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Carinhanha - Cidades do Velho Chico 22

Poucas & Boas nº 104: O Titanic vai afundar!!!

Jaqueline enterrada

O corpo de Jaqueline Oliveira Queirão, morta a facadas pelo marido no último domingo, dia 7 de maio, foi enterrado finalmente. Somente ontem o IML liberou para o sepultamento. No povoado Capela, ou Pindorama, o lamento da filha pequena pedindo para a mãe acordar comoveu os que lá estavam para dar o último adeus. O primeiro marido de Jaqueline esteve no local com os três filhos do casal. Informações dizem que o casamento entre ambos ainda não havia sido desfeito oficialmente. Há quem afirme que ouviu dizer que Vinícius, o assassino, deve se apresentar hoje à justiça com um advogado. Espera-se que este não seja mais um daqueles crimes que vai para uma gaveta e fica lá por anos esperando uma conclusão.

Morto, mas vivo!

Preso nesta semana por envolvimento em possível fraude no cartão de vacinação de Jair Bolsonaro (PL), o advogado e major reformado Ailton Barros – preso na Operação Venire por participar do esquema de fraude de vacinas, transmitiu uma pensão militar para sua esposa mesmo depois de ser expulso do Exército. É o que mostram dados do Portal da Transparência consultados pelo UOL. A esposa, Marinalva Barros, recebe de pensão R$ 22,8 mil brutos por mês, ou R$ 14,9 mil líquidos, desde outubro de 2008. Ailton é registrado como "morto" nos sistemas de informática do governo, mas apenas por questões burocráticas. É um "morto ficto", segundo o Exército. Ou seja, foi expulso do Exército e, como castigo, recebe uma morte fictícia para que sua mulher possa receber a pensão. Enquanto isso ele vira advogado, com carteirinha da OAB e tudo mais. É preciso amar este país como se não houvesse corrupção.

Viva! Juízes condenados!

Ah! Como é bom saber que a Lei é para todos no Brasil. O Política Livre do jornalista Raul Monteiro deu uma notícia importante: por determinação da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), nesta terça-feira (9), condenou cinco desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT-BA) na Operação Injusta Causa, da Polícia Federal (PF), deflagrada em 2019, por venda de sentenças. A ex-presidente do TRT, Maria Adna Aguiar, Noberto Frerichs, e Washington Gutemberg receberam como pena a aposentadoria compulsória. Já os desembargadores Maria das Graças Oliva Boness e Esequias Pereira de Oliveira tiveram como condenação a censura.

Desiguais em tudo!

Quem imaginaria um soldado, depois de prender o ladrão, liberá-lo em troca de propina e depois ser aposentado compulsoriamente como condenação pelo crime cometido! Que tal um professor aprovar alunos em troca de dinheiro fácil e, uma vez descoberto, ser aposentado! Que maravilha! Este país é de quem tem nas mãos o poder, pois assim é que tudo pode. Quer ficar longe da cadeia? Vá para a magistratura, seja um juiz, desembargador ou conselheiro de tribunais. Não precisa nem mesmo ser um expert para saber que não condiz com o sagrado dizer da Constituição, quando todos deveriam ser iguais perante a Lei! E isso só continuará enquanto continuarmos a eleger os mesmos, outros com as mesmas ideias ou os filhos dos mesmos ou dos outros, que continuam por aí a consolidar as mesmas ideias. A última coisa que querem é mudar este país. E ele só muda se você mudar!

Internet regulamentada!

Sinceramente, este assunto não me tira o sono. Eu sei que a regulamentação é necessária para o funcionamento das regras contidas no Marco Civil, pois alguns artigos da Lei fazem remissão explicita ao regulamento, como as exceções à neutralidade de rede ou procedimentos de segurança que as empresas devem adotar com os dados dos usuários. Esses temas, portanto, deverão ser regulamentados. Ocorre que, como a nossa Constituição, a regulamentação pode ser dirigida apenas para os mortais comuns. Enquanto tivermos a ideia da existência de duas sociedades, uma que pode tudo e a outra que só pode obedecer, qualquer regulamentação que se faça só funcionará para os comuns. E são estes que pagarão toda a conta e os pecados. Na Internet hoje, quase tudo se pode fazer para o bem ou para o mal. Amanhã, uma vez regulamentada, será o retrato de um país injusto com os comuns e servil com os poderosos de plantão.