Agora está provado que nossa elite política baiana,
do DEM ao PT, não gosta de investimento em saúde. Vez em quando a gente ouve
expressões do tipo “tocador de obras” ou “vamos investir na infraestrutura”. Difícil
é ouvir dizer que vão investir em saúde e educação. O problema é que investir
no bem-estar do povo está sendo confundido com construção de obras faraônicas
ou, no mínimo, desnecessárias ou não prioritárias. Na saúde, por exemplo, em Levantamento
feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) apontou a capital baiana,
administrada pelo DEM, com o quarto menor investimento em saúde das capitais
brasileiras. O volume é o pior entre as capitais nordestinas. De acordo com o
CFM, os gastos se referem a 2013. Enquanto a média das capitais é de R$ 542,82
gastos por pessoa anualmente, Salvador registra R$ 307,92. Em relação ao
estado, administrado pelo PT há oito anos, o relatório aponta a Bahia na 17ª
posição com média de R$ 305,45 anuais investidos por pessoa, o que fica também
abaixo da média entre as 27 unidades federativas da União, que regista R$
423,72. A capital baiana tem sistema de gestão plena de saúde, ou seja, os
recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) são repassados diretamente para o
Município. No topo da lista, Belo Horizonte, em Minas Gerais, é a capital que
mais investe em saúde, com R$ 933,86, seguida de Campo Grande, no Mato Grosso
do Sul, com R$ 919,30, e Teresina, no Piauí, com R$ 874,82. Na capital baiana,
o volume de recursos na saúde em 2013 foi de R$ 887.946.910, o que configurou
gasto mensal por pessoa de R$ 25,66. Por dia, a prefeitura investiu R$ 0,86 per
capita na saúde local. Abaixo de Salvador, aparecem apenas Belém do Pará, com
média de R$ 284,77 por pessoa anualmente, Boa Vista, em Roraima, emprega R$
271,19; e Rio Branco, no Acre, destina R$ 240,53. Os dados foram baseados em
relatórios resumidos de execução orçamentária de 2013 enviados pelos estados ao
Tesouro Nacional.
Informações do Bahia Notícias.
Informações do Bahia Notícias.