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CGU recolhe computadores do Ministério da Agricultura


Uma equipe da Controladoria-Geral da União (CGU) recolhe na tarde de hoje computadores do Ministério da Agricultura, após o surgimento de mais denúncias envolvendo a pasta, informou o ministro-chefe da CGU, Jorge Hage. A CGU não soube informar quantos computadores foram recolhidos do ministério. Procedimento semelhante foi adotado após as denúncias de irregularidades envolvendo o Ministério dos Transportes, que levaram à queda de Alfredo Nascimento e à demissão de mais de 20 funcionários.
"Me comuniquei com ele (ministro da Agricultura, Wagner Rossi) antes do meio dia, informei que agora à tarde nossa equipe estará indo ao ministério, recolhendo os computadores das áreas que eram objeto de denúncia, para fazer a cópia dos discos rígidos, dos e-mails, pra começar o nosso trabalho. É um trabalho normal, como qualquer outro", disse Hage, após cerimônia de posse do novo ministro da Defesa, Celso Amorim.
A controladoria anunciou hoje a criação de uma comissão de sindicância para investigar as novas denúncias em torno do Ministério da Agricultura. Segundo a revista "Veja", um lobista atuava dentro do próprio ministério, com influência em editais e licitações.
De acordo com Hage, o ministro Rossi colocou-se à disposição para fornecer todas as facilidades do trabalho de auditoria. Hage disse que não foi recolhido nenhum material de Rossi. "Não há nenhuma acusação que pese contra o ministro pessoalmente", disse. Sobre a conclusão das investigações, respondeu: "A previsão nossa, quando iniciamos o trabalho da Conab, era final de setembro. Agora temos denúncia nova, no Ministério da Agricultura, isso poderá postergar um pouco mais o andamento".
PPS pede investigação no MP
O PPS pediu hoje que o Ministério Público Federal (MPF) do Distrito Federal investigue as denúncias de corrupção no Ministério da Agricultura. A representação solicita a apuração das movimentações do lobista Júlio Fróes, de funcionários da Comissão de Licitações e de Milton Ortolan, que deixou a secretaria-executiva da pasta no último sábado.
O presidente do partido, Roberto Freire, afirma que o caminho escolhido visa dar mais celeridade à apuração. "Estamos pedindo para o Ministério Público investigar porque quando entramos (com pedido de investigação) na Procuradoria-Geral da República, o pedido entra e para". O PPS vai solicitar também que o ministro Wagner Rossi retorne à Câmara dos Deputados para falar sobre as novas denúncias.
Freire afirmou ter virado "rotina" haver denúncias contra o governo Dilma Rousseff. Ele ironizou o rótulo de "faxina" usado para as demissões no ministério dos Transportes e disse que isso não foi aplicado ainda em outras áreas. "Não acredito em quem vem com vassoura, porque teria de passar a vassoura em cima do Lula, e isso eu não acredito que ela vai fazer". Para Freire, as denúncias de corrupção são uma herança do ex-presidente.
Informações de O Estadão e A TARDE.