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Médicos em Salvador também cruzam os braços

     
Com a greve, problemas na saúde tendem a aumentar
     Quem imaginava que a onda de greves atingiu o seu clímax vai perder sem esperar. A crise econômica que se anuncia, primeiro atinge os salários. Por sua vez, os governos logo cortam os aumentos salariais dos trabalhadores. Só no final é que cortarão os gastos supérfluos e, quem sabe, permitirão o fechamento do ralo da corrupção. O efeito de tudo isso é catastrófico e atinge em cheio os menos favorecidos. Fato é que os médicos vinculados à Prefeitura de Salvador vão cruzar os braços a partir da próxima terça-feira (4), segundo divulgado nesta sexta (31) pelo Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed). A greve por tempo indeterminado foi decidida na última terça (28), em assembleia realizada pela categoria. Em comunicado enviado à imprensa, a entidade informou que todos os postos de saúde do município serão paralisados, incluindo as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e do Programa Saúde da Família. Em entrevista ao portal Bahia Notícias, o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães disse que, durante o período de greve, apenas médicos terceirizados e funcionários dos centros de urgência continuarão trabalhando. “Também há possibilidade de atendimento nos hospitais, como o do Subúrbio, mas a tendência é parar completamente”, explicou. Entre as reivindicações dos agentes de saúde, estão o reajuste salarial de 20% no vencimento base dos servidores ativos, inativos, pensionistas e de empresas públicas; aumento de 200% na gratificação SMS; pagamento retroativo de insalubridade e periculosidade; carga horária de 24 horas semanais; melhoria nas condições de trabalho e segurança. “São tantos os profissionais que têm declarado a intenção de pedir demissão que, caso a SMS [Secretaria Municipal de Saúde] não adote providências urgentes, que valorizem o trabalho médico, a situação pode se configurar como demissão coletiva de médicos em Salvador”, afirmou o sindicato em comunicado. De acordo com Magalhães, haverá uma assembleia na próxima segunda-feira (3), em Ondina, para a preparação da greve. Ou seja, o povo está frito e os governos cada vez mais insensíveis!