FERNANDA ODILLA – da FOLHA DE SÃO
PAULO
Com queda de quase 20 pontos,
pesquisa indica Dilma com 33,4% das intenções de voto.
Marina Silva, da #REDE, disputaria o 2º turno com Dilma (PT). |
Nova pesquisa de intenção de voto
para a Presidência da República, divulgada nesta terça-feira pela CNT
(Confederação Nacional do Transporte), aponta que a presidente Dilma Rousseff
tem 33,4% das intenções de votos dos brasileiros. A queda é de 19,4 pontos
percentuais na comparação com os números registrados na pesquisa anterior,
divulgada antes dos protestos que se espalharam pelo país. Os números mostram
que Dilma vem perdendo apoio dos eleitores e, se as eleições fossem realizadas
hoje, o segundo turno seria inevitável. Em 11 de junho, a própria CNT mostrava
que Dilma tinha 52,8% da preferência dos eleitores. Em julho de 2012, as
chances da presidente se reeleger eram ainda maiores: Dilma tinha 59% das
intenções de voto. Comparando-se com os números do mês passado, Aécio Neves
(PSDB), principal candidato da oposição, em segundo lugar, oscilou de 17% para
15,2% das intenções de voto, Marina Silva (Rede) surgia com 12,5% em junho e
agora com 20,7%. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), havia sido
citado por 3,7% dos entrevistados e agora tem 7,4% das intenções de votos. As
intenções de votos em Dilma despencaram e avançaram no caso de Marina e Eduardo
Campos. A variação de Aécio permaneceu na margem de erro, que é de 2,2 pontos
para mais ou para menos. A pesquisa foi encomendada pela CNT e realizada pelo
instituto MDA Pesquisa. Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 134 municípios de
20 estados, das cinco regiões, entre os dias 7 e 10 de julho de 2013. Esses
números são da pesquisa estimulada. Na espontânea, Dilma aparece com 14,8%,
Lula com 10,5%, Marina com 5,9%, Aécio com 4,9%, Eduardo Campos com 1,4%, José
Serra com 1,2% e o presidente do STF, Joaquim Barbosa, com apenas 0,7%. A
pesquisa indicou ainda que Marina Silva capitalizou parte da intenção dos votos
que Dilma perdeu. Também aumentou a rejeição dos políticos votos, medida pelo
aumento de votos nulos e brancos, que saltaram de 8,4% para 17,9% em 30 dias. O
Datafolha já havia indicado, no final de junho, que Dilma teria 30% das intenções
de votos para a disputa presidencial de 2014, em um cenário de disputa que
inclui Marina Silva (Rede), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Nesta
simulação, a petista tinha 51% das intenções de voto na pesquisa anterior,
realizada nos dias 6 e 7 deste mês. Ou seja, a presidente perdeu 21 pontos em
três semanas.
POPULARIDADE DO GOVERNO DILMA
DESPENCA
Um dia depois de rezar com
evangélicos pelo "momento crítico" do Brasil, pesquisa aponta que a
presidente Dilma Rousseff teve uma queda de 22,9 pontos na popularidade de seu
próprio governo. É o que mostra a pesquisa divulgada nesta terça-feira (16)
pela CNT (Confederação Nacional do Transporte). A avaliação do governo Dilma é
positiva para 31,3% dos entrevistados, que classificaram a gestão como
"ótima" ou "boa". Em junho, a soma de "ótimo" e
"bom" era de 54,2%. A avaliação negativa subiu de 9% para 29,5%, se
comparado os números do mês passado. A pesquisa mostra ainda que a queda na
avaliação pessoal da presidente Dilma foi ainda maior. Em junho, 73,7%
consideravam o desempenho pessoal de Dilma ótimo ou bom, agora o índice é de
49,3% de aprovação. Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 134 municípios de 20
estados, das cinco regiões, entre os dias 7 e 10 de julho de 2013. A margem de
erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
EFEITO DAS MANIFESTAÇÕES
A pesquisa apresentou também a
opinião da população a respeito das manifestações de rua que tomaram conta das
principais cidades do Brasil, em especial no mês de junho. Cerca de 30,7%
classificaram como negativa a atuação da presidente diante dos protestos e
24,6% avaliaram como positiva. Em relação a resposta do Congresso, 10,3%
acharam positiva e 46,7% negativa. Dos entrevistados, 84,3% aprovam os
protestos e 13,9% desaprovam. A maioria (58%), contudo, declarou não ter
participado das manifestações e, tampouco, intenção de ir às ruas protestar. Também
identificou, na opinião do povo, o alvo dos protestos, as principais
reivindicações, os motivos do movimento, entre outros assuntos. A corrupção foi
citada pela maioria dos entrevistados como a reivindicação mais importante e
também como o motivo dos protestos.