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Ádria, o último adeus!

Operação Akuanduba faz devassa no Ministério do Meio Ambiente

Ricardo Salles é a mais nova dor-de-cabeça de Bolsonaro (Foto: Mato Grosso Mais)

A porteira foi fechada e não deu mais para passar a boiada. O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e  diretor do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, são alvos da Operação Akuanduba deflagrada nesta manhã por determinação do Ministro do STF, Alexandre de Morais. Além destes, o assessor especial do ministro, Leopoldo Penteado Butkienwicz, o superintendente de infrações ambientais do Ibama, Wagner Matiota, e mais sete servidores — que também foram afastados dos cargos. As informações são do portal O Antagonista. Além disso, Ricardo Salles teve quebrados seus sigilos telefônico, telemático, bancário e fiscal.

Ao todo, 160 policiais cumprem 35 mandados de busca e apreensão. A PF esteve nos endereços de Salles em São Paulo, Brasília e no Pará, onde ele tem um gabinete operacional. A investigação apura crimes contra a administração pública, envolvendo corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e, especialmente, facilitação de contrabando, praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro. Além das buscas e do afastamento preventivo dos 10 agentes públicos do Ibama e do MMA, o ministro do STF determinou a suspensão imediata da aplicação do Despacho n. 7036900/2020/GAB/IBAMA, que relaxou as regras de exportação de madeira ilegal.

As investigações foram iniciadas em janeiro deste ano a partir de informações obtidas junto a autoridades estrangeiras, noticiando possível desvio de conduta de servidores públicos brasileiros no processo de exportação de madeira. A PF informou que Akuanduba é uma divindade da mitologia dos índios Araras, que habitam o estado do Pará. Segundo a lenda, se alguém cometesse algum excesso, contrariando as normas, a divindade fazia soar uma pequena flauta, restabelecendo a ordem. 

A lista completa dos investigados passa por Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente; Eduardo Bim, presidente do Ibama; Leopoldo Penteado Butkiewicz, assessor especial de Salles; Olivaldi Azevedo Borges, secretário-adjunto da Secretaria de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente; Wagner Tadeu Matiota, superintendente de Apurações de Infrações Ambientais do Ibama; Olímpio Ferreira Magalhães, diretor de Proteção Ambiental do Ibama; João Pessoa Riograndense Moreira Júnior, diretor de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas; Rafael Freire de Macedo, coordenador-geral de Monitoramento do Uso da Biodiversidade e Comércio Exterior; Leslie Nelson Jardim Tavares, coordenador de Operações de Fiscalização; André Heleno Azevedo Silveira, coordenador de Inteligência de Fiscalização e Artur Vallinoto Bastos, analista ambiental.

Algumas decisões dos ministros do STF fazem com que imaginemos que este país ainda tem solução, apesar dos negacionistas e corruptos.