O São Pedro de Heliópolis precisa de novos financiadores (foto: Landisvalth Lima) |
A festa do São Pedro de
Heliópolis é o cartão postal do município. Principal festa da municipalidade, é
imprescindível fazê-la bem feita. Este ano, como em vários outros, a
organização foi impecável. Os números são impressionantes, se juntarmos os três
dias, a partir da Alvorada. Cerca de 70 mil pessoas passaram pela cidade durante
os festejos. Não foi registrado um ato de violência sequer. Chegaram a espalhar
um boato nas redes sociais de uma senhora de Ribeira do Pombal que passou mal
próximo ao palco e foi socorrida. Diz a postagem que ela morreu quando levada
para Ribeira do Pombal. Tudo mentira. A mulher que morreu não estava na festa.
Era até evangélica e nem mesmo veio para Heliópolis. Só houve dois casos graves
de excesso alcoólico atendido pelos médicos de plantão, e as pessoas passam
bem.
Se a festa foi da paz, cada vez
mais é preciso olhar os custos. Levantamento feito por este blog indica que o
custo total do evento chegou a 486.061,50 mil reais. E ainda não foi computado
o valor do trio elétrico Foguinho. Fato é que, há oito anos, a Festa do São
Pedro de Heliópolis ultrapassou a casa dos 600 mil reais e não tinha, nem de
longe, a estrutura atual. O custo é menor, mas ainda está alto. Sabe-se que o
governo estadual repassou 90 mil de ajuda, mas ainda assim fica muito pesado
para um município pequeno assumir tais números. Urge estudar novas formas de
financiamento.
Para o leitor não pensar que é
lorota de blogueiro, somente quatro bandas levaram 270 mil (Adelmário Coelho –
90 mil, Limão com Mel – 80 mil, Brasas do Forró e Wallas Arrais – 50 mil cada).
A banda SeeWay levou 20 mil, A Favorita do Brasil e Zezinho da Ema – 8 mil; Sandryno
Ferraz – também 8 mil; Forró das Gringas – 5.500; Thiago Lavine – 5 mil; Alaelson
do Acordeom – 5 mil. Os outros artistas, juntos, Gilberto Alves, Paixão
Ardente, Pica Pau Forrozeiro, Império da Sofrência, Os Mallas e Leandro da
Pisadinha, custaram 9.500 reais. A participação de Os Barões do Forró ainda não
foi informada.
Além dos artistas, há o custo do
Plantão Médico – 7.050,00 reais – e a estrutura de palco, banheiros químicos,
som, orçados em 148.011,50 reais. Não entra ainda na conta o custo com
transporte, alimentação e ornamentação da festa. De qualquer forma, é preciso
fazer com que empresas privadas participem custeando parte do evento. Não dá
para ficar o tempo todo gastando meio milhão em festa. Este dinheiro poderia
ter serventia em áreas como saneamento básico, saúde e educação. Agora, sejamos
justos, o valor é bem inferior aos praticados outrora, e a qualidade melhorou
muito. Além disso, quem veio para a festa não se arrependeu. Nas redes sociais
os elogios são incontáveis e já tem gente reservando espaço para o ano de 2019.