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Ádria, o último adeus!

É o dinheiro, estúpido!

Generais Ramos, Mourão, Braga Neto e Heleno com altos salários, prontos para fingir defender qualquer ideologia. (foto: Mais Goiás)

Se você acredita que o governo Bolsonaro está no poder lutando contra o comunismo e outras supostas atrocidades que atormentam o Brasil, é uma pena. Você está redondamente enganado. Tudo gira em torno do dinheiro, da grana. É uma estupidez pensar diferente. Matéria publicada no portal O Antagonista mostra que uma medida de Bolsonaro permitiu acumular salários e aposentadorias acima do teto. Os generais Ramos, Braga Netto, Heleno, Mourão e o próprio presidente foram beneficiados e hoje podem faturar R$ 350 mil a mais por ano. Claro, Bolsonaro também foi beneficiado.

Em notícia divulgada no jornal Folha de São Paulo, informa que vários generais que integram o governo de Jair Bolsonaro receberam até R$ 350 mil a mais em um ano depois de uma medida assinada pelo presidente, que permite o acúmulo de salários e aposentadorias acima do teto constitucional. A medida foi editada em abril de 2021, quando o funcionalismo estava com salários congelados, e beneficiou o próprio Bolsonaro, o vice Hamilton Mourão, ministros militares e um grupo de cerca de mil servidores federais, que até então tinham desconto na remuneração para respeitar o teto constitucional.​ É possível dizer que tal medida é em nome da família, da pátria ou de Deus?

Detalhando tudo, o maior aumento foi para o general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo, que teve direito a R$ 874 mil nos 12 meses desde que a portaria foi publicada. Se o teto salarial tivesse sido aplicado, Ramos teria recebido R$ 350,7 mil a menos em seu contracheque. Depois de Ramos, o que mais teve o contracheque engordado foi o general Augusto Heleno (o que cantou "se gritar pega Centrão..."), ministro-chefe do GSI, com R$ 866 mil em um ano, R$ 342 mil acima do teto constitucional. O general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e provável vice na chapa do presidente à reeleição, obteve R$ 306 mil a mais em um ano.

A medida adotada por Bolsonaro levou militares que ocupam cargos no primeiro escalão do governo a ganhar mais do que R$ 39,3 mil mensais, que é o salário de um ministro do STF e o teto do funcionalismo, definido pela Constituição. A portaria editada pelo atual governo federal criou uma espécie de “teto duplo”: ela estabelece que o teto será aplicado para cada rendimento, e não mais para a soma de tudo que a pessoa recebe da União. Com isso, militares da reserva puderam somar as aposentadorias aos seus salários da ativa, e o teto total para eles passou a ser de R$ 78,6 mil ao mês —o dobro do salário que até então poderiam receber. Ao todo, 43 militares da reserva se beneficiaram da nova regra, entre eles o próprio presidente, que tinha R$ 2,3 mil abatidos de seus vencimentos mensais antes da mudança.

O que move esse povo não é ideologia alguma. É o dinheiro!