Heliópolis: Comerciante é assassinado próximo ao povoado Jiboia
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José Gildomário, o Gildinho, tinha pontos comerciais em Heliópolis e povoado Rio Real. Completou 46 anos e foi assassinado próximo ao povoado Jiboia. (Foto: Facebook da vítima) |
O feriado de Corpus Christi foi marcado por mais uma notícia de assassinato em Heliópolis. Desta vez a vítima foi José Gildomário Souza Santos, conhecido popularmente pelo apelido de Gildinho. Ele foi assassinado misteriosamente quando se deslocava do povoado Rio Real, município de Poço Verde - Sergipe, para o município de Heliópolis - Bahia, onde reside. Há grandes probabilidades de ter sido um latrocínio, embora os bandidos tenham levado apenas seu celular. Até mesmo sua motocicleta Bros foi largada a cerca de 500 metros do local onde estava seu corpo. O crime aconteceu provavelmente na noite de quarta-feira (15) e o corpo foi encontrado jogado na estrada, num baixio localizado após o campo de futebol do povoado Jiboia, município de Heliópolis, próximo à propriedade do sr. Raimundo, na estrada vicinal que liga a BA 084 ao povoado Rio Real. Gildinho foi morto com um tiro na cabeça e estava com todos os seus documentos.
José Gildomário Souza Santos
era natural de Poço Verde-SE, da região do povoado Rio Real. Tinha uma mercearia
no povoado e abriu, em Heliópolis, na avenida que segue para o povoado
Raspador, uma loja de peças de motocicletas há cerca de dois meses. O negócio
estava dando resultados e o trajeto entre Heliópolis e Rio Real era feito
sempre, sem nenhum problema. Quem o conhecia sabia se tratar de uma pessoa
esforçada, religiosa, voltada para a família e torcedor do Vasco da Gama.
Chegou a trabalhar muito tempo no sul do país como operador de escavadeira hidráulica. Sua esposa, Nina Gonçalves, nasceu em Patos, na Paraíba. O
relacionamento gerou dois filhos, um deles autista. Inclusive, o filho autista
havia conseguido um prêmio na escola e esperava o pai para mostrar sua glória,
quando a notícia do assassinato chegou primeiro.
O corpo de José Gildomário ficou
na estrada até às 11 horas da manhã desta quinta-feira aguardando o IML –
Instituto Médico Legal. Antes de o carro do IML ir para Euclides da Cunha, os
técnicos foram ao povoado Rio Real e só saíram de lá por volta das 14 horas.
Por isso que o sepultamento ainda não foi marcado, mas será provavelmente
amanhã no final da tarde em local ainda a ser decidido pela família. Gildinho
completou, no último dia 16 de abril, 46 anos. Ele nasceu em 1976. A Polícia
Civil da Bahia está investigando os fatos e deve dar algum retorno nesta
sexta-feira (17). Fato é que voltaremos a conviver, mais uma vez, com os
sobressaltos de notícias de vítimas da violência. A pacata região ordeira, e
sinônimo de sossego e paz, parece ser coisa do passado.