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Vulcabras/Azaleia fecha fábricas na Bahia e mais de 3 mil são demitidos


Juscelino Souza, da sucursal de Vitória da Conquista , com foto de Nilton Gonzaga/Ag. A Tarde
O fechamento das filiais da Vulcabras/Azaléia em Potiraguá, Itarantim, Maiquinique, Ibicuí, Iguaí e Itati, nesta sexta-feira, 16, elevaram para 3,3 mil o número de demitidos na região da sede da matriz em Itapetinga, a 560 km de Salvador, em menos de dois meses. Um grupo de 1,5 mil operários já havia sido desligado, entre novembro e dezembro, em outras unidades fabris e na sede da matriz da maior fabricante de artigos esportivos da América Latina e maior empregadora do setor no continente, com 40 mil empregados. Até então a matriz baiana mantinha, 18 mil colaboradores, distribuídos na sede e em 18 unidades, incluindo as que foram fechadas.
Justificativa  - De acordo com a diretoria da empresa, por meio de “fato relevante” divulgado aos investidores, as demais filiais baianas, num total de 12, serão mantidas e que os operários oriundos das que foram fechadas serão convidados a se transferir para a matriz ou outras unidades. Ainda conforme a empresa, “a decisão foi tomada com base em um estudo para reduzir gastos para que a companhia recupere as condições para fazer frente à concorrência no mercado interno, especialmente com os produtos importados”. A direção da empresa disse que ofereceu aos colaboradores a possibilidade de transferência para as demais unidades fabris da companhia que continuarão em atividade, nos municípios de Itapetinga, Itambé, Macarani, Firmino Alves, Itaiá, Itororó e Caatiba e nos distritos de Bandeira do Colônia e Rio do Meio. Em nota, assinada pelo presidente da Vulcabras/Azaleia, Milton o grupo sustenta que irá disponibilizar transporte diariamente para estas localidades. “Aos que não optarem pela transferência, concederemos uma gratificação financeira de dois salários mínimos, além do pagamento de todas as verbas rescisórias”, prosseguiu. “Investimos, nos últimos quatro anos, R$ 207 milhões nas fábricas da Bahia, sendo grande parte em segurança do trabalho, o que resultou recentemente na marca de acidente zero no complexo de Itapetinga. Vale ressaltar que esta decisão não tem relação com a abertura da unidade fabril na Índia, que ainda está sendo viabilizada”, disse. Ainda em nota, o presidente fala que compreende a importância da empresa enquanto atividade econômica para estas comunidades, mas ressalta que “esta difícil decisão se faz necessária para a manutenção das condições de operação”. Ele atribui a “razões de ordem econômica” a decisão da empresa. Dentre as razões, explica, estão o baixo volume de produção, elevados custos logísticos e concorrência de calçados importados. “As seis filiais têm baixo volume de produção, o que não permite ganhos de escala para melhorar a competitividade. Nessas seis unidades eram produzidos cabedais de calçados esportivos e feito sua montagem final, utilizando componentes da matriz de Itapetinga”, frisou. A assessoria da empresa assegurou que a produção total do Estado da Bahia não será reduzida e que o complexo de Itapetinga continuará sendo a principal unidade da Vulcabras/azaleia.
Informações de A TARDE.