A área de desertificação está cada vez maior no Nordeste (foto: Revista Época) |
A revista Época mostra esta
semana uma reportagem sobre a crescente desertificação no semiárido nordestino.
O trabalho é da jornalista Ana Lúcia Azevedo e vem publicada na página de
cultura, porque se trata do estudo de um ensaio. No texto há a revelação de “uma
das curvas que o São Francisco desenha ao atravessar os sertões onde Bahia e
Pernambuco se encontram, cresce um deserto. A cada sopro do vento, que quase
nunca cessa, suas dunas despejam areia e sufocam lentamente o rio. Ele se chama
Surubabel e fica em Rodelas, Bahia. Chama a atenção porque se debruça sobre o
São Francisco, a principal fonte de água do Semiárido. Mas não é um ponto
isolado. Integra um mapa em expansão, o das terras que viraram desertos no
Semiárido do Brasil. Um estudo inédito revela que elas somam 126.336
quilômetros quadrados — quase três vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro
ou a metade do de São Paulo. São desertos criados pelo homem. Terras estéreis,
sem salvação.”
Também revela que “o mapa mostra
o que já é deserto. Não se trata de área em risco, mas de fato consumado.
Desertos são terras mortas. Não ressuscitam, mas se expandem nutridos pela
destruição que os gerou. “À medida que avançam, ameaçam a segurança hídrica,
alimentar e energética do Semiárido mais povoado do mundo, onde vivem 28,6
milhões de pessoas (14,5% da população brasileira)”, alertou o principal autor
do mapeamento, Humberto Barbosa, coordenador do Laboratório de Análise e
Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal de
Alagoas, e integrante do grupo de especialistas em desertificação do Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) da ONU.”
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