O Cassino de Estoril, em Portugal, destino de alguns deputados brasileiros (foto: Istoé) |
Com uma reportagem intitulada “Voando
com o dinheiro público”, assinada pelo jornalista Ary Filgueiras, a revista
ISTOÉ traz uma reportagem sobre os 184 deputados federais que viajaram pelo
mundo, frequentaram shows, cassinos e demais barangandãs, tudo financiado com
os recursos dos nossos altos e mal aplicados impostos. A reportagem diz que enquanto
uma enxurrada de projetos está à espera de aprovação em comissões e no
plenário, os deputados preferem dar suas escapulidas. Sob o caráter de “missões
oficiais”, eles gastaram em 2017 nada menos que R$ 1,6 milhão somente em
diárias para viagens ao exterior, para destinos como o Caribe, Inglaterra,
Portugal, Itália, Espanha e Estados Unidos.
As tarefas árduas destes
deputados incluem assistir a shows ou discutir a conservação do Atum Atlântico
na cidade de Marrakesh, no Marrocos. De acordo com dados confirmados por ISTOÉ
junto ao portal de Transparência da Câmara, os parlamentares fizeram, em 2017,
286 viagens ao exterior. Foram pagas 1.312 diárias a um total de 184 deputados.
O destino mais visitado foi Nova York, com 100 viagens. Para Lisboa, foram 23.
Para Jerusalém, 17. Roma e Cidade do Panamá, 16. Oito deles, entre os dias 5 e
20 de janeiro, em pleno recesso parlamentar e preocupados com os problemas que
a legalização dos jogos de azar, foram ao exterior para tratar do funcionamento
de cassinos e jogos de azar, que são proibidos no Brasil. Na China, entre idas
a Xangai, Macau e Hong Kong, consumiram 40 diárias, totalizando R$ 63 mil.
Foram ter uma aula sobre exploração de jogos de fortuna e azar naquele país.
Para lá rumaram Herculano Passos (MDB-SP), Damião Feliciano (PDT-PB), Weliton
Prado (PROS-MG), Hildo Rocha (MDB-MA), Lelo Coimbra (MDB-ES), Evandro Roman
(PSB-PR), Jaime Martins (PROS-MG) e, representado a nossa Bahia, José Rocha
(PR-BA).
Em novembro, a discussão sobre a legalização dos
jogos fez com que os deputados Paulo Azi (DEM-BA), Efraim Filho (DEM-PB) e José
Carlos Aleluia (DEM-BA) viajassem a Londres e Lisboa. Na Inglaterra,
participaram da World Trade Market (WTM), a mais importante feira do setor do
turismo no mundo. Já em Lisboa, estiveram reunidos com representantes do Grupo
Estoril Sol e emprestaram a expertise deles sobre regulamentação de jogos,
visitando cassinos na capital de Portugal. Em 2017, 184 deputados visitaram 80
cidades pelo mundo afora. Os gastos consumiram R$ 1,585 milhão dos cofres
públicos. Agora, é salutar imaginar a preocupação com a fé de alguns deles. Foi
o caso do Fernando Coutinho (Pros-PE), Ele assistiu ao show dos padres Marcelo
Rossi e Fábio de Melo no Circo Massimo, a fantástica ruína romana onde eram
realizadas no passado corridas de bigas. Enquanto ele vivia sua fé e gastava
nosso dinheiro, o Congresso Nacional discutia a Reforma da Previdência.