Miriam Hermes – de A TARDE -
Sucursal de Barreiras
O carnaval de Barreiras esta cancelado. Época de crise! (foto. Novo Oeste) |
O cancelamento da festa de
Carnaval 2013, em Barreiras (distante 898 Km de Salvador), foi oficializado esta semana pelo prefeito
eleito e diplomado, Antônio Henrique de Souza Moreira (PP), em coletiva à
imprensa, junto aos representantes de blocos carnavalescos da cidade. A
decisão, de acordo com Moreira, foi tomada não apenas pela situação geral da
cidade, cujas ruas estão muito esburacadas e cheias de lixo, o que deve
demandar um certo tempo para que fique em condições de receber os turistas/foliões,
mas também pelas condições financeiras do município. Ele apresentou um extrato
do débito de Barreiras junto ao INSS, somando R$$ 226.415.982,65, que
continuarão a ser descontados das verbas federais que entram para o município,
em parcelas que ultrapassam R$$ 400 mil por mês. Por isso precisamos economizar
para aplicar os recursos em ações de infraestrutura, saúde e educação, que são
nossa prioridade. O prefeito eleito destacou, no entanto, que para 2014
pretende reorganizar a festa: "E com esforço conjunto, entre a
administração e os dirigentes de blocos, vamos fazer um grande carnaval,
inclusive com anúncios em Brasília, Goiânia e Palmas, para que a festa em
Barreiras volte a ser referência no oeste da Bahia e nos estados vizinhos".
De acordo com o representante oficial dos blocos carnavalescos, Gil Machado,
cada bloco terá prejuízos conforme o que foi investido na organização do
carnaval 2013. "A maioria dos blocos já contratou as bandas e pagou a
metade do valor do contrato. Agora é difícil estimar as perdas totais, que não
serão pequenas", disse.
Recuperação - A expectativa,
conforme Machado, que é presidente do Bloco Pilek, é que ao longo dos próximos
três anos, os blocos recuperem os prejuízos. Presidente do bloco Kimarrei,
Gulla Pinto, afirmou que desde abril deste ano já tinha contratado as cinco
atrações. "Agora vamos tentar negociar com as bandas", disse
afirmando que os mais de 700 abadás já adquiridos pelos foliões podem ser
transferidos para 2014, o que deve acontecer também com os outros blocos. As
perdas, entretanto, não atingem apenas os blocos carnavalescos, mas também o
comércio de comidas e bebidas e o setor hoteleiro. "Nós tínhamos reservas
de apartamentos desde o último carnaval. Agora estamos contatando estas pessoas
e avisando do cancelamento da festa no ano que vem, para ver se ainda
virão", salientou o gerente de hotel, Valdomiro Gomes, que completou
dizendo que terá prejuízos.