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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Poucas & Boas 2018.4

Louro bem cotado
Professor Lourinaldo
O professor Lourinaldo Lisboa tem causado um rebuliço silencioso entre os políticos de Poço Verde. Seja qual for a decisão de qual candidatura abraçar, seu nome é aprovado por uma maioria esmagadora. É claro que o que mais interessa à Rede Sustentabilidade é sua candidatura a deputado federal. O partido, além de renovar o congresso, quer novos nomes na política nacional. São poucas as chances de implantar uma nova política com os velhos políticos.
Suportar a cólica do próximo
É duro assistir a uma sessão da Câmara de Vereadores de Heliópolis. As transmissões feitas ao vivo pelo jornalista Jorge Souza são bem-vindas. Já chegou a ter 312 pessoas assistindo ao mesmo tempo, o que é salutar já que o povo não está comparecendo ao local. Mas passaram quase uma hora para debater uma idiota de uma Moção, propositura criada para homenagear alguém ou lamentar perda ou ausência. O puxa-saquismo ainda é uma arma usada neste caso. Vereador apresentar Moção para deputado é típico programa da época do Malvadeza. Pior é ficarem discutindo algo indiscutível. Deputado é representante do povo e só receberá voto se trabalhar pelo povo, como bem disse a vereadora Ana Dalva. Moção para deputado é, no mínimo, inoportuna. Aí entram numa discussão sem fim e resta a quem assiste apenas suportar a cólica do próximo.
Moção rejeitada
O efeito da Moção apresentada pelos vereadores da oposição, na sessão desta segunda-feira, foi conseguido. Durante uma hora o nome do deputado federal Daniel Almeida rolou solto. O puxa-saquismo da oposição foi beneficiado pela inexperiência dos governistas. Moção a favor de deputados ou se aprova logo ou se rejeita logo ou se arquiva. Apesar de ter sido negada, os efeitos da propaganda funcionaram bem. A oposição perdeu ganhando.
Roda Viva com Marina
Tive que parar a composição deste texto para ouvir Marina Silva no programa Roda Viva, da TV Cultura. Cada vez que ouço a pré-candidata da Rede Sustentabilidade percebo que o país um dia vai ouvi-la. E pensar que era analfabeta até os 16 anos. Tenho a impressão que Marina consegue unir várias qualidades ao mesmo tempo: inteligência, audácia, coerência e paciência. Ela sabe que um dia será ouvida e espero que muitos se arrependam de não a terem escutado antes.
Censura petista
O PT tem algum problema com a mídia livre, especialmente com a televisão. O BR 18 publicou que há uma proposta de 2013 do deputado Vicente Cândido (PT-SP) que voltou a ganhar força dentro do PT. O partido está empenhado em colocar na pauta da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara um projeto que proíbe a TV Justiça de transmitir as sessões do STF e demais tribunais superiores. A Coluna do Estadão informa que o objetivo, segundo o deputado, é tirar a suposta pressão dos ministros e deixá-los menos expostos. O PT quer tudo debaixo do pano, quando se tratar de mostrar suas derrapagens inconfessáveis.
Delação de Duque
Depois de o STF retirar trechos da delação da Odebrecht sobre Lula das mãos do juiz Sérgio Moro, o ex-diretor de serviços da Petrobrás, Renato Duque, e o ex-ministro da Casa Civil, o italiano Palocci, devem os próximos delatores da Lava Jato. No caso de Duque, a delação envolve até questões internacionais. Reportagem do jornal O Globo revela que ele já se tornou colaborador da força tarefa em um acordo internacional e está em negociação avançada para delatar em casos referentes à operação. Duque é considerado o principal operador do PT no esquema de propinas da Petrobrás.
Tem um BLT no caminho
E por falar em corrupção, um contrato de R$ 300 milhões assinado às vésperas da votação da primeira denúncia contra Michel Temer está na mira de auditores do TCU. O jornal O Globo obteve acesso a auditoria realizada em liberação de recursos pelo então ministro das Cidades, Bruno Araújo, para a conclusão das obras do BLT de Salvador, em julho do ano passado. Os auditores apontam “alta probabilidade da existência de grave infração à norma de finanças públicas voltada para a responsabilidade na gestão fiscal”. Seria um dos motivos que contribuiu para Neto desistir de sua candidatura ao Governo do Estado?