Marcos Matsunaga e sua esposa. Desenlace trágico. |
Uma garota de programa conhecida como Natália afirmou à
polícia de São Paulo que esteve com o executivo da Yoki Marcos Matsunaga, 42,
nos três últimos dias antes da morte dele, em maio. Ela disse, ainda, que o
relacionamento com ele começou no início do ano e que ele lhe deu um carro de
presente. A informação é da reportagem de Rogério Pagnan e Josmar Jozino
publicada na edição desta segunda-feira da Folha. O caso com Natália, que não teve o nome
verdadeiro divulgado, teria sido o estopim da briga entre Matsunaga e sua
mulher, a bacharel de direito e ex-prostituta Elize Matsunaga, 38, que
confessou ter matado o marido com um tiro na cabeça e, depois, esquartejado a
vítima. Ela está presa. A polícia chegou a Natália por meio do detetive
contratado por Elize para investigar a infidelidade do marido. Matsunaga
conheceu Natália, uma morena de Minas Gerais, no mesmo site de relacionamento
em que conheceu Elize há alguns anos.
Vídeo exibido no Fantástico mostra encontro com amante
Um vídeo no qual o executivo da Yoki Marcos Kitano
Matsunaga, 41 anos, aparece abraçado e acariciando uma mulher na porta de um
restaurante foi o estopim para a discussão que culminou com o crime que chocou
o país na semana passada. Ao ser confrontado com as imagens pela mulher, Elize
Araújo Kitano Matsunaga, 30 anos, os
dois teriam brigado. Elize então pegou uma arma, presente de Marcos, e o matou.
Depois, esquartejou o corpo e jogou os restos num terreno. O vídeo foi exibido
neste domingo pelo “Fantástico”, da TV Globo. A reportagem diz que Elize,
também ex-garota de programa, tinha três empregadas, andava com carro blindado
e viaja com frequência ao exterior. A Yoki foi vendida recentemente por R$ 1,75
bilhão. O padrão de vida de Elize contrastava com o da mãe, Dilta Ramos de Araújo, 54 anos, que mora numa
casa simples em em Chopinzinho, no interior do Paraná, e trabalha mesmo se
tratando de um câncer. “ Ele era muito carinhoso com ela, ela com ele”, diz a
mãe. Em seu depoimento, Elize contou que, durante a discussão com o marido, foi
chamada de vadia e vaca, além de ter sido agredida com um tapa no rosto. Foi
então que decidiu pegar a arma. Ainda na
versão da assassina confessa, Marcos riu da cara dela e duvidou que ela
atiraria. Além disso, fez várias ameças de tirar a guarda da filha do casal, de
um ano. Elize então atirou.
Viúva se sentia ameaçada, diz advogado
A empregada da família Matsunaga contou ao “Fantástico”, sob
a condição de anonimato, que um dia depois (20 de maio) da patroa ter matado e
esquartejado o marido, Elize pediu, logo cedo, para ela limpar o apartamento
–“limpa aqui, limpa ali” – e “lavar os lençóis, cobertores, tirar a capa do dos
edredons”. A funcionária relatou ainda que perguntou pelo patrão, mas Elize, no
café da manhã, disse que ele não tinha dormido em casa e depois que ele não
iria almoçar. Dois dias depois ela afirmou que Marcos estava sumido. A
empregada afirmou também que Elize manteve a rotina normalmente, inclusive indo
ao supermercado. Ela também revelou que o casal tinha brigas constantes e não
já dormiam no mesmo quarto. Nas discussões, Marcos sempre lembrava do passado
pobre de Elize e sua família, o que provocada ainda mais a fúria da mulher. O
advogado de Elize Matsunaga, Luciano de Freitas Santoro, afirma que a sua
cliente amava o marido, Marcos Kitano Matsunaga, e se sentia ameaçada por ele.
“Quando as pessoas tomarem conhecimento da íntegra do depoimento dela vão
entender por que o matou no calor da discussão. Foram palavras pesadas. Não se
mexe com valores de infância, pai falecido e não se diz à mulher que vai
mandá-la para o lixo de onde veio”, comenta.
Informações da Folha de São Paulo, Diário São Paulo e da TV
Globo.