O ex-juiz Sérgio Moro, pré-candidato do Podemos, tem vários motivos para se preocupar com um possível atentado. (Foto: Gazeta do Povo)
Na entrevista dada ao programa de Pedro Bial, na Rede Globo, Joaquim Barbosa disse que Sérgio Moro corre sérios riscos de perder a vida. Afirmou o ex-ministro: “Eu disse isso ao Moro que ele corre risco de vida. O Brasil de hoje é muito mais violento que o de quatro, oito anos atrás”. Esta fala do ex-ministro do STF é parecida com outra de Lula, que disse que “Moro corre risco com milícias”, segundo nota da coluna Radar, da revista Veja.
Para um juiz que prendeu a cúpula política e empresarial que assaltava os cofres da nação, a advertência parece pertinente. Como hoje ele é odiado por Lulistas e Bolsonaristas, o assassinato do ex-juiz deflagaria uma série de possiblidades de autoria de ambos os lados. Quando há muitos acusados poderosos, há risco de ninguém ser criminalizado. Por isso, a direção do Podemos, partido de Moro, tem tido todo o cuidado no deslocamento do ex-juiz. A principal estrutura em torno do presidenciável do Podemos nesta corrida presidencial é mesmo a de segurança. Moro tem diferentes motivos para temer um atentado, diz um importante conselheiro do ex-juiz da Lava Jato.
O ex-juiz Sérgio Moro não é visado apenas por radicais bolsopetistas, mas por criminosos ligados a grupos organizados que foram presos por ele no passado, quando colocou na cadeia altos nomes do tráfico de drogas. Combater drogas e corrupção é missão de alto risco, principalmente num país onde a paixão política é o ingrediente que faz as pessoas ficarem cegas diante da realidade, mesmo sendo roubadas todos os dias pelos seus políticos preferidos.
