Assessorada por advogado do PCC,
a garota de programa Natália sustenta que tinha um relacionamento estável com o
empresário
Valmar Hupsel Filho – do portal
de VEJA.
Veja retratou todo o drama do caso Yoki. |
Marcos Matsunaga aparece no
vídeo feito por detetive particular com a nova amante, a garota de programa
Natália, pivo da briga que resultou em seu assassinato pela mulher, Elize
Araújo Matsunaga (Reprodução de vídeo). Natália Vila Real Lima, a morena de 23
anos flagrada pela câmera de um detetitve particular com o empresário Marcos
Kitano Matsunaga, 42 anos, na véspera de ser assassinado pela mulher, Elize
Araújo Matsunaga, 30 anos, resolveu mudar o teor do depoimento prestado no
último dia 15 à polícia. Se conseguir comprovar a nova versão, ela pode tentar
ficar com parte da herança do empresário.
O advogado de Natália, Roberto
Parentoni, o mesmo que representa o criminoso Marcola, apontado como chefão da
organização criminosa Primeiro Comando da Capital, o PCC, protocola hoje um
aditamento em que ela diz que mantinha um relacionamento estável com Marcos
havia mais de um ano e não uma relação cliente-acompanhante, como havia dito em
seu primeiro depoimento.
Em sua nova versão, Natália
confirma que anunciava seus serviços de acompanhante de luxo no site MClass,
mas dá uma nova versão para o momento e as circunstâncias em que encontrou o
diretor-executivo da empresa de alimentos Yoki pela primeira vez. Ela agora diz
que não anunciava mais no site quando conheceu Marcos Matsunaga em um evento em
que trabalhava como modelo. Parentoni não soube dizer em que evento se deu o
encontro nem precisar a data. “Foi há mais ou menos um ano”, desconversou.
À polícia, Natália havia dito
que, por meio do site de acompanhantes em que anunciava seus serviços com o
codinome Lara, recebeu uma ligação de Marcos e o primeiro encontro se deu no
dia 13 de fevereiro deste ano. A partir daí, segundo o primeiro depoimento,
teria passado a se encontrar com o cliente pelo menos uma vez por semana no
flat em que ela morava. Ela disse ainda que, a partir de março, passaram a se
encontrar duas vezes por semana – e que recebia pelos serviços uma quantia de 4
mil reais por mês.
A acompanhante contou, também em
seu primeiro depoimento, que havia feito duas viagens em companhia de Matsunaga
e que a frequência dos encontros cresceu, a ponto de ela não conseguir atender
outros clientes. Segundo Natália, o empresário então teria pedido a ela que
parasse de atender como prostituta. Para tanto, ele lhe pagaria, a partir de
maio, uma quantia de 27 mil reais por mês para que ela tirasse o anúncio do
site e se fosse sua amante exclusiva. Ela confirmou que recebeu o primeiro
pagamento e também que ganhou de presente uma caminhonete Mitsubishi Pajero
TR-4 blindada.
“Marcos deu a ela os 27 mil
reais porque eles estavam montando apartamento para morar”, argumenta agora o
advogado de Natália. Ele sustenta que Marcos já estava separado de fato de
Elize quando conheceu Natália. Parentoni tenta provar que Natália e Marcos
tinham uma relação de afeto em vez de profissional. “Ela gostava dele”, disse.
O advogado nega que a intenção de mudar
o discurso seja o interesse em participar da partilha dos bens deixados por
Marcos, mas também não descarta essa possibilidade. “Se ela conseguir provar
que tinha uma união estável, ela tem direito sim”, disse.