Landisvalth
Lima
Estudantes vão andando para a escola no João Grande |
Está difícil! Setembro chegou e
parece que o governo do prefeito Ildinho ainda nem começou. Os problemas não
estão sendo resolvidos e parecem até aumentar. Uma área que já acumulam
inúmeras queixas é a do transporte escolar. A empresa que ganhou a licitação
parece que não tem competência para tal. E não há dúvida que o prefeito está
arrependido de ter contratado a Minha Região para a empreitada. Os prejuízos
são incontáveis. Mas é certo que a empresa não é a única culpada. Está difícil
trafegar pelas estradas de Heliópolis. O governo municipal até agora não tomou
uma providência para amenizar o sofrimento de quem passa pelas nossas péssimas
estradas vicinais. Não há planejamento. Tudo parece andar de improviso. Os secretários
são meras figuras decorativas. Não têm autonomia. Até uma máquina niveladora
que chegou não contribuiu para minorar o problema. Só serviu para queimar fogos
de artifício.
A aluna Jaqueline indo para a escola |
E não há falta de profissionais
competentes. O problema está nos prefeitinhos sem votos. Os problemas da área
de educação, tenho certeza, seriam bem menores se o secretário fosse, de fato,
o secretário. O professor Quelton tem boa vontade e competência, mas não lhe
dão a chave do cofre, o comando das receitas e despesas. Pior é que a coisa
está andando tão desgraçadamente que ele vai acabar pagando o pato por algo que
não foi da sua lavra. Digo isso porque está escrito que ele é quem faz
contratações, pagamentos, assina contratos relacionados à merenda escolar,
transporte escolar, material didático, efetua pagamentos e outras bondades.
Acredito que tem alguém fazendo isso por ele e quando a coisa estourar, o
prefeito e o secretário de educação é quem vão responder. Não sei até que ponto
o professor José Quelton vai suportar, mas os problemas só estão aumentando.
Com relação aos outros secretários, nem vou aqui começar.
João Grande e Pindobal
Cena corriqueira: ônibus atolado na região de João Grande/Pindobal |
Para comprovar este caos que
tomou conta do transporte de estudantes, a aluna Jaqueline Silveira Silva, do
9º ano do Colégio Getúlio Vargas, no povoado Cajazeiras, apresentou uma série
de fotos denunciando a situação das estradas na região do povoado João Grande e
do Pindobal. Por vários dias os alunos tiveram que se deslocarem andando para a
escola. Aqueles com moradias mais distantes, nem isso. Foram cerca de 40 alunos
ausentes das aulas por uma semana, muitos deles estudam na sede do município,
no Colégio Estadual José Dantas de Souza. Só os ônibus novos do Caminho da
Escola, os amarelos, conseguem chegar ao destino. Os que trafegam em nossa
região não têm a mínima condição. Quem teimou ficou atolado e só sai a reboque
de trator, como várias fotos registram.
Fazenda Velame
Com tantos problemas, é preciso ter boa vontade para estudar |
Outro caos aconteceu também esta
semana. Cerca de 20 alunos da Fazenda Velame estão prejudicados porque não
puderam assistir às aulas no Colégio Jorge Amado, no povoado Riacho. O motivo?
Pagamento insuficiente. O motorista se ausentou das atividades desde a última
segunda-feira porque está recebendo muito pouco. Além disso, há reclamação das
condições também das estradas. Ele só voltará quando os problemas forem
corrigidos. Enquanto isso, a ignorância vai colecionando troféus. Uma parte
destes alunos, aos trancos e barrancos, consegue chegar à escola, mas nem
sempre isso é possível porque a distância é de 9 quilômetros.
Novos tempos
Depois de atravessar lagoas, a longa caminhada! |
A pergunta que se faz é: cadê o prefeito?
Onde está o homem que desbancou um forte grupo político e conseguiu agregar
forças tão antagônicas a seu favor? Cadê o homem de poucas letras que ia
desbancar os diplomados incompetentes? Onde está o homem de palavra, sério,
honesto e trabalhador que todos nós conhecemos e que nele depositamos confiança?
Já não é hora de aparecer e mandar para a gaveta os prefeitinhos sem voto e os
senhores 20 por cento? Acreditem: há pessoas que ainda sonham com isso. Soube até
que o prefeito estava triste pelas críticas que recebia. Chegou até a falar de
arrependimento por ter se candidatado, mas se aquietou. Não desista prefeito!
Vá em frente. Tome uma decisão! Comece a administrar Heliópolis. Pegue as
rédeas da administração pública. Se precisar de ajuda, não faltam pessoas
interessadas em tirar Heliópolis desse caos. Mas, se também quiser renunciar,
faça-o logo, pelo amor de Deus! Os tempos são outros. Não dá mais para ficar
jogando apenas na velha rivalidade Pardal X Bem-te-vi. Isso acabou. O povo quer
resultados, melhorias, evolução, solução de problemas. E tudo isso se resume
numa palavra: PLANEJAMENTO. Não basta ficar entregando documentação para deixar
Heliópolis adimplente e pegar recursos federais e estaduais. Há dinheiro suficiente
na administração municipal para as coisas mais comuns do dia-a-dia. É só
expulsar as pulgas, os carrapatos, as sanguessugas e os passarinhos com pirrincha.
Faça algo rápido e urgente. Heliópolis precisa urgentemente sorrir, coisa que
acho nunca fez. Perdão, precisamos desesperadamente dar uma boa gargalhada!