (PTB) foram eleitos prefeito e vice-prefeita com 1.493 (36,25%) votos válidos. Bernard Tavares Didimo (Republicanos) e Marcelo Borges Martins (Cidadania) são os novos prefeito e vice do município fluminense de Carapebus, no Rio de Janeiro. Eles receberam 5.293 votos, índice que corresponde a 53,14% do total de votos válidos contabilizados na localidade.
Por fim, a chapa composta por José Elias de Oliveira (PC do B) e Reginaldo Araújo da Silva (PP) recebeu 11.603 (51,64%) dos votos válidos e foi a mais votada do município de Jaguaruana, no Ceará. Eles foram eleitos prefeito e vice, respectivamente, e ocuparão o executivo municipal. O município de Guamaré, no Rio Grande do Norte, será chefiado por Arthur Henrique da Fonseca Teixeira (PSB) e Eliane Guedes de Melo Carmo, (MDB) eleitos prefeito e vice-prefeita com 6.984 (61,16%) votos. Se as leis que regem as eleições não forem aprimoradas, é disso para menos. Não basta ter urnas eletrônicas invioláveis. É preciso que políticos e eleitores tenham consciência plena sobre a democracia.
Fontes: TSE e G1.