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Neópolis - Cidades do Velho Chico - 31

Segunda Turma do STF dá mais um golpe na Lava Jato

Zanin foi um dos beneficiados pela decisão da Segunda Turma. (Foto:Valor)

Os aproveitadores das fragilidades da República estão em festa! Mais um golpe na já combalida Operação Lava Jato. O STF, sob o comando da Segunda Turma controlada por Gilmar Mendes, anulou operação contra filhos de ministros do STJ e do TCU, advogados de Lula e de Bolsonaro. Os ilustres magistrados retiraram o caso da alçada de Marcelo Bretas, exatamente no dia em que os tanques desfilaram seu "fumacê" em Brasília e a Câmara dos Deputados enterrava o voto impresso.

Segundo informações do portal O Antagonista, a Segunda Turma do STF decidiu nesta terça (10) anular toda a investigação desencadeada por operação da PF em setembro do ano passado, que mirou suposto esquema de tráfico de influência no Superior Tribunal  de Justiça e no Tribunal de Contas da União com desvio de recursos públicos do Sistema S. Por 3 a 1, os ministros da turma afirmaram que a Lava Jato do Rio não poderia ser responsável pelo caso e retiraram o processo da alçada da 7ª Vara Federal Criminal, chefiada por Marcelo Bretas, anulando todas as decisões dele no processo.

Há de se observar que o modus operandi é sempre o mesmo. Como não há argumentos que possam tirar o pesa da condenação das costas dos acusados, encontram sempre uma brecha para dizer que juiz tal ou instância tal não era adequada para julgar tal caso. E assim caminha a impunidade. O caso agora irá para a Justiça estadual, a partir da fase de análise da denúncia do MPF. Votaram nesse sentido Gilmar Mendes, Kassio Nunes Marques e Ricardo Lewandowski; Edson Fachin foi voto vencido.

Entre os alvos de denúncias e de mandados de busca e apreensão nesse caso, lembra a Folha, estão Cristiano Zanin e Roberto Teixeira —advogados de Lula, acusados de liderar o esquema— e parentes de ministros do STJ e do TCU, entre os quais Eduardo Martins, filho do atual presidente do STJ, Humberto Martins. Também é investigado nesse processo, por desvios no Sistema S, Frederick Wassef, que advoga para a família de Jair Bolsonaro. Ele teria se beneficiado dos repasses por meio de um outro grupo, que também atuava na Fecomércio do Rio.

Os grandes se unem e sempre se safam!