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Neópolis - Cidades do Velho Chico - 31

São Pedro de Heliópolis: custo ultrapassa 500 mil

O São Pedro de Heliópolis precisa de novos financiadores (foto: Landisvalth Lima)

A festa do São Pedro de Heliópolis é o cartão postal do município. Principal festa da municipalidade, é imprescindível fazê-la bem feita. Este ano, como em vários outros, a organização foi impecável. Os números são impressionantes, se juntarmos os três dias, a partir da Alvorada. Cerca de 70 mil pessoas passaram pela cidade durante os festejos. Não foi registrado um ato de violência sequer. Chegaram a espalhar um boato nas redes sociais de uma senhora de Ribeira do Pombal que passou mal próximo ao palco e foi socorrida. Diz a postagem que ela morreu quando levada para Ribeira do Pombal. Tudo mentira. A mulher que morreu não estava na festa. Era até evangélica e nem mesmo veio para Heliópolis. Só houve dois casos graves de excesso alcoólico atendido pelos médicos de plantão, e as pessoas passam bem.
Se a festa foi da paz, cada vez mais é preciso olhar os custos. Levantamento feito por este blog indica que o custo total do evento chegou a 486.061,50 mil reais. E ainda não foi computado o valor do trio elétrico Foguinho. Fato é que, há oito anos, a Festa do São Pedro de Heliópolis ultrapassou a casa dos 600 mil reais e não tinha, nem de longe, a estrutura atual. O custo é menor, mas ainda está alto. Sabe-se que o governo estadual repassou 90 mil de ajuda, mas ainda assim fica muito pesado para um município pequeno assumir tais números. Urge estudar novas formas de financiamento.
Para o leitor não pensar que é lorota de blogueiro, somente quatro bandas levaram 270 mil (Adelmário Coelho – 90 mil, Limão com Mel – 80 mil, Brasas do Forró e Wallas Arrais – 50 mil cada). A banda SeeWay levou 20 mil, A Favorita do Brasil e Zezinho da Ema – 8 mil; Sandryno Ferraz – também 8 mil; Forró das Gringas – 5.500; Thiago Lavine – 5 mil; Alaelson do Acordeom – 5 mil. Os outros artistas, juntos, Gilberto Alves, Paixão Ardente, Pica Pau Forrozeiro, Império da Sofrência, Os Mallas e Leandro da Pisadinha, custaram 9.500 reais. A participação de Os Barões do Forró ainda não foi informada.
Além dos artistas, há o custo do Plantão Médico – 7.050,00 reais – e a estrutura de palco, banheiros químicos, som, orçados em 148.011,50 reais. Não entra ainda na conta o custo com transporte, alimentação e ornamentação da festa. De qualquer forma, é preciso fazer com que empresas privadas participem custeando parte do evento. Não dá para ficar o tempo todo gastando meio milhão em festa. Este dinheiro poderia ter serventia em áreas como saneamento básico, saúde e educação. Agora, sejamos justos, o valor é bem inferior aos praticados outrora, e a qualidade melhorou muito. Além disso, quem veio para a festa não se arrependeu. Nas redes sociais os elogios são incontáveis e já tem gente reservando espaço para o ano de 2019.