Landisvalth Lima
Nada de novo no front político em Poço Verde |
Quem imaginava uma mudança
substancial na política de Poço Verde vai ter que esperar nascer chifre em
cabeça de galinha. Tudo está como dantes no quartel de Abrantes. É que política
neste interiorzão de meu Deus é na base da cabrestada. De um lado, o prefeito
Iggor Oliveira está agindo como o seu pai rejuvenescido fisicamente. A cabeça
continua igual, administrando para os seus, sem ver Poço Verde no horizonte.
Até a estrutura administrativa e a forma de agir politicamente não mudaram
nadica de nada. Nem mesmo na oposição é possível deslumbrar algo de novo.
Dois fatos para ilustrar o que
aqui afirmamos. Todos sabem que Alexandre Dias, do PSDC, foi eleito pela
coligação que apoiou Iggor. Além disso, foi o mais votado. Por falta de juízo
do prefeito eleito, ou por sei lá que bagulho, não quis apoiá-lo para chegar à
presidência da Câmara de Vereadores. A oposição, ferida por deixar o poder, entregou
o cetro legislativo a Alexandre. Até aí, tudo normal. Para se defender de
futuras complicações, Alexandre Dias fez uma eleição antecipada dos dois
últimos anos desta legislatura e, claro, ele novamente será o presidente até
2020. Consolidou-se como uma evidente pedra no sapato de Iggor e outra no seu
tênis. O jogo é questionável, legal e distante de qualquer ética. Alexandre não
foi o primeiro a fazer isso e acho que não será o último.
Mas o contra-ataque viria, como
uma retribuição generosa de Iggor Oliveira. Rivan Francisco e João Ramalho
foram sacados das suas respectivas secretarias e foram alçados para a Câmara,
já que são suplentes. Por sua vez, o vereador Dii de Nilo foi para a pasta de
Obras e Urbanismo e o vereador Gileno Alves vai para a pomposa secretaria de
Desenvolvimento Rural Sustentável, Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Ufa!
Pesada! A mensagem foi clara: Rivan e Ramalho botam para lá no parlatório e os
vereadores se saem melhor na burocracia. Com minoria na Câmara, e com a
presidência com a oposição, Iggor quer equilibrar o jogo, pelo menos de forma
verbal. Ah! O futuro de Poço Verde? Isto é para depois, caso haja oportunidade.