O Ministério Público do Estado
(MP-BA) e o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), acionados pelo governo baiano
e pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) para
mediar as negociações pelo fim da greve dos professores, decidiram encerrar
suas investidas para resolver o impasse. Em nota, as instituições alegam que
“realizaram numerosas atividades mediadoras, nos últimos dias, voltadas à
obtenção de um consenso para o término da greve”, mas não tiveram sucesso no
papel de intermediação. “Persistindo o impasse, em razão da não obtenção de um
acordo em tempo hábil e aproximando-se uma situação de dano irreversível ao
calendário escolar, após empreendidos todos os esforços e ante a ausência de
condições objetivas de resolução no âmbito da mediação, não resta outra
alternativa às referidas instituições-mediadoras senão considerar, nas atuais
circunstâncias, concluídas as negociações”, diz o comunicado. A decisão, no
entanto, não tem implicações quanto à “obediência aos demais desdobramentos
legais”, ainda de acordo com a nota. A paralisação dos docentes da rede
estadual de ensino já dura quase 100 dias. Na última quinta-feira (12), o
presidente da APLB, Rui Oliveira, classificou a reunião na sede do MP como
"circo".