Toinho de Dorinha foi condenado e vai recorrer |
Ex-gestores acusados de fraude
foram denunciados pelo MPF. Toinho de Dorinha, ex-prefeito de Poço Verde, e
Hélio Mecenas, ex de São Domingos, municípios sergipanos, prometem recorrer da
decisão.
Investigados pela Operação Fox,
da Polícia Federal, e denunciados pelo Ministério Público Federal, os
ex-prefeitos sergipanos Antonio da Fonseca Dórea [o Tonho de Dorinha] e Hélio
Mecenas, respectivamente de Poço Verde de São Domingos, foram condenados à prisão
em regime fechado por suposto envolvimento em esquema articulado para fraudar
licitações e desviar recursos públicos. A decisão é assinada pelo juiz federal
Ronivon Aragão, da 2ª Vara da Justiça Federal em Sergipe.
O ex-prefeito Tonho de Dorinha
foi condenado a 11 anos, oito meses e dez de reclusão, enquanto, o ex-prefeito
Hélio Mecenas, de São Domingos, foi condenado a oito anos e dois meses de
reclusão. O juiz também condenou à prisão os sobrinhos dos respectivos
ex-prefeitos, João Batista Andrade Dórea, que à época ocupava cargo de
secretário de finanças do município de Poço Verde, e José Robson Mecena, então
secretário de finanças do município de São Domingos.
João Batista Andrade Dórea, o
sobrinho de Tonho de Dorinha, foi condenado a oito anos e seis meses de
reclusão, enquanto Robson Mecena, sobrinho de Hélio, foi sentenciado a seis
anos de prisão. A decisão ainda cabe recurso.
O Portal Infonet conseguiu
conversar apenas com o ex-prefeito Tonho de Dorinha. O ex-prefeito garante que
vai provar inocência junto à corte federal e que seus advogados já foram
mobilizados para apresentar recurso junto ao TRF da 5ª Região. “Decisão
judicial a gente contesta na justiça”, observa o ex-prefeito. Ele informou que
está há cerca de uma semana sobrevivendo à base de medicação e que a tese de
inocência também prevalece para o sobrinho, que prefere não ter contato com jornalistas
por ser hipertenso.
O ex-prefeito Tonho de Dorinha
informou que ainda não foi citado pela Justiça Federal a respeito da
condenação.
Suposto esquema
As provas, conforme as
informações contidas no processo judicial, foram colhidas por meio de escutas
telefônicas legalmente autorizadas pelo Poder Judiciário. As investigações
chegaram a um suposto esquema articulado nos Estados de Sergipe, Bahia e
Alagoas, entre os anos de 2004 a 2006, com o objetivo de fraudar licitações
públicas, envolvendo corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e
malversação de verbas federais que deveriam ser destinadas às áreas da saúde e
educação, com participação de servidores públicos e empresários.
Informações de Cassia Santana, do
portal INFONET.