A desocupação da juventude gera problemas diversos |
A quantidade de jovens que não estudam, não trabalham, nem
procuram emprego aumentou, entre 2000 e 2010, de 16,9% para 17,2% das pessoas
de 15 a 29 anos. Entre os homens, o crescimento da falta de ocupação é ainda
mais alarmante. Em uma década, o número de “entediados” do sexo masculino
cresceu 1,107 milhão, enquanto, entre as mulheres, ocorreu queda de 398 mil. Os
dados são do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Segundo as
pesquisadoras do órgão, Ana Amélia Camarano e Solange Kanso, “os números
demonstram a necessidade de criação de políticas públicas que contribuam para
uma inserção adequada desses jovens, seja na escola ou no mercado de trabalho”.
Apesar da mudança no perfil dos “nem-nem” (como é chamado o grupo), as mulheres
ainda são maioria. Em 2000, 6,4 milhões de jovens mulheres estavam na
categoria, hoje são 6 milhões. Já os homens "nem-nem" passaram de 1,8
milhão para 2,9 milhões. "A maioria ainda é formada por mulheres que
casaram e já tiveram filhos", explicam as pesquisadoras. Sobre o nível de
escolaridade, os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios),
de 2001 a 2011, apontam que, entre os desocupados, as mulheres apresentavam
escolaridade média de 8,03 anos em 2011, ante 6,01 anos em 2000, enquanto os
homens registravam 6,95 anos de estudo em 2011 e 5,33 em 2000.
Informações do Bahia Notícias.