Aloizio Mercadante afirmou em
fórum que MEC vai lançar programa para dar "tratamento diferenciado"
ao estudante que seguir o magistério. Valor da bolsa poderá ser de R$ 400.
O ministro durante discurso no 14º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação
foto: Renan Tuffi/iG São Paulo
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O ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, adiantou na noite desta terça-feira (14) mais detalhes de um
programa que o governo federal deve lançar nas próximas semanas para ajudar
estudantes que quiserem seguir carreira de professor ou serem cientistas no
Brasil. Em discurso na abertura do 14º Fórum dos Dirigentes Municipais de
Educação, que acontece entre os dias 14 e 17 de abril, em Mata de São João, na
Bahia, Mercadante afirmou que estudantes que mostrarem interesse em fazer o
magistério nas áreas de matemática, química, física e biologia vão receber “uma
bolsa” já no início do ensino médio. “Agora um dos programas que vamos lançar:
Quero Ser Cientista, Quero Ser Professor. Se ele (estudante) quiser ser
professor ou se ele quiser fazer ciência nas áreas de matemática, química,
física e biologia, nós vamos começar a dar bolsa de estudo desde o primeiro ano
do ensino médio. Quer ser professor? Vai ter tratamento diferenciado. Quer ser
cientista? Vai ter tratamento diferenciado”, disse. O ministro não especificou
qual será o valor da bolsa nem quais serão os critérios de seleção, mas disse
que o recurso virá do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência
(PiBid), que dá R$ 400 para estudantes de licenciatura. A assessoria de imprensa
do MEC não confirmou, no entanto, se o valor será o mesmo. Não resolverá o
problema da falta de professor. Se o ministro trabalhar para termos salário
digno, não haverá necessidade de bolsa-auxílio.
Gautama, Zuleido Veras e João
Alves
Zuleido Veras |
Por unanimidade, a Corte Especial
do Superior Tribunal de Justiça manteve a decisão que abriu ação penal contra
os 12 denunciados no processo gerado pela Operação Navalha, da Polícia Federal,
que desbaratou esquema de desvio de recursos públicos – cerca de R$ 180 milhões
– em obras no Rio São Francisco, em Sergipe. Entre os réus estão o
ex-governador do estado João Alves Filho e o empresário Zuleido Veras, dono da
construtora Gautama, informa reportagem do Jornal do Brasil. A decisão foi
tomada na noite desta quarta-feira (15) no julgamento de recursos (embargos
declaratórios) opostos pelos denunciados Flávio Conceição de Oliveira Neto,
José Ivan de Carvalho Paixão, João Alves Filho, João Alves Neto, Renato Conde
Garcia e Victor Fonseca Mandarino. “O MPF imputou aos embargantes a prática do
crime de formação de quadrilha, expondo de forma suficiente a atuação de cada
um dos acusados, autorizando o recebimento da denúncia e o consequente início
da instrução criminal”, afirmou a ministra baiana Eliana Calmon, relatora da
ação penal.
Rosemary Noronha e o tráfico de
influência
Rosemary Noronha |
O Ministério Público Federal
prepara elementos para acusar Rosemary Noronha, ex-chefe no escritório da
Presidência em São Paulo e amiga íntima do ex-presidente Lula, de tráfico de
influência. O crime é configurado quando um funcionário público solicita ou
obtém alguma vantagem ilícita. Ela será alvo de uma ação de improbidade por ter
usado o cargo para ajudar o ex-senador Gilberto Miranda a obter licenças para
usar duas ilhas no litoral paulista, de acordo com a Operação Porto Seguro. A
ajuda de Rose foi recompensada com um cruzeiro (R$ 2.,5 mil), uma Mitsubishi
Pajero TR4 (R$ 55 mil), uma cirurgia no ouvido (R$ 7,5 mil) e móveis para a
filha (R$ 5 mil). A ação será acompanhada de um pedido de bloqueio de bens,
para ressarcir os eventuais prejuízos que a ajuda possa ter causado à União.
Rose já é ré na Justiça criminal. Ela responde a um processo por formação de
quadrilha, enriquecimento ilícito e tráfico de influência. Informações da
Folha.
O Câncer e o SUS
Pacientes com câncer deverão
iniciar o tratamento até 60 dias após o registro da doença no prontuário
médico. A regulamentação da Lei 12.732/12, que determina o prazo, foi detalhada
nesta quinta-feira (16) pelo Ministério da Saúde, informa a Agência Brasil. A
legislação entra em vigor no próximo dia 23. Na tentativa de auxiliar estados e
municípios a gerir os serviços oncológicos da rede pública, a pasta anunciou a
criação do Sistema de Informação do Câncer (Siscan). O software, disponível
gratuitamente para as secretarias de Saúde esta semana vai reunir o histórico
do paciente e do tratamento. “É um acompanhamento em tempo real do que acontece
nos serviços de saúde”, explicou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
“[Isso] inaugura uma nova etapa no tratamento do câncer no país”, completou. A
previsão do governo é a de que, a partir de agosto, todos os registros de novos
casos de câncer no país sejam feitos pelo Siscan. Segundo Padilha, estados e municípios
que não implantarem o sistema até o fim do ano terão suspensos os repasses
feitos para atendimento oncológico.
“Rodeio da Gordas”
Montador de gordas! |
O Ministério Público de São Paulo
aplicou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em três estudantes envolvidos
na criação de uma comunidade no Orkut, chamada de “Rodeio das Gordas”. A página
foi criada em 2010, em Assis, logo depois do evento universitário Interunesp,
que reúne estudantes da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), realizado
em Araraquara, no interior de São Paulo. A competição consistia em rapazes
agarrar colegas obesas por um maior tempo possível durante os jogos
universitários. Na comunidade, eram estabelecidas as regras para o torneio, bem
como a premiação para o melhor “montador de gordas”. Um dos estudantes foi
condenado a pagar 30 salários mínimos, equivalente a pouco mais de R$ 20 mil,
por danos morais. Os outros dois estudantes, criadores da comunidade na rede
social, assinaram o TAC por conteúdo ofensivo, e vão pagar 20 salários mínimos,
de valor aproximado a R$ 13,5 mil. Os valores serão destinados a três instituições
filantrópicas e ao Fundo Estadual de Reparação dos Interesses Difusos Lesados.
A ação civil pública correu na Segunda Vara Cível de Araraquara. Os três
universitários já haviam sido condenados em 2011 a doar, a título de
indenização, 20 salários mínimos cada um.
Com informações do Bahia
Notícias, Agência Brasil e portal IG.