Ana Dalva: "Seria uma injustiça Ildinho não se reeleger" |
Jornal Impacto – Ana Dalva, mais
um ano de eleições no país e aqui em Heliópolis. Como a senhora viu o pleito
eleitoral deste ano?
Ana Dalva – Para mim não foi uma
surpresa a reeleição de Ildinho porque havia no povo uma vontade de vê-lo
novamente prefeito. Só a força de um povo supera as vontades de alguns poucos
poderosos. Mas não foi assim mil maravilhas. Houve muita falta de
companheirismo e isso acabou afetando a campanha. É preciso fazer política com
diálogo. Não se pode mais fazer parte de um grupo e cada um fazer o que achar
melhor. Enfrentamos muitos desequilíbrios e isso acabou nos atingindo e, por
isso mesmo, não pudemos fazer uma campanha mais equilibrada, segura e
confiante.
Jornal Impacto – A senhora foi
reeleita para mais um mandato, o terceiro consecutivo. Quais foram as
dificuldades enfrentadas nessa conquista?
Ana Dalva – As dificuldades são
várias e elas já começam no início de um mandato. A maior de todas as
dificuldades é a falta de espírito coletivo do grupo. Isso não só dificulta
qualquer eleição como também prejudica o desenvolvimento do nosso município.
Apesar de ter ficado muito feliz com o resultado, tudo ficaria bem melhor e
mais fácil com diálogo, planejamento e trabalho coletivo. Muita gente esquece
que foi feita uma coligação de comuns, de pessoas que pensam de forma bem
próxima. Não tem sentido nenhum você se sentir perseguida ou cercada pelo seu
próprio colega. Tenho certeza de que até Ildinho passou por isso.
Jornal Impacto – A oposição
tentou mas não conseguiu eleger o candidato dela e amargou mais uma derrota.
Como a senhora viu a derrota da oposição?
Ana Dalva – Na verdade não temos
oposição em Heliópolis de fato, não no sentido preciso da palavra. Temos
pessoas que se reúnem, de quatro em quatro anos, em função de um bem próprio.
São oportunistas do poder. Se os membros da oposição tivessem como objetivo
melhorar Heliópolis, haveria entre eles um elo inquebrável. Aí estaria
estabelecida entre eles a coletividade. Duvido que perdessem. Mas os interesses
pessoais falam mais forte e poucos estão se preocupando com as melhorias do
município.
Jornal Impacto – Sobre a
reeleição do prefeito Ildinho, a senhora estava confiante? Ficou feliz com o
resultado?
Ana Dalva – Eu não esperava outro
resultado. Seria uma tamanha injustiça Ildinho não se reeleger. O trabalho que
ele fez nos últimos três anos é algo histórico para todos nós. Fiquei sim muito
feliz. Espero que ele continue trabalhando e não espere reconhecimento de
muitos da oposição, e de alguns também no próprio grupo nosso. O que importa
nesta hora é o povo, é a cidade, é o município. Ildinho tem que administrar
para a coletividade e não para alguns.
Ana Dalva espera que Ildinho tenha tranquilidade para realizar um bom governo |
Jornal Impacto – A senhora fez
algum pedido para o prefeito, caso ele conseguisse ser reeleito?
Ana Dalva – Entreguei a ele os
dezoito pontos debatidos e discutidos com os membros da Rede Sustentabilidade
de Heliópolis. Estes pontos vão desde a questão do descarte e reciclagem do
lixo, passando pela questão de uma solução para o açude, pedindo mais investido
para saúde e educação até a questão da melhoria do processo político. Também
pedi a ele uma solução para o Mercado de Carne e a construção da Praça dos
Estudantes. Eu sei que vontade ele tem de fazer tudo isso, mas vamos torcer
para que esta crise acabe e os recursos apareçam para a efetivação destas
conquistas.
Jornal impacto – O que a senhora
espera do segundo mandato do prefeito Ildinho nos próximos quatro anos?
Ana Dalva – Espero que o nosso
prefeito continue com a mesma tranquilidade, respeitando cada cidadão
heliopolense, colocando em prática as propostas de campanha e atendendo as
necessidades mais urgentes do povo. Sei também que ele precisará de
tranquilidade para resolver todos os outros problemas que surgirão no decorrer
destes quatro anos de mandato. É preciso governar para todos e ouvir muito
aqueles que sempre estão ao seu lado. Como se trata de um homem generoso e
humilde, tenho esperança de que ele fará um bom segundo mandato.