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Transporte escolar em Heliópolis sem data para iniciar

Parece que um mínimo de normalidade no transporte escolar está distante (foto: Senado)

Depois de prometer que dia 9 de agosto o transporte escolar voltaria a atender os estudantes no seu retorno ao sistema híbrido de ensino, a secretaria municipal de educação de Heliópolis dá sinais de que não cumprirá o prometido. O comunicado foi meio que antecipado ao diretor do Colégio Estadual José Dantas de Souza, professor Gilberto Jacó, numa reunião convocada para esta terça-feira, com a presença do prefeito municipal, o que não ocorreu. Uma outra reunião foi agendada para esta quarta-feira, mas o diretor do CEJDS já pediu ao secretário Antônio Marcos para oficializar as justificativas, para que se possa comunicar à Secretaria de Educação da Bahia.

Em conversas de bastidores, há indícios de que vai demorar bastante para que algum ônibus escolar volte a circular pelas estradas do município. Falam que quase todos os ônibus amarelos estão sem condições de uso por falta de peças de reposição. Apenas o novo que recebeu recentemente de condição de uso. Outro problema é que o motivo para a não realização do pregão com antecedência é a falta de ônibus adequados no município que atendam aos reclames políticos e administrativo do grupo no poder. Enquanto isso, há milhares de estudantes participando de forma deficiente, ou sem mesmo participar, das aulas do sistema remoto. O nível educacional no município nunca alcançou níveis tão baixos, que certamente refletirão nas próximas provas avaliativas.

Curioso é que a alternância de poder foi forjada para que se injetasse mais oxigênio na administração pública. A grosso modo, uma nova administração vem com novas ideias para melhorar o ambiente e renovar a esperança. Em Heliópolis, a coisa continua com os mesmos defeitos, ou pior. Quem paga a conta são os meninos e meninas que, há mais de um ano, não são alfabetizados, ou aqueles que, mesmo com todas as condições em casa, não conseguem se desenvolver, no processo de aprendizagem, no modo remoto tanto quanto no presencial. O maior problema mesmo é daquele aluno que não tem outro modo para aprender a não ser indo para a escola. Parece que a administração do prefeito José Mendonça Dantas patina no comodismo e na falta de planejamento, pelo menos no setor educacional.