Começa a reforma política na
Câmara dos Deputados em Brasília nesta terça-feira. O presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criticou o parecer elaborado pelo deputado Marcelo
Castro (PMDB-PI). O documento traz algumas mudanças ao atual sistema político,
entre elas o fim da reeleição e a criação do chamado "distritão".
Para se entender, acaba o voto proporcional e serão eleitos os mais votados. Em
Heliópolis, por exemplo, na última eleição municipal, Zé do Sertão entraria no
lugar de José Clóvis, se essa regra fosse aplicada. Depois de mais de três
meses de discussão ainda há falta de consenso. Parece que a única coisa que tem
maioria definida é o fim da reeleição. Falam em eleição de 2016 para só 2 anos
de mandato, eleições gerais em 2018, com mandato de senador de 10 anos e os
demais em cinco anos.
Muitos políticos estão temerosos
com o “distritão”. Acham que determinará o fim dos partidos, porque não haverá
representatividade num sistema em que a proporcionalidade dos votos dados a
cada legenda não signifique nada. Quanto à extensão do mandato dos senadores de
oito para dez anos, chegou-se a falar em até redução para cinco. Outros apoiam
dez anos, mas sem reeleição. Já há uma maioria que deseja o fim da suplência
sem voto. O suplente seria o 2º mais votado. Também há pessoas ainda falando em
prorrogação dos atuais mandatos até 2018, para prefeitos e vereadores atuais.
Outro assunto polêmico será o financiamento de campanha. Querem transformá-lo
no responsável pela corrupção no país.
Dinheiro para Salvador
O Ministério da Integração
Nacional liberação R$ 1,7 milhão para obras e serviços em Salvador para reparar
danos das chuvas, que ainda não cessaram. Tem gente que acha mesmo que é muito
dinheiro. Só para material gráfico do candidato Rui Costa, do PT, foi liberado,
de uma só vez na campanha, 20 vezes mais que este valor em propina de uma
empreiteira. Os recursos liberados são para execução em 180 dias, mesmo com a
emergência de uma capital problemática, com 20 mortes e mais de 500 pedidos de
socorro da população. Essa verba daria para, no máximo, uma semana. É o
reconhecimento do governo Dilma a uma capital que lhe deu uma vitória
espetacular.
Jogo sujo
A propaganda disseminada nas
redes sociais, promovida pelo Governo de Sergipe, informando que há professores
que recebem 10 mil reais, é o típico jogo sujo. E isto esquentou a briga entre
o Sintese e a Secretaria de Educação de Sergipe. Corajoso, Joel Almeida, da
comunicação do Sindicato, abriu seu contracheque. Ele tem dois vínculos como
professor e recebeu 1/3 de férias, e ainda antecipação de parcela do 13º, num
único mês nos dois vínculos. Usaram tudo isso como se fosse o salário mensal de
um professor. Descoberta a farsa, agora os prepostos da Seed vivem a dizer que
não são os articuladores do jogo sujo. O saci-pererê acredita.
Vereador vingativo
O presidente da Câmara Municipal
de Heliópolis, vereador Giomar Evangelista, tem dedicado os seus dias úteis a
procurar defeitos, rombos, maracutaias, desvios e outros senões em quaisquer
coisas administradas pela vereadora Ana Dalva. Virou uma obsessão do edil. Esta
semana ele descobriu que Ana Dalva dava adicional a alguns funcionários que
ultrapassavam suas horas regulamentares de trabalho. Quer “explicações” da
ex-presidente para tamanha “irregularidade”. Na verdade, Giomar procura
desesperadamente alguma coisa que o livre de um possível processo ou, no mínimo,
de uma retratação das besteiras que ele andou dizendo em Plenário contra a
atual secretária de saúde e ainda mandou registrar em Ata. Seria bom que o
vereador tivesse o mesmo empenho em descobrir as maracutaias que envolvem a
Operação 13 de maio, sem a preocupação de ser vingativo, colocando o seu mandato
a serviço, de fato, das pessoas.