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Médico de Pombal morre na BR 110 após colisão com animais

Dr. Rivaldo Santana Júnior, 27 anos, teve a vida ceifada por acidente provocado por 2 animais na BR 110. (Foto: Álbum de família/divulgação) 

Antes de mais nada é preciso dizer que a morte é o caminho natural de todos nós, mas ninguém precisa ter pressa. Melhor dizendo, com a tecnologia de que dispomos, a morte deveria chegar, na maioria das vezes, por falência múltipla dos órgãos. Entretanto, no Brasil, morre-se por dá cá aquela palha. É um país que desperdiça vidas como se não houvesse necessidade de viver. Quando li a reportagem no blog do Joilson Costa sobre a morte do jovem médico Rivaldo Santana Júnior, reproduzindo matéria do JR News de Inhambupe, tive a certeza de que ainda temos um longo caminho a percorrer neste país para que as vidas humanas sejam prioridade. 

O fato aconteceu na madrugada desta segunda-feira (01). O médico Rivaldo Santana Jr, 27 anos, colidiu seu veículo contra animais na BR 110. Parentes informaram que Rivaldo passou o fim de semana em Ribeira do Pombal, numna festa de aniversário com os pais e demais familiares. Populares que estavam no local do acidente relataram que por volta das 4:30h da madrugada, na altura do km 290, após a curva do beré, em Inhambupe, dois animais na pista causaram o acidente, vitimando o médico que seguia de Ribeira do Pombal com destino a Salvador. A Policia Militar e a Policia Rodoviária Federal foram acionadas e estavam no local. Com a família de Rivaldo Jr, presente no local do acidente, por volta das 10:30h, o IML chegou para remoção do corpo. 

Um jovem médico, de apenas 27 anos, com conhecimento suficiente para salvar centenas de vidas ao longo de sua existência, desaparece do nosso convívio porque dois animais foram soltos de forma irresponsável numa pista de jurisdição federal. Foi mais um que perdeu a vida pela abundância de homens que não governam, nas três esferas de poder. Some-se a isso a falta de consciência de uma população de maioria desafeita ao tino de gostar do outro e não ter noção da sua verdadeira função social. Não foi apenas um acidente, mas a continuação de um genocídio que acontece todos os anos nas estradas brasileiras. Some-se a isso o descaso federal com a pandemia, o desprezo ao meio ambiente, às leis e ao estado, no sentido mais significativo da palavra. A vida do outro no Brasil parece não ter nenhum valor!