Biaggio Talento – de A TARDE
Presidente do Instituto Brasil
disse que Rita Tourinho pode ouvi-la na Espanha
Dalva Sele Paiva (foto: Lúcio Paiva/A Tarde) |
A mulher-bomba Dalva Sele Paiva,
presidente da ONG Instituto Brasil, voltou a atacar, em entrevista, ontem, à
revista Veja (que disponibilizou o áudio da fala no seu portal), reafirmando
todas as denúncias que fez dando conta que contribuiu para as campanhas de
vários candidatos petistas e do PCdoB ao longo dos últimos anos.
A novidade é que, desta vez, a
empresária deu detalhes de sua suposta estreita relação com os nomes que acusa
de participação em um esquema que teria desviado R$ 50 milhões de programas do
governo, para rebater os ataques que vem sofrendo dos petistas. "Agora eu
virei o satanás! Interessante, quando as pessoas se veem em apuros querem dizer
que não me conhecem? Conhecem sim, todos me conhecem, contribuí na campanha de
vários", disparou Dalva.
Em seguida, passou a descrever as
relações que tinha com petistas e comunistas. Seu principal alvo foi o deputado
Nelson Pelegrino (PT). "Nelson Pelegrino mesmo é uma pessoa que,
inclusive, já foi em minha casa, ia no instituto sempre. Inclusive tem uma
creche na Avenida Peixe de uma liderança dele que eu construí, que ele me pediu
para construir, com recursos do instituto. Ele não pode negar que a gente contribuiu,
sim, com a campanha dele, ele sabe que é verdade. Quantas vezes ele foi ao
instituto, quantas vezes me pediu para fazer reunião no final da tarde no
instituto. Todos os meus funcionários, inclusive, provam isso", disse,
contando que, se fosse o "monstro" em que querem transformá-la
"a irmã de Pelegrino não teria trabalhado no instituto". Declarou
ainda que um primo de Pelegrino, chamado George, também trabalhou na ONG.
O candidato do PT ao governo do
Estado, Rui Costa, é outro citado por Dalva Sele. "Ia lá no instituto,
recebeu dinheiro sim, uma ex-mulher dele, acho que é Célia, foi lá inclusive
pegar recursos para a campanha dele. Agora é muito simples dizerem agora que
não me conhecem", ironizou, reafirmando que "toda a Bahia sabe"
que ela era uma "militante ativa", participava das atividades do
partido e contribuía "com todas as campanhas".
Ela também disse que o
ex-secretário da Saúde do Estado, Jorge Solla "prestou serviço" para
a ONG, assim como o filho da deputada Maria Del Carmen (PT), André Fidalgo,
além do militante Sérgio Miranda, "o ex-presidente do PT Falcon" que
teria trabalhado na "Fábrica da Cidadania", e a "atual mulher de
Ney Campello (titular da Secopa, do PCdoB), Ednalva".
Dalva negou que esteja fugindo do
Ministério Público. Disse que nunca foi convocada pelo órgão, mas agora entrou
em contato por telefone com a procuradora Rita Tourinho e ela estaria disposta
a viajar até Barcelona para tomar seu depoimento. Classificou a reação do PT de
querer desqualificá-lo como "tática do desespero".
Dilma
Questionada sobre o suposto
esquema de desvios de dinheiro pela ONG Instituto Brasil, a presidente Dilma
disse, ontem em Feira, que as denúncias devem ser investigadas e os
responsáveis punidos desde que existem provas. "Todas as respostas já
foram dadas. As denúncias existem para serem investigadas e os responsáveis
condenados e presos, mas as pessoas têm direito à defesa", disse. Ela
insistiu: "É fundamental ter provas. Caso contrário se mistura quem é
honesto e quem não é".
Colaborou Rodrigo Aguiar.