Com 42% dos votos, Paulo Souto
venceria em 1º turno para governador, diz Ibope
Se a eleição para governador da
Bahia fosse hoje, Paulo Souto seria o escolhido no primeiro turno com 42% dos
votos, mais do que a soma das intenções dos outros quatro candidatos (23%),
revela a primeira pesquisa Ibope/CORREIO para o pleito de outubro.
Pré-candidato da aliança de
oposição ao governo Jaques Wagner (PT) que reúne, entre outros, DEM, PMDB
e PSDB, Souto larga na frente na
pesquisa estimulada, 31 pontos percentuais diante da senadora Lídice da Mata
(PSB) que tem 11% das intenções de votos apuradas. O pré-candidato da situação,
Rui Costa, seria o terceiro, com 9%. Lídice e Costa estão tecnicamente
empatados. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais
ou para menos. Os demais pré-candidatos são Rogério da Luz (PRTB), com 2%, e
Marcos Mendes (PSOL), com 1% das intenções de votos.
Souto também lidera na pesquisa
espontânea com 13%. Ainda na espontânea, Wagner aparece mais bem cotado do que
seu candidato, Rui Costa. Eles têm 6% e 3% respectivamente. Costa obteve o
mesmo índice para governador que Geddel Vieira Lima, citado espontaneamente por
3%. Nesse levantamento, Lídice aparece apenas com 1%. O levantamento revela que
49% do universo pesquisado não sabe em quem votar ou não quis responder quando
provocado a citar espontaneamente um nome.
Quando a pesquisa é segmentada, o
democrata tem um desempenho melhor entre os homens (48%) do que no público
feminino (37%). As intenções de voto na
senadora socialista são invertidas: 13% de mulheres contra 9% dos homens. O
petista faz mais sucesso no público masculino (11%) do que no feminino, onde crava
8%.
Se o corte for feito por faixa de
renda, Paulo Souto consegue melhor desempenho entre os que ganham acima de
cinco salários mínimos (ou R$ 3.620): 53%, mesma faixa onde Rui Costa é mais
bem avaliado por 14% dos eleitores. Os que optaram por Lídice se situam, na
maioria (14%) entre os que recebem de dois a cinco salários mínimos por mês
(entre R$ 1.448 e R$ 3.620).
O democrata, hoje, teria mais
votos no interior da Bahia do que na capital: 43% e 36% do eleitorado,
respectivamente. O petista também (10% e 9%). Já a socialista teria um
eleitorado proporcionalmente maior em Salvador, 14%, do que no interior, 10%.
Rejeição
Num eventual segundo turno, Paulo
Souto venceria, hoje, tanto Lídice da Mata (46% x 18%) quanto Rui Costa (48% x
15%). A senadora socialista bateria o petista por 36% contra 16% se a disputa
fosse entre eles. Neste caso, a soma dos que anulariam ou votariam em branco é de
um terço do eleitorado: 33%. Em matéria de rejeição, ninguém bate Da Luz; 28%
não votariam nele de jeito algum. Souto e Costa têm o mesmo índice neste
quesito: 14% e o desempenho de Lídice é um pouco melhor (11%). Para 47% da
pesquisa, Paulo Souto será o próximo governador da Bahia. Lídice e Rui Costa
aparecem empatados no percentual dos que os apontam como favoritos com 8%.
A pesquisa Ibope/CORREIO foi
realizada entre os dias 15 e 19 de maio de 2014 com 1.008 entrevistados. O
nível de confiança utilizado é de 95% e o levantamento foi registrado no TRE
sob o protocolo BA-00004/2014 e no TSE, BR-00130/2014 encomendada pela Empresa
Baiana de Jornalismo, que edita o CORREIO.
Apoio de Dilma e Wagner ajuda Rui
Costa
A pesquisa Ibope/CORREIO sondou
ainda o peso que os padrinhos políticos teriam na eleição para governador e
senador na Bahia. Rui Costa (PT) dobra (de 9% para 18%) suas intenções de voto
quando o eleitor é informado que ele faz chapa com Otto Alencar e é apoiado
pela presidente Dilma Rousseff e por Jaques Wagner.
No mesmo levantamento, Paulo
Souto (DEM) seria eleito governador com 41% dos votos com o apoio do senador
Aécio Neves (PSDB) e do prefeito ACM Neto (DEM). Quem encolhe nesta pergunta da
pesquisa é a senadora Lídice da Mata, que recua de 11% para 9% quando o
entrevistado é informado do apoio do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos
(PSB) e da ex-ministra Marina Silva. O Ibope revela que as próximas eleições
não empolgam o eleitorado: 60% dizem não ter interesse algum ou pouco interesse
na disputa. Os mais engajados têm 15% de muito interesse no pleito, menos do
que os 23% que dizem ter “interesse médio” na disputa.
Geddel está na frente para Senado
A pesquisa Ibope/CORREIO abordou
a disputa pela única vaga no Senado e nela, também o candidato da aliança de
oposição aparece em primeiro lugar: Geddel Vieira Lima, do PMDB, com 34% dos
votos, seguido por Otto Alencar (PSD), com 14%, e de Eliana Calmon (PSB), com
5%. A sondagem mostra Geddel melhor entre os homens (38%) do que entre as
mulheres (31%), desempenho repetido por Otto (18% x 10%) e invertido quando a
candidata é a ex-ministra do STJ, que tem 6% de eleitoras contra 4% no
eleitorado masculino.
No corte por faixa de renda,
Geddel domina na faixa de dois a cinco salários mínimos com 39% das intenções.
Otto tem desempenho mais positivo na faixa acima dos cinco salários: 21%
pretendem votar nele. Eliana também vai melhor entre os que ganham mais: 6%. Geddel
e Otto são mais bem cotados no interior, onde peemedebista teria 35% dos votos
(32% na capital) e o candidato da situação, 15%. Em Salvador, Otto tem 10% das
preferências. A socialista concentra mais intenções de voto na capital (6%) do
que no interior (5%). Os índices de rejeição aparecem equilibrados: iguais 18%
não votariam de jeito algum em Eliana ou Otto. Geddel aparece com 14% neste
quesito.
Dilma tem 50% dos votos dos
baianos
Na corrida presidencial, Dilma
Rousseff (PT) tem 50% da preferência do eleitorado baiano, seguida pelo senador
tucano Aécio Neves, com 12%, e do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB),
com 7%. Para 44% dos baianos, o governo de Dilma é ótimo ou bom, com 33% de
regular e 19% de ruim/péssimo. A presidente tem 60% de aprovação na Bahia e 31%
de desaprovação. A pesquisa Ibope/CORREIO também sondou a avaliação do governo
Jaques Wagner: ele tem 29% de ruim/péssimo e 37% de regular. Os que consideram
sua gestão boa somam 22%, enquanto 6% consideram ótimo o seu governo. Para a
maioria dos entrevistados, a área mais crítica do governo petista é a saúde
(37%), seguida pela educação (20%) e pela segurança (16%).
Reportagem do CORREIO.