Landisvalth Lima
Os estudantes de Heliópolis precisam de sua república |
Eu não queria tocar no assunto.
Não mais gostaria de tratar de assuntos que envolvam a política na cidade de
Heliópolis. Não vejo nenhum fruto. É mais perda de tempo. Há uma geração de
políticos que vieram para continuar os mesmos erros dos de outrora. Mesmo que
apareça um querendo fazer algo novo, diferente, tem dez no caminho atrapalhando
e não querendo mudança nenhuma. Como os bons não têm força ou coragem para
mandar a raça ruim para o inferno do ostracismo político, prefiro poupar-me de
aborrecimentos. Entretanto, a causa é mais que justa e urgente.
De início, quero logo tirar o
prefeito Ildinho como o culpado da história. Acho até que ele não está sabendo
de nada. Há pessoas ao seu lado que funcionam como uma espécie de escudo e as
coisas não chegam até a fonte. Como sei que o responsável pela resolução do
problema é falastrão e só resolve as coisas sob pressão, vou abrir espaço aqui
extraordinário, torcendo para que alguém passe o problema ao prefeito. Se
depois disso nada acontecer, Ildinho não poderá dar uma de Lula.
A questão é sobre a Casa do
Estudante de Heliópolis em Aracaju, parte integrante do programa de governo do
prefeito reeleito. O primeiro semestre do ano letivo de 2017 começa agora no
próximo dia 6 de junho. O apartamento, que foi alugado de forma terceirizada,
desde o ano passado já não mais abriga os sem-república. São cerca de oito
estudantes fazendo faculdade, muitos deles na Universidade Federal de Sergipe,
sem ter onde morar e sem condições de bancar a moradia na capital sergipana. Ou
seja, têm a inteligência, mas não têm as condições matérias mínimas para
continuar os estudos. Pior é saber que tudo isso depende de apenas, no máximo,
800 reais, menos que um mísero salário mínimo.
Como não sou adepto da defesa intransigente de
um ou de outro lado político, espero que resolvam a questão. E outra, não me
venham com esta de pensar em troca. Há uma mania em Heliópolis de só se fazer
algo com retorno político. Não se pode fazer nada para educação pensando em
voto de estudante. Se estudante fosse grato a professor, há muitos
profissionais da educação que já seriam presidente da república. Trata-se de um
investimento obrigatório na melhoria da qualidade da população. Um dia desses, assisti
a um médico salvar a vida de duas pessoas num pronto-socorro em Aracaju. O
cirurgião tinha sido meu aluno no antigo Colégio Brasília. Valeu a pena ter
sido seu professor. Não perdi meu tempo. Será que foi perda de tempo ter
defendido tanto o nome de Ildinho?