Professora Héstia Raíssa (centro), Cíntia e Raquel vão ter curso criado por elas disponibilizado para todo o Estado de Sergipe. (Foto: Ascom/SPM) |
Quase sempre vale a pena. Estudar não garante a ninguém sucesso pessoal, mas é o melhor caminho de transformação de uma sociedade. Nascida em Heliópolis, filha da vereadora Ana Dalva e do professor Landisvalth Lima, articulista do portal Contraprosa, Héstia Raíssa Lima Precoma não imaginava que um curso idealizado por ela, auxiliada por duas colegas, pudesse chegar tão longe. Mas nesta quarta-feira (07) o Governo de Sergipe disponibilizou o curso de formação sobre mulheres na ciência para servidores da Educação do Estado.
O objetivo é alimentar o debate nas escolas sobre o trabalho
realizado por mulheres na ciência. O Governo de Sergipe, por meio das
secretarias de Políticas para as Mulheres (SPM) e da Educação e da Cultura
(Seduc) e da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica
(Fapitec/SE), firmou uma parceria com o Instituto Federal de Sergipe (IFS) para
disponibilizar o Curso de Formação sobre Mulheres na Ciência aos trabalhadores
da educação básica do Estado.
Com certificação de 50h, o curso faz parte do projeto
'Divulgação de Mulheres na Ciências' da equipe de professoras do Instituto
Federal de Sergipe formada por Héstia Raíssa Lima Precoma, Cintia Teles de
Argôlo e Raquel Nominato Araújo. As inscrições podem ser feitas até o dia 13 de
março no site do Sispubli-IFS. Os encontros serão presenciais, conforme
calendário abaixo, no auditório do Campus IFS/Lagarto.
De acordo com a professora Héstia Lima, o curso tem o
objetivo de fomentar discussões e reflexões sobre a trajetória das mulheres na
ciência. “Explorando causas sociológicas, históricas e culturais que refletem
as assimetrias de gênero na ciência no Brasil e no mundo, possibilitando que os
participantes conheçam o contexto histórico-cultural acerca das trajetórias
científicas das mulheres no século XXI, visando contribuir para o
fortalecimento pessoal, teórico e institucional”, detalha.
Segundo o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq), as mulheres constituem 43,7% dos pesquisadores científicos
no Brasil. Para a gerente da Diretoria de Inclusão Produtiva da SPM, Jamile da
Conceição, é preciso desmistificar a ideologia de que mulheres não tem aptidão
para áreas da ciência. “E esse trabalho começa cedo, ainda nas escolas, onde
meninas estão desenvolvendo suas escolhas profissionais”, destaca.
“Com esse objetivo e em comemoração ao Dia Mundial das
Mulheres e Meninas na Ciência cientista, firmamos uma parceria com o IFS para
realizar um ciclo de palestras nas escolas da rede estadual, bem como ofertar
cursos rápidos direcionados para mulheres”, complementa Jamile.
Calendário e módulos
Os encontros serão quinzenais e devem ocorrer de 29 de março
a 31 de maio, no auditório do IFS/Lagarto. Os módulos serão divididos da
seguinte forma:
29/03 - Introdução;
05/04 - A mulher na história;
19/04 - Papéis de gênero e construção de feminilidades e
masculinidades em espaços de trabalho;
03/05 - Mulheres na ciência;
17/05 - Projetos de mulheres na ciência – ambiente escolar;
31/05 – Encerramento.